quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Porto Alegre trabalha para assegurar sede da Copa



Fernando Soares, Jefferson Klein, Patrícia Comunello e Rafael Vigna


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Luigi (e) foi ao Palácio Piratini e cobrou responsabilidade da construtora
Luigi (e) foi ao Palácio Piratini e cobrou responsabilidade da construtora
Episódios registrados ao longo do dia de ontem reforçaram a mobilização local por um único objetivo: assegurar a Copa do Mundo em Porto Alegre. E as jogadas disparadas em público, e nos bastidores, espelham mais uma partida de xadrez em curso que de futebol. Cada movimento dos próximos dias, dependendo da direção e da estratégia, pode confirmar o estádio Beira-Rio como sede dos jogos ou transferir o palco à Arena Tricolor, que se ergue em ritmo acelerado no bairro Humaitá, com inauguração prevista até o fim do ano. Para muitos interlocutores, entre governo e lideranças empresariais e esportivas, ter duas opções é zona de conforto. O Beira-Rio foi a escolha do Comitê Local da Copa em Porto Alegre, validada pelo Comitê Organizador Local (COL) nacional, mas a indefinição do contrato para as obras da reforma com a construtora Andrade Gutierrez (AG) agora tem prazo para apresentar um desfecho: fim de março, avisou o prefeito José Fortunati. O COL já alertou que mudança de estádio é tarefa do gestor porto-alegrense.

O dia D poderá ser 7 de março, quando uma comitiva de 45 pessoas da Federação Internacional de Futebol (Fifa) desembarca na Capital para vistoriar obras - de estádio à infraestrutura viária e aeroporto. O Inter ainda está nas mãos da Andrade Gutierrez, que no começo da tarde de ontem entrou e saiu de uma reunião com a direção do Banrisul com a mesma posição: aporta apenas 20% das garantias para acessar um financiamento superior a R$ 200 milhões. Diante da conduta, o presidente da instituição, Túlio Zamin, avisou que não bancará a operação e, se assumir a contratação (se houver garantias), não deve ir sozinho.

A frustração do encontro no prédio-sede do Banrisul provocou uma reação inusitada do presidente colorado, Giovanni Luigi, que pegou o caminho do Palácio Piratini, em vez de subir no avião para uma conversa com os construtores na capital paulista, agenda que chegou a ser cogitada pela manhã. No Piratini, Luigi foi literalmente consolado pelo vice-governador Beto Grill, mas de concreto, nenhuma solução à vista. Grill assumiu a pauta na cúpula do governo estadual a pedido de Tarso Genro, que foi a primeira autoridade a admitir dúvida sobre a escalação do Beira-Rio para 2014.

Como nem só do drama Colorado com sua empreiteira eleita pelo Conselho Deliberativo em 2011 vive a Capital, prefeitura, bancada de deputados federais e lideranças empresariais operam com medidas para qualificar o entorno da Arena do Grêmio e devem cobrar posição da empreiteira, a ser convocada para reunião na próxima segunda-feira. Ontem, Fortunati entregou na Caixa Econômica Federal os primeiros projetos das obras viárias que melhorarão o trânsito na conexão com o estádio novo. Logo depois, presidentes de associações de hotéis, comércio, serviços e restaurantes foram ao gabinete do prefeito comunicar o apoio a eventual mudança de endereço dos jogos.

A última jogada foi dada na noite de ontem em nota enviada pela assessoria de imprensa da Andrade Gutierrez, cujo conteúdo nada explicou sobre o impasse da negociação com o Banrisul, nada projetou sobre prazo para firmar o contrato e nada acrescentou para tranquilizar o Internacional.

Para Fortunati, situação não é desesperadora


A cada dia que passa, a indecisão sobre o contrato entre Inter e a construtora Andrade Gutierrez favorece a opção da Arena do Grêmio como alternativa a ser sede dos jogos da Copa de 2014. O presidente da Grêmio Empreendimento, empresa criada para cuidar da construção do novo estádio, Eduardo Antonini, evita comentar a situação, mas admite que a cogitação da Arena como plano B já está dando visibilidade ao empreendimento. “Não tem o que o Grêmio faça. O que existe é o Inter ou a Andrade não fazer”, declarou Antonini. A condição da obra tricolor, que deve ficar pronta até dezembro, vira facilidade para resolver a equação local e não colocar em risco o Mundial. 
O prefeito José Fortunati disse que está preocupado com o impasse. “Estamos perdendo tempo, mas ainda não é uma situação desesperadora”, dimensionou, lembrando que a resposta não está nas mãos dele e nem do COL, por enquanto. “No dia 7 de março a Fifa estará em Porto Alegre com mais de 40 pessoas. Espero que, até esse dia, essa situação esteja resolvida”, torce o prefeito. A alternativa da Arena oferece saia justa ao prefeito, que é integrante do conselho do Grêmio.

O tricolor está focado em outra janela que se abriu: o mutirão de deputados federais e da prefeitura para obter recursos às obras do entorno do estádio. “Se a Copa vier para nós, teremos um ano e meio de mobilidade pronta”, anima-se o dirigente. Se não vier, o Grêmio tem a chance de melhorar a infraestrutura. O secretário de Gestão, Urbano Schmitt, esteve ao lado de Fortunati na entrega dos projetos na Caixa, que prometeu agilidade. As intervenções custam R$ 15,3 milhões, mas só estão assegurados R$ 8,7 milhões. Schmitt vai ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para completar a cifra. Faltarão ainda R$ 30,5 milhões para o restante das melhorias em ruas e avenidas, que já estão em emendas de parlamentares.

O presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre, Ricardo Ritter, reforçou o coro da comitiva integrada do setor, que levou a Fortunati apoio à eventual troca de local dos jogos. “Não podemos correr o risco que algum impasse não garanta a Copa”, sinalizou Ritter.

Comissão da Câmara aprova texto base da Lei Geral


A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou ontem o texto base da Lei Geral da Copa, conjunto de regras para a organização do evento. Por acordo dos líderes dos partidos na comissão, os dez destaques com as polêmicas da Lei Geral ficaram para hoje, como a liberação de bebida alcoólica nos estádios e as regras para meia-entrada. Outro ponto questionado é uma “cláusula penal” para quem desistir de comprar o ingresso da Fifa. O texto da Lei Geral da Copa deverá ir ainda ao plenário da Câmara e seguir para o Senado antes de virar lei.

Pelo texto do relator, os estudantes terão meia-entrada somente na categoria 4 de ingressos, na chamada cota social. O benefício valerá também para integrantes do Bolsa Família e o preço final deverá sair a US$ 25,00 (cerca de R$ 42,00). Ao contrário dos estudantes, os idosos terão o desconto em todas as categorias, que inclui ingresso de até US$ 900,00 (pouco mais de R$ 1.500,00). O projeto apresentado na comissão libera o consumo de cerveja nos estádios, desde que em copo plástico e somente durante a Copa do Mundo e Copa das Confederações. 

Encontro entre o Banrisul e a Andrade Gutierrez amplia impasse sobre financiamento 


Uma longa reunião realizada no início da tarde de ontem, na sede do Banrisul, em Porto Alegre, acentuou o impasse que envolve as garantias financeiras da proposta da Andrade Gutierrez (AG) para a contratação de financiamento superior a R$ 200 milhões em recursos para a reforma do estádio Beira-Rio. O encontro dos dirigentes do banco com os executivos da construtora terminou sem avanços e contribuiu para aumentar as especulações de que a sede oficial do Rio Grande do Sul para a Copa do Mundo não será concluída em tempo hábil para a realização dos jogos em 2014.

O principal entrave nas negociações se refere ao baixo nível de comprometimento da empresa com o valor total do investimento. O presidente do Banrisul, Túlio Zamin, considerou a proposta “absolutamente insuficiente” e revelou que os representantes da AG não apresentaram alterações substanciais ao acordo. Segundo Zamin, a empresa continua com disponibilidade de assumir somente 20% dos ativos de captação do financiamento. O restante seria oferecido por meio da participação nos lucros de exploração do estádio. De acordo com o presidente do Banrisul, a medida contradiz as regulamentações da política de gestão de riscos do sistema financeiro e nenhuma flexibilização à questão será aceita.  

“As garantias jamais podem estar vinculadas à exploração do empreendimento, pois devem ser independentes da taxa de sucesso do negócio. Solicitamos o aval de 100% do investimento. Na proposta, se pressupõe que o banco assuma parte dos lucros de exploração. Isto não vai ser feito de maneira alguma. Está fora dos padrões normativos do mercado”, garante Zamin.

Mesmo que o Banrisul se posicione favorável à continuidade das negociações, a falta de empenho com o aumento do percentual de garantias, por parte da construtora, coloca em xeque a relação entre a empresa e o banco gaúcho. Zamin não descarta que o Bndes possa contratar a totalidade dos investimentos. Sobre a razão de a construtora não aportar 100% das garantias, já que o grupo fatura mais de R$ 18 bilhões, o presidente do banco preferiu não opinar. No entanto, para ele, o fato de não haver outras instituições financeiras envolvidas até o momento demonstra que a operação estruturada não está pronta para ser aceita.

Zamin nega qualquer tipo de responsabilidade com os atrasos no cronograma de obras para o Mundial de 2014. O executivo afirma que um despacho formal do Comitê de Crédito do Banrisul, firmado pela diretoria no dia 23 de dezembro do ano passado, já informava o indeferimento da solicitação de recursos. “Não somos o banco exclusivo do Andrade Gutierrez e deste negócio. Muito pelo contrário, temos pouquíssimas relações com o grupo. Tem sido um constrangimento para todos os gaúchos, mas se contratássemos a operação nesses termos, estaríamos desonrando o cargo para o qual fomos designados. Estaríamos comemorando o andamento agora, mas poderíamos arcar com um altíssimo risco no futuro”, defende.

Na opinião de Túlio Zamin, a dificuldade de conseguir investidores tem relação com a incerteza sobre o êxito dos negócios. “Há preocupação sobre o êxito na gestão dos equipamentos futuros. A construtora não conseguiu outras empresas para se integrar”, justifica. Para o presidente do Banrisul, seria positivo para todos os envolvidos que a construtora buscasse um novo banco para a contratação da operação. Entretanto, Zamin afirma que o negócio demandará um compartilhamento com outras instituições financeiras, através de consórcios ou fundos de investimento, em função de seu valor elevado. 

Internacional e governo do Estado fazem reunião de emergência


Os ponteiros do relógio passavam das 15h30min quando o presidente do Internacional, Giovanni Luigi, adentrou o Palácio Piratini com um semblante de preocupação. O mandatário colorado logo se encaminhou para um encontro marcado às pressas com o vice-governador do Estado, Beto Grill, e o deputado estadual Adão Villaverde (PT). A pauta: avaliar os impactos da nova tentativa de financiamento para a reforma do estádio Beira-Rio negada pelo Banrisul em reunião com representantes da Andrade Gutierrez (AG) encerrada pouco antes.
Luigi havia solicitado a reunião via telefone, logo após o presidente do banco gaúcho, Túlio Zamin, ratificar publicamente a inexistência de garantias financeiras da empreiteira para a tomada do empréstimo destinado à reformulação do palco dos jogos da Copa do Mundo de 2014 em Porto Alegre. Tendo o pedido prontamente aceito, o dirigente se dirigiu ao gabinete do vice-governador, que foi designado pelo governador Tarso Genro para auxiliar a destravar o processo.

A conversa durou pouco mais de uma hora. O principal empecilho para a aprovação do repasse dos recursos continua sendo os parceiros da Andrade Gutierrez na composição da Sociedade de Propósito Específico (SPE). A construtora apresentou, mais uma vez, à instituição financeira garantias apenas sobre sua parte na iniciativa. “Ficou evidente que a Andrade Gutierrez não fez o dever de casa. Ela nem constituiu a SPE que teria de constituir, como tarefa e responsabilidade sua”, constatou Villaverde.

Diante desse cenário, Luigi disse que aguarda uma solução para o impasse nos próximos dias. “Esperamos que a construtora assuma sua responsabilidade sobre essa dificuldade que existe com relação aos avalistas dessa operação. O Internacional aguarda e espera que a construtora encontre um modelo e represente, seja ao Banrisul ou outro, as garantias necessárias”, afirmou. O presidente do Inter se disse surpreso que as garantias financeiras sejam o principal entrave, visto que foi a AG que procurou o Inter, há mais de um ano, para conduzir o processo. “É uma construtora que atua em tantos países, tem um faturamento anual superior a US$ 10 bilhões. Portanto, ela tem condições numa obra pequena, como essa, de dar as garantias. Há porte para ela assumir sozinha ou com parceiros essa questão toda”, analisou.

O vice-governador garantiu que o Rio Grande do Sul está engajado na busca de uma solução, mas não irá interferir no trâmite para a liberação do dinheiro. “Tudo aquilo que governo puder fazer, a gente vai fazer. Mas a operação com o banco é uma questão técnica”, assinalou, garantindo a realização da Copa no Estado. De acordo com Beto Grill, um novo interessado em participar da empresa que está sendo formada apareceu nos últimos dias. 


Fonte:  http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=87614

Hotéis modernos e sustentáveis



NOVO EMPREENDIMENTO: área de 7.500 m custou R$ 30 milhões<br /><b>Crédito: </b> Tarsila Pereira
NOVO EMPREENDIMENTO: área de 7.500 m custou R$ 30 milhões
Crédito: Tarsila Pereira
O Brasil vive um período de economia aquecida, na qual os negócios estão em efervescência e os executivos vivem de malas prontas. Os brasileiros, com mais tempo e dinheiro no bolso, viajam a turismo de um lado ao outro do país, querendo conhecer todos os lugares possíveis. Para acompanhar esse cenário, o segmento hoteleiro cresceu em um ritmo impressionante nos últimos anos para atender à demanda e também foi impulsionado pelo boom do mercado da construção civil. Exemplo disso é Porto Alegre, que praticamente triplicou sua rede hoteleira e conta hoje com 90 hotéis, 13.738 leitos e deverá ganhar nos próximos dois anos, até a Copa do Mundo de Futebol 2014, mais 20 novos empreendimentos.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis - Seção do Rio Grande do Sul (ABIH/RS), empresário José Reinaldo Ritter, é seguro ao afirmar que a Capital gaúcha, assim como as cidades próximas, está perfeitamente adequada para hospedar todos os turistas e profissionais que participarão dos grandes eventos esportivos previstos para os próximos anos no país. "O Estado está muito bem preparado para receber esse público. Há também excelentes hotéis em Gramado, Canela, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Canoas. Enfim, a oferta é suficiente e as informações que nos chegam é de que todos operam dentro dos padrões de qualidade exigidos", garante Ritter. De acordo com o empresário, em um futuro próximo, a rede hoteleira terá um acréscimo de 9 mil unidades habitacionais e 18 mil leitos (veja mapa dos hotéis previstos).

Inúmeros hotéis surgiram recentemente em Porto Alegre e fica difícil enumerá-los mas, com certeza, o mais novo empreendimento foi inaugurado dia 8 de fevereiro, o Novotel Porto Alegre Aeroporto (capa). O hotel é o 150 no Brasil do grupo francês Accor (número que deverá chegar a 300 até 2015, com investimento de mais de R$ 2,5 bilhões) e o sexto hotel do grupo na cidade. A Accor destaca-se mundialmente em operação hoteleira, com 4,4 mil hotéis em 90 países e atua no Brasil há 34 anos.

Construído pela Prima Engenharia, o Novotel ocupa uma área de 7.500 metros quadrados e custou R$ 30 milhões. Oferece 166 apartamentos, em um total de 200 leitos, e opera dentro da categoria superior. Fica junto ao Aeroporto Salgado Filho, onde também se localiza um outro hotel do grupo, o Ibis, de padrão mais econômico. Victor Hugo Teves, gerente- geral do Novotel, informa que o empreendimento conta com o que há de mais moderno no segmento de hotelaria, com janelas que isolam em 95% o ruído externo, elevadores inteligentes, entre outros itens.

O executivo salienta o eficiente sistema de controle da energia elétrica. "Instalamos um equipamento que gerencia todo o consumo de energia do prédio, ou seja, nos horários de pico, ele equilibra os processos, para que a demanda seja plenamente atendida e, ao mesmo tempo, para que não ultrapasse o total contratado junto à CEEE. Os equipamentos que não estiverem sendo utilizados naquele momento serão automaticamente desligados para que sobre energia para os que estão em uso", explica Teves. Ele menciona também a máquina de reciclagem de lixo, da marca americana Ecovin, colocada na cozinha do hotel, que transforma todo o lixo orgânico produzido em adubo. Este, depois, será utilizado nos jardins. "Todo o lixo produzido no hotel é reciclado aqui mesmo. Em 9 horas, 200 litros de resíduo orgânico são transformados em adubo", simplifica o executivo.



Qualidade - nível internacional


CORAL TOWER: unidade terá mais cem unidades habitacionais<br /><b>Crédito: </b> Coral Tower / divulgação / cp
CORAL TOWER: unidade terá mais cem unidades habitacionais
Crédito: Coral Tower / divulgação / cp
Berenice Lewin, presidente do Porto Alegre Convention & Visitors Bureau, concorda com o presidente da ABIH/RS, José Reinaldo Ritter, de que a rede hoteleira gaúcha é de alta qualidade e tem capacidade para receber grandes eventos. "Não faltará lugar para hospedar os turistas, hoje e sempre. Claro que para recepcionar todos aqueles que vierem para a Copa do Mundo da Fifa será preciso fazer alguns ajustes, resolver algumas questões, mas tudo está sendo providenciado, assim como o preparo dos funcionários. Temos condições de receber qualquer tipo de hóspede internacional", afirma a empresária, que é proprietária dos hotéis Coral, um na avenida Protásio Alves, o Coral Trade, e outro na avenida Getúlio Vargas, o Coral Tower Express. Ambos passam por melhorias e estão sendo ampliados: contarão com cem unidades habitacionais cada um.


Ao ser questionada sobre a tendência de se erguer hotéis em torno do Salgado Filho, Berenice comenta que é uma tendência mundial hospedar-se perto dos aeroportos, principalmente clientes do mundo corporativo. "Adquirimos uma área no local, mas agora estamos avaliando se realmente construiremos um hotel como havíamos planejado, pois talvez não haja demanda para tantos empreendimentos ali e tememos que no futuro, com tanta concorrência, possa haver baixa ocupação", aponta.



Unidades antigas passam por retrofit


RITTER: situadoem frente à Estação Rodoviária, hotel possui janelas que bloqueiam os ruídos externos, elevadores mais rápidos ecaldeiras abastecidas com gás natural
Crédito: RITTER HOTÉIS / DIVULGAÇÃO
Novos, modernos e imponentes hotéis dividem o mercado com os tradicionais e conhecidos. Há espaço para todos. Desde os que ostentam bandeiras internacionais, como o Sheraton, Tulip Inn, Novotel, Ibis e Mercure, aos essencialmente gaúchos, como o Ritter, Continental, Plaza São Rafael, Everest, Embaixador, entre outros.

Segundo o presidente da ABIH-RS, José Reinaldo Ritter, os empreendimentos mais antigos estão passando, ou já passaram, por reformas, que os deixaram em iguais condições que os concorrentes, cuja construção é mais recente. A palavra adequada é retrofit, quando são feitas adaptações, como instalar janelas que bloqueiam os ruídos externos (com vidro duplo, que exigem novas esquadrias, geralmente em PVC), instalação de splits (ar-condicionado), elevadores mais rápidos, televisores de plasma, entre outras melhorias. Ele, que é diretor do Ritter Hotel, situado em frente à Estação Rodoviária, diz que, além de todos esses modernos equipamentos a que se referiu, também instalou um novo sistema de caldeiras abastecidas com gás natural.



Custo da construção cai em fevereiro



O Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M), elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve variação de 0,42% neste mês, frente a 0,67% em janeiro. No ano, o índice acumula alta de 1,09% e, em 12 meses, o avanço é de 7,93%. A menor alta foi causada pelo grupo Mão de Obra, que subiu 0,43% em fevereiro, ante 0,98% no mês anterior. Segundo a FGV, em Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo os salários tiveram pequenas variações. O índice correspondente a materiais e equipamentos teve variação de 0,32%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,27%. Os serviços, 0,73% em fevereiro, frente a 0,69% em janeiro.



Estilo cozy traz conforto e simplicidade




INTEGRADOS: o conjunto de castiçais em madeira que imitam as fases da Lua foi desenvolvido pelo designer Leonardo Bueno
Crédito: DIVULGAÇÃO / CP
O estilo cozy é uma tendência na decoração de interiores. A expressão americana define ambientes confortáveis, agradáveis e aconchegantes. Para a assessora de imprensa Thais Volkweis, da SIM Group - Soluções em Motivações -, também consultora de lojas de produtos que seguem esta vertente, trata-se de um estilo que enaltece a simplicidade e os valores da família.

Thais explica que a elegância do design, que ao longo dos anos vem imprimindo estilo e personalidade aos ambientes, continua em alta e objetos decorativos feitos à mão farão uma ponte entre o interior e o exterior das casas.

"É uma tendência que retoma as nossas origens e o íntimo das nossas relações em casa. Os ambientes estão mais interligados. Como exemplo temos as cozinhas americanas. Os espaços são mais aconchegantes e estamos valorizando a presença de amigos em casa. Essa mudança de comportamento afeta muito o mercado de móveis e do design. Estamos mais íntimos e as nossas casas mais agradáveis", explica Alexandre Rei, diretor executivo da loja Coisas Geniais.

O estilo cozy é um comeback, o retorno às origens. Essa onda mais "ruralista" chega valorizando um life style movido pela simplicidade que não está só no estilo de viver, morar, e sim na escolha das texturas, de tecidos e mobiliário. O requinte está na escolha de objetos leves e coloridos que darão leveza ao rústico. Tecidos como a lã, o veludo e os feltros estão em alta. Se coloridos, melhor ainda.



Projeto reacende polêmica dos bares



 Moradores contestam proposta de novos horários de funcionamento<br /><b>Crédito: </b>  BRUNO ALENCASTRO
Moradores contestam proposta de novos horários de funcionamento
Crédito: BRUNO ALENCASTRO
Um projeto de alteração de decreto que define o horário de fechamento dos bares e restaurantes em Porto Alegre reativou a polêmica sobre a boemia na Capital. Segundo o vereador Professor Garcia, a possibilidade de manter os estabelecimentos abertos de domingo a quinta-feira até a 1h da madrugada e de sexta-feira a sábado e véspera de feriado até as 3h, com 30 minutos de tolerância, se sancionado, será contestado judicialmente pelos moradores da Cidade Baixa.

Atualmente, ainda sem a aprovação deste dispositivo na lei, os bares devem fechar à meia-noite. "Se existe a Lei do Silêncio, que seja cumprida. Se for para fazer emendas, que haja um debate, afinal tem muitos lugares com alvarás provisórios de cafeteria e funcionam como boates", diz ele.

Ontem, a equipe de fiscalização da Smic lacrou três bares e casas noturnas, durante a 44 Operação Sossego. As ações foram desencadeadas no bairro Cidade Baixa, atendendo reclamações de moradores e também porque os proprietários já haviam sido citados para regularizar documentação.



Cresce dívida de pessoas físicas



Brasília - A taxa de inadimplência das pessoas físicas, que mede o atraso de pagamento superior a 90 dias, iniciou 2012 em alta de 7,6% em janeiro, o maior patamar desde 2009, segundo números divulgados ontem pelo Banco Central (BC). Em dezembro de 2011, estava em 7,4%.

Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas recuou de 3,9% em dezembro de 2011 para 3,7% em janeiro deste ano. Quanto à taxa geral de inadimplência, que engloba operações de pessoas físicas e de empresas, avançou de 5,5% em dezembro de 2011 para 5,6% em janeiro deste ano. 



Leão apura 1 milhão de downloads



Brasília - A Receita Federal registrou no primeiro dia em que o Programa Gerador da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2012 (IRPF 2012) entrou no ar 960 mil downloads. Este ano, o programa foi liberado mais cedo, no último dia 24. Para fazer a declaração, o contribuinte deve baixar ainda o Receitanet, aplicativo responsável pela transmissão dos dados. O envio da declaração, entretanto, só será possível a partir das 8h de amanhã, dia 1 de março. As empresas têm prazo até hoje para entregar aos empregados o comprovante de rendimentos referentes ao ano de 2011.


Crédito habitacional triplica desde 2007



O crédito para a compra da casa própria atingiu em janeiro 5% de tudo o que a economia produz, informou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel. Segundo ele, em cinco anos, o crédito habitacional mais do que triplicou em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). No mês passado, somou R$ 205,8 bilhões, alta de 44,5% em 12 meses. Até 10 de fevereiro, os juros médios dessa operação cresceram 0,3 ponto percentual em relação a janeiro. 



Só 3,8% dos hotéis do país estão na Capital



Porto Alegre é o 10º colocado no ranking da hospedagem feito pelo IBGE

Porto Alegre ocupa a 10 colocação no ranking da hospedagem no Brasil, que analisou a situação nas 27 capitais. Atualmente, a Capital gaúcha tem 3,8% da rede hoteleira, com 190 estabelecimentos, entre hotéis, apart-hotéis/flats, pousadas, motéis, pensões e albergues, segundo dados da pesquisa de Serviços de Hospedagem (PSH 2011) divulgados ontem. O estudo foi feito pelo IBGE em parceria com o Ministério do Turismo. Em leitos disponíveis, a Capital gaúcha tem 14.625, representando 3,9% do total no país.

A rede de hospedagem das 27 capitais tem 5.036 estabelecimentos, que possuíam 250.284 unidades habitacionais e capacidade total de 373.673 leitos. Do total, quatro cidades merecem destaque por concentrarem 40,7% do total: São Paulo, 19,3% (972); Rio de Janeiro, 8,5% (429); Salvador, 7,1% (358); Belo Horizonte, 5,8% (291). Com isso, a capacidade média nas capitais chega a 110 hóspedes por estabelecimento.

O estudo inédito no país é resultado da necessidade de se ter um mapeamento da rede hoteleira em função da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. O IBGE vai divulgar em abril um complemento do estudo, com dados sobre as regiões metropolitanas.

A pesquisa apontou que a maior parte dos estabelecimentos de hospedagem é integrada por hotéis (52,1%). Em segundo lugar, aparecem os motéis, que representam fatia de 23,5% do total. Em terceiro, as pousadas, com 14,2%. "O estudo visou mensurar a capacidade de hospedagem nas capitais por causa dos grandes eventos que serão realizados nos próximos anos no Brasil", explicou o gerente da pesquisa, Roberto da Cruz Saldanha.



Luigi convoca lideranças políticas coloradas para acabar com imbróglio



Postado por Fabricio Falkowski em 29 de fevereiro de 2012 - Inter
Assustado com o estado de coisas que cercam o impasse entre Inter, Andrade Gutierrez e Banrisul, o presidente Giovanni Luigi acaba de convocar as principais lideranças políticas do clube e também a comissão de obras para uma reunião urgente. O encontro ocorrerá na tarde desta quarta-feira, no Beira-Rio.
Na pauta, uma estratégia conjunta do clube para sair da crise que envolve a obra do estádio para a Copa do Mundo. Luigi que a união de todos os grupos políticos.
É do interlocutor que acaba de me passar a informação a frase: “Temos de ir para a guerra. E unidos somos muitos mais fortes”.
O Inter teme o fim – antes do começo – da parceria com a Andrade Gutierrez e a indicação, por parte da prefeitura de Porto Alegre, da Arena do Grêmio como palco dos jogos da Copa de 2014.
EM TEMPO: A área jurídica do clube já analisou o imbróglio. Caso o acerto com a construtora não saia, o Inter buscará uma indenização na Justiça.


Aldo Rebelo estaria em contato com Inter, AG e governo do RS



Segundo assessores do ministro, não há chances do Estado perder a Copa

Aldo Rebelo estaria em contato com Inter, AG e governo do RS<br /><b>Crédito: </b> Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr / CP
Aldo Rebelo estaria em contato com Inter, AG e governo do RS
Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr / CP
De acordo com assessores próximos, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, estaria em contato diário com direção do Inter, representantes da construtora Andrade Gutierrez e governo do Rio Grande do Sul em razão do impasse na continuidade das obras de reforma do estádio Beira-Rio. Fontes em Brasília asseguram que não há chance do Estado perder a Copa.

O temor da presidente Dilma Rousseff é que, com esse imbróglio, a Fifa descarte Porto Alegre como sede da Copa do Mundo de 2014, já que a Arena do Grêmio não é vista como plano B para o Mundial. Ainda que o estádio esteja com as obras adiantadas, os recursos para a revitalização do bairro Humaitá não devem ser liberados em 2012, apesar dos esforços do secretário de Gestão da Capital, Urbano Schmidt. 

Em novembro, o ministro havia afirmado que as obras do Beira-Rio eram as mais atrasadas. "O Inter precisa assinar o contrato, pois se não houver mais atraso, ainda é possível recuperar o tempo perdido," disse. Neste mês, no entanto, Rebelo assegurou que as obras fundamentais já haviam sido feitas ao vistoriar o Beira-Rio, em Porto Alegre. " Isso demonstra que qualquer tipo de ameaça do estádio ficar de fora da Copa por conta de atraso na assinatura de contrato para a retomada das obras está descartada", frisou o ministro.



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Beira-Rio volta a ficar ameaçado de perder Copa



Ana Paula Aprato/Arquivo/JC
A reforma do Beira-Rio deve custar R$ 330 milhões
A reforma do Beira-Rio deve custar R$ 330 milhões
 
 
 
Duas semanas depois de o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, garantir que o Beira-Rio será sede da Copa do Mundo de 2014, nesta segunda-feira (27) o estádio do Internacional voltou a ficar ameaçado de ficar de fora do maior evento do futebol mundial. "Se será no Beira-Rio ou não, já tenho minhas dúvidas", admitiu o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), em entrevista à Rádio Gaúcha que acabou renovando a polêmica sobre a capacidade do clube e da construtora Andrade Gutierrez cumprirem os prazos exigidos pela Fifa.



A nova discussão começou no sábado (25), quando a construtora publicou nota nos jornais do Rio Grande do Sul informando que conseguiu definir todos os demais investidores necessários à viabilização do projeto. A reforma do Beira-Rio deve custar R$ 330 milhões. A empresa e seus parceiros, ainda não identificados, assumem os custos e ficam com a administração de parte do estádio, como 121 camarotes e 5 mil cadeiras. Mas, para obter o empréstimo do Bndes, devem apresentar garantias financeiras.

Na mesma nota, a Andrade Gutierrez diz que apresentou "um plano sólido de garantias" ao Banrisul, agente repassador de recursos do Bndes, e reclama que sem a aprovação das garantias não é possível obter o financiamento e constituir a sociedade de propósito específico que viabilizará a reforma. O Banrisul reagiu por nota distribuída nesta segunda-feira, na qual sustenta que "a proposta apresentada pela construtora não está suficientemente estruturada, em relação às garantias, para realizar a operação de financiamento".

A divulgação das notas e a manifestação do governador lançaram dúvidas sobre a viabilização do projeto nos prazos adequados. O presidente do Internacional, Giovanni Luigi, considerou positivo que a empresa tenha divulgado que encontrou os parceiros para a formação da sociedade de propósito específico, mas admitiu que o Banrisul pode ter suas próprias normas para aceitar ou não garantias. A empresa divulgou nova nota à imprensa, na qual reitera que vai buscar uma solução consensual para o entrave existente e "está envidando esforços para negociar as garantias dos parceiros, única pendência para a formação da sociedade de propósito específico".



Comitê Organizador comenta a polêmica


Em nota, o Comitê Organizador Local (COL) disse que não há uma data limite para a assinatura do contrato das obras de reforma do Beira-Rio. Segundo o texto, o Comitê “monitora a situação de perto e continua na expectativa da assinatura do contrato o mais breve possível”.