quarta-feira, 30 de maio de 2012

Sob o brilho de lustres e lâmpadas

 

TENDÊNCIA: lustres de cristais continuam atuais, assim como as luzes indiretas e embutidas
Crédito: ARTHUR PULS


A luz artificial de um ambiente pode fazer toda a diferença, afirmam os arquitetos e decoradores. Convicção de profissionais que entendem realmente do assunto. Do lustre de teto aos abajures das mesas de cabeceira, há uma infinidade de soluções para iluminar a casa e deixá-la mais bonita e aconchegante. Há outros profissionais que entendem bastante do assunto, principalmente no que se refere à eficiência dos diversos tipos de lâmpadas. A comerciante Priscila Cunha Garcia faz parte deste grupo. Desde o seu primeiro emprego, na área de soluções em iluminação, apaixonou-se pela atividade e pela venda destes objetos. Agora assumiu a gerência da recém-inaugurada Sulina Iluminação. A loja especializada tem 280 metros quadrados com o que existe de mais moderno e eficaz para a iluminação residencial e comercial.

Estão distribuídos pela loja uma infinidade de lustres, luminárias de pé e abajures entre outros produtos feitos de acrílico, madeira, tecido etc. Há peças à venda que vão de R$ 25,00, como uma pantalha, a R$ 15 mil, de um luxuoso lustre. Aliás, destacam-se os requintados lustres com pendentes de cristais, que são deslumbrantes. Há bastante tempo eles estão na moda, como assegura Priscila. Ela informa que muitos destes produtos foram lançados na Expolux 2012, evento que aconteceu recentemente em São Paulo para apresentar as novidades do setor. "Todos os fornecedores participaram da feira, que reúne o que existe de mais moderno em iluminação. Os lustres de cristais continuam atuais, assim como as luzes indiretas e as embutidas", comenta.

Um espaço dedicado ao incentivo da troca das lâmpadas dicroicas, e outros tipos, pelas modernas, de LED, é um dos diferenciais da loja, destaca a gerente. "Temos um serviço especial para que os clientes substituam as tradicionais luminárias por esse novo sistema, que é uma inovação em todos os sentidos. Primeiro porque são bem mais econômicas que as comuns e segundo porque têm uma vida útil muito maior. É um excelente investimento. São as lâmpadas do futuro", explica Priscila.

De acordo com a profissional, uma dicroica comum consome 50 watts e dura 1.500 horas, enquanto uma de LED tem vida útil de 25 mil horas e consome apenas 6 watts. "Claro que a LED ainda é mais cara, mas essa distância de preços está diminuindo aos poucos. Antes, uma lâmpada destas custava entre R$ 70 e R$ 90, agora já é vendida a R$ 56, em média. E não tem como comparar, porque a diferença com certeza é paga quando chega a conta de luz e se vê o quanto ela diminui", justifica ela, lembrando outra qualidade do lançamento: não aquecem o ambiente

A loja investe tanto nesta troca de cultura que está oferecendo cursos a arquitetos e profissionais do ramo para que saibam tudo sobre o conceito LED e como fazer a instalação dessas práticas lâmpadas econômicas. Sem esquecer das charmosas fitas em LED que estão sendo muito utilizadas em decoração de interiores de residências e em estabelecimentos comerciais. O primeiro curso está previsto para 25 de junho.

Outro aspecto salientado por Priscila é que as lojas especializadas oferecem de tudo em iluminação, deste o material elétrico até os acabamentos, como interruptores. E dispõem de um serviço especializado: profissionais agendam visita técnica à casa do cliente para um atendimento personalizado, quando irão fazer uma avaliação para saber quantas e quais os tipos de lâmpadas devem ser utilizados. Eles indicarão qual a iluminação ideal para cada local, onde se deve usar os embutidos, por exemplo, outra tendência que continua em alta, melhor ainda se tiver acoplada uma lâmpada de LED.

Compradores desconhecem a taxa

 

OPORTUNIDADES: emtrês dias, R$ 966 milhõesem negócios, com 7.924 contratos encaminhados
Crédito: TARSILA PEREIRA

Conquistar um financiamento de imóvel requer o pagamento de taxas e tributos poucos conhecidos. Como é o caso do seguro por morte ou invalidez permanente (SMIP), que representa um percentual nas prestações e está relacionado à idade do cliente.

Uma simulação no site da Caixa, para uma pessoa com 18 anos que fosse contratar financiamento de um imóvel usado em Porto Alegre no valor de R$ 80 mil, mostra que o seguro por morte ou invalidez seria de R$ 7,36. Mas se a mesma negociação fosse feita por uma pessoa com 50 anos, o seguro custaria R$ 30,21.

No Feirão Caixa da Casa Própria, em Porto Alegre, o casal Viviane Silva Fraga e João Paulo Sousa aproveitou para fazer simulações e identificar uma possibilidade para comprar a primeira casa própria. Moradores de Viamão, eles buscam por uma casa em um terreno grande. Isso se deve aos quatro cachorros do casal. "Depois de dez anos juntos e morando de aluguel, está na hora de conquistarmos a nossa casa", disse ela. Ao comemorar a redução dos juros, o que aumentou a sua capacidade de financiamento, ela afirmou desconhecer a cobrança de seguro sobre as prestações. "A nossa base de cáculo é feita de acordo com a simulação", disse.

Também aproveitando o Feirão, o contador Sidney Machado, que busca financiamento para reformar a sua casa, disse conhecer o seguro, mas lembrou que houve redução nos juros, o que impactou positivamente nas negociações. O casal de Gravataí Fabiana da Silva e Elisandro Gaiaski buscou o evento visando recursos para utilização na reforma da casa, comprada há alguns anos com o apoio de financiamento da Caixa Federal. Segundo o casal, o feirão trouxe benefícios, já que todas as informações são repassadas juntas e os esclarecimentos são feitos na hora.

Seguro imobiliário é sinônimo de dinheiro bem aplicado

 

PRESTAÇÃO:: composta de três itens, que são a amortização, os juros e o seguro. Este último divide-se em dois tipos de cobertura: por morte e invalidez permanente do titular ou por danos físicos do imóvel<br /><b>Crédito: </b> TARSILA PEREIRA
PRESTAÇÃO:: composta de três itens, que são a amortização, os juros e o seguro. Este último divide-se em dois tipos de cobertura: por morte e invalidez permanente do titular ou por danos físicos do imóvel
Crédito: TARSILA PEREIRA
 
 
Comprar uma casa ou um apartamento ficou mais acessível a um número maior de famílias desde que o governo federal passou a facilitar as regras para a aquisição de um imóvel, colocando à disposição da maioria da população a possibilidade de financiamentos com juros mais baixos. Além de condições financeiras favoráveis, criou o programa Minha Casa, Minha Vida, que oferece crédito a famílias com menor renda para que adquiram um imóvel em prédios mais populares, mas com qualidade construtiva. O que pouca gente sabe é que quando se faz um financiamento para aquisição de um bem imóvel, o tomador do crédito terá que fazer também um seguro, cujo valor varia de acordo com a sua idade e a sua estimativa de vida.

Segundo o gerente Regional da Caixa Econômica Federal (CEF) Pedro Lacerda, a prestação da casa própria é composta de três itens: amortização, juros e seguro. Este último divide-se em dois tipos de cobertura: por morte e invalidez permanente do titular ou por danos físicos do imóvel. "O financiamento só é viável porque utiliza os recursos do FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Então, este dinheiro tem que retornar, senão essa corrente é rompida. Por isso, se o titular do empréstimo morrer, por exemplo, esse valor tem que sair de algum lugar. Ele é pago pela seguradora", explica ele.

O valor a ser pago pelo seguro é proporcional à idade do tomador de crédito e o preço do imóvel. Já considerando-se a expectativa de vida, que é bem maior atualmente, o máximo é que um financiamento de 30 anos seja pago até os 80 anos e 6 meses, ou seja, a pessoa pode parcelar um bem em até 30 anos se tiver até 50 anos e 6 meses. E a tabela é progressiva, quanto mais idade, maior o seguro. Por exemplo: um imóvel de R$ 120 mil foi comprado por uma pessoa de 38 anos. A prestação que pagará por 20 anos será de R$ 1.266 e de seguro, R$ 39,10. O mesmo financiamento feito por uma pessoa de 59 anos, para pagar em 20 anos, incidirá um seguro mensal de R$ 223,90 sobre a mesma prestação.

Essas regras valem para todos os bancos e agentes financeiros que oferecem financiamentos imobiliários. É regra geral, com algumas pequenas mudanças de instituição para instituição.

Mas o valor pago pelo seguro, muitas vezes alto, é sinônimo de tranquilidade, assegura Lacerda, explicando que caso o titular único do crédito venha a falecer ou sofrer algum acidente que o deixe incapacitado para o trabalho para sempre, o imóvel fica totalmente quitado. "Não fica dívida alguma para a família", destaca.

O Feirão Caixa da Casa Própria, que aconteceu no último final de semana no Centro de Exposições da Fiergs, em Porto Alegre, é reflexo desse cenário de oportunidades. Milhares de interessados foram até o local procurar um lugar para morar tomando um crédito mais fácil de pagar. Foi a 8 edição do evento que em três dias fez mais de R$ 966 milhões em negócios, somando 7.924 contratos fechados e encaminhados. Mais de 18 mil pessoas passaram por lá.

No Feirão estavam à venda 30 mil imóveis, a metade deles usados, a outra metade, novos ou na planta. Do total de imóveis ofertados, 8,5 mil imóveis estão no programa Minha Casa, Minha Vida. Participaram do mutirão de ofertas 59 construtoras e 64 imobiliárias. As linhas de financiamento da CEF atendem a todas as faixas de renda familiar, com prazo de pagamento de até 30 anos e juros entre 4,6% e 9%. Além dos feirões, os interessados podem obter informações em todas as agências da Caixa, pelo Serviço de Atendimento ao Cliente (0800-726-0101), disponível 24 horas/dia, de segunda a domingo.


Cresce operação de empresas no setor

 

A capacidade de operação das empresas na construção civil subiu dois pontos percentuais em abril, atingindo 72% contra 70% de março, conforme a Sondagem Indústria da Construção divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de utilização da capacidade de operação (UCO), que mede o volume de recursos, mão de obra e maquinário cresceu em abril tanto nas grandes quanto nas pequenas empresas. Nas construtoras de grande porte, a UCO aumentou de 73% em março para 75% no mês passado. Nas empresas de pequeno tamanho, a UCO se elevou de 63% para 66% entre um mês e outro. Nas médias empresas, o indicador manteve o índice de março (70%).


Próxima etapa é no Bom Fim

 

A exigência de obras nos passeios do bairro Floresta, da Capital, faz parte de um projeto municipal e integra a região entre a rua Câncio Gomes e a avenida Goethe. O prazo inicial é de 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias, a contar da data de notificação aos proprietários. Nesta primeira etapa, a prefeitura encaminhou 4.470 cartas para 1.618 imóveis. Na próxima etapa, deverá ser vistoriada a região do bairro Bom Fim.

Dique: todos os cadastrados se mudarão

 

Sobre o protesto de moradores da Vila Dique segunda-feira, o Departamento Municipal de Habitação (Demhab) esclarece que executa projeto habitacional para beneficiar cadastrados em 2009. É possível assentar toda a Vila Dique no Conjunto Porto Novo, construído na avenida Bernardino Silveira Amorim e onde já estão residindo 798 famílias. Segundo o Demhab, outras pessoas invadiram algumas áreas na Dique, após a conclusão do cadastro, mas não há como atendê-las.


Conserto de calçadas é exigido

Moradores do bairro Floresta têm prazo de 30 dias para melhorias, passado o período de alerta. Descumprimento gera multa


Poucos passeios estão em obras na rua Câncio Gomes<br /><b>Crédito: </b> tarsila pereira
Poucos passeios estão em obras na rua Câncio Gomes
Crédito: tarsila pereira
 
 
Com prazo de alerta vencido ontem, proprietários de imóveis no bairro Floresta, em Porto Alegre, têm até 30 dias para realizar o conserto de suas calçadas. Na rua Câncio Gomes, por exemplo, trecho em que a prefeitura enviou notificação, no dia 2, aos moradores solicitando a reforma dos espaços, poucas calçadas estão em obras.

Um desses locais foi o estabelecimento comercial do empresário Adalberto Uzascki. Dono do local há cinco anos, o proprietário admitiu o atraso; porém, criticou a forma como a prefeitura está organizando o processo. "A imposição está errada. Pedem a execução de uma série de itens, mas estipulam um prazo curto", reclamou, referindo-se ao tipo de material solicitado, como o basalto, considerado caro por ele. Além disso, avaliou que o prazo para a reforma dos espaços pelos moradores deveria ser de seis meses e não de 60 dias.

Outro morador descontente é o autônomo João Vargas. Apesar de não ter recebido a notificação ainda, ele reconhece o descuido com a calçada. "Ela está feia, mas acho uma falta de respeito da prefeitura estipular o material que devemos utilizar, quando a prestação de serviço urbano oferecido é precária", criticou Vargas, citando a limpeza de parques e praças.

De acordo com a coordenadora do Gabinete de Planejamento Estratégico (GPE) da prefeitura, Ana Pellini, novas vistorias nos locais apontados como irregulares serão realizadas a partir desta semana. Se confirmada a falta de melhorias, os proprietários serão novamente notificados e receberão prazo de 30 dias. Caso persistam os problemas identificados, eles deverão pagar multa no valor de R$ 461,00. "Esse foi apenas um alerta, mas, a partir da segunda visita do fiscal, o morador será multado", explicou a coordenadora do GPE.


Mercado imobiliário em ritmo de alta

 

O sucesso do Feirão da Casa Própria, realizado no final de semana em Porto Alegre - mais de R$ 966 milhões em negócios, com 7.924 contratos fechados - confirma o bom momento do mercado imobiliário gaúcho, "estimulado ainda mais pelas condições oferecidas pela Caixa, com a redução das taxas de juros". A avaliação é do presidente do Sinduscon/RS, Paulo Vanzetto Garcia.


Portabilidade de crédito mais barata

 

Guido Mantega (E) já sinalizou que governo pretende melhorar condições<br /><b>Crédito: </b> LARISSA PONCE / AG. Câmara / CP MEMÓRIA
Guido Mantega (E) já sinalizou que governo pretende melhorar condições
Crédito: LARISSA PONCE / AG. Câmara / CP MEMÓRIA

São Paulo - Quem tenta transferir uma dívida habitacional de um banco para outro, em busca de um juro mais baixo, encontra duas barreiras: a burocracia e os custos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já sinalizou que o governo pretende melhorar as condições da chamada portabilidade do crédito imobiliário.

Segundo a Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp), uma das possibilidades em estudo é facilitar o trâmite em cartório, com corte das taxas pela metade.

Para se ter uma ideia, nos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), o custo de R$ 1.174,00 poderia cair pela metade, em R$ 556,00 considerando as taxas cobradas pelos cartórios paulistas.

Hoje, ao fazer a portabilidade de um crédito habitacional, o consumidor tem dois gastos em cartório. Um é o registro da mudança do banco credor na matrícula do imóvel. Outro é a averbação do novo contrato de alienação.


Vereadores de Porto Alegre aprovam lei dos Túneis Verdes

Ruas e avenidas que têm copas das árvores unidas serão declaradas áreas de uso especial


Rua Gonçalo de Carvalho é um exemplo dos chamados túneis verdes<br /><b>Crédito: </b> Ricardo Stricher / PMPA / CP
Rua Gonçalo de Carvalho é um exemplo dos chamados túneis verdes
Crédito: Ricardo Stricher / PMPA / CP
 
 
A Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou por 26 votos a um, em sessão na tarde desta quarta-feira, o projeto de lei de autoria do vereador Beto Moesch (PP) sobre os túneis verdes da Capital. De acordo com a proposta, ruas e avenidas da cidade cujas copas das árvores se unem formando túneis vegetais serão declaradas áreas de preservação permanente e de uso especial. A medida no entanto, autoriza, de forma excepcional, eventuais remoções, com a condição de que ocorra o plantio compensatório na região. A manutenção ficará por conta de técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam).

Protocolado em 2008, o projeto de lei já foi discutido diversas vezes em audiências públicas na Câmara Municipal. Conforme o vereador Beto Moesch, pelo menos 15 túneis já foram retirados do projeto por meio de emendas. Com a aprovação da lei, outras vias poderão ser declaradas como túneis verdes através de novos decretos. “A importância é reconhecer a arborização da cidade como patrimônio e justamente enaltecer aquelas que conseguiram transformar ruas em verdadeiros túneis verdes. Elas passam a ser conhecidas por lei como patrimônio turístico, paisagístico, cultural, histórico e ecológico", comemorou o progressista.

O único contrário ao projeto é o vereador João Carlos Nedel (PP). Ele discorda de algumas avenidas que estão incluídas na lei. A via mais conhecida que possui os chamados túneis verdes é a Rua Gonçalo de Carvalho, no bairro Floresta, já declarada área de uso especial e que já foi chamada de "a mais bonita do mundo" nas redes sociais na internet. O texto, agora, vai para sanção do prefeito José Fortunati.


terça-feira, 29 de maio de 2012

Ciclistas reclamam da nova ciclovia



Prefeitura diz que, com o tempo, as ciclovias vão conquistar os usuários<br /><b>Crédito: </b> tarsila pereira
Prefeitura diz que, com o tempo, as ciclovias vão conquistar os usuários
Crédito: tarsila pereira
Inauguradas há menos de um mês, a ciclovia da avenida Ipiranga e a ciclo-faixa da avenida Icaraí, de Porto Alegre, têm recebido poucos usuários. Em visita aos locais ontem, a reportagem do Correio do Povo identificou a preferência de muitos ciclistas em atravessar na via pública ao invés de acessar os espaços disponibilizados para eles.

Distribuídas em pontos estratégicos, os trechos pouco utilizados têm favorecido o uso de pedestres e a colocação de lixo nos locais. Na Ipiranga, por exemplo, de cada cinco ciclistas que circulavam pelo local, apenas um utilizava o acesso.

Foi o caso da artista plástica Laura Cattani. Mesmo considerando a ciclovia inadequada por apresentar uma orientação incompatível com o trânsito, ela avalia o uso do local como necessário "devido à falta de educação de alguns motoristas". Para Laura, antes de implantar o sistema na cidade, a prefeitura deveria ter feito uma melhor análise de uso das vias.

Já a empresária Janice Dalforno afirma que o principal problema é a falta de continuação. "Só esse pedaço não adianta, tem que continuar, assim ninguém vai respeitar", reclamou. Em relação às ciclo-faixas, instaladas junto ao meio-fio, a ciclista considera a da avenida Icaraí a pior de todas. "Não adianta apenas pintar de vermelho, tem que haver segurança no local."

Conforme o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, a resistência dos ciclistas já era esperada. Para ele, depois da instalação do restante do trecho, entre a Edvaldo Pereira Paiva e a Érico Veríssimo, haverá uma maior utilização da ciclovia.


INCC-M avança para 1,3% em maio



O Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M) registrou em maio 1,3%, ficando acima do resultado de abril, de 0,83%. No ano, o indicador acumula 3,63% e em 12 meses, 7,16%. O índice referente a Mão de Obra registrou 2,22% ante 1,08% do mês anterior. No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, o índice Materiais e Equipamentos variou 0,35% ante 0,65% de abril. A parcela relativa a Serviços passou de 0,32% em abril para 0,37%, em maio.

Feirão da Caixa negocia R$ 11,2 bi



Restando ainda um final de semana para o fechamento do 8 Feirão da Casa Própria, a Caixa Econômica Federal contabiliza R$ 11,2 bilhões em negócios no evento. Esse resultado já supera o número geral do ano passado, pouco mais de R$ 10 bilhões. De 25 a 27 de maio, as cidades de Porto Alegre, Campinas (SP) e Uberlândia (MG) receberam o Feirão. A capital gaúcha contabilizou R$ 966 milhões em negócios; Campinas registrou R$ 330 milhões; e Uberlândia atingiu a marca de R$ 300 milhões.

BB reduz juros para veículos e micro



São Paulo - O Banco do Brasil (BB) anunciou ontem a redução de juros em linha de financiamento de veículos novos para micro e pequenas empresas. O intervalo das taxas máxima e mínima caiu de 2,37% a 0,97% para o de 1,75 a 0,77% ao mês. Em junho, o BB antecipará, com taxas menores, vendas feitas por empresas que precisam pagar dívidas com outros bancos. Os recebíveis, como cheques pré-datados, duplicatas e cartões de crédito, poderão ser convertidos em capital de giro com juros a partir de 1% ao mês.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Rua dos Andradas renovada

Tornar o trecho mais bonito e adequado é um dos objetivos do projeto de revitalização do Calçadão da Rua da Praia, lançado ontem pela Associação de Bancos do Rio Grande do Sul (Asbancos) e pela Prefeitura de Porto Alegre, na sede da entidade. Conhecida como cenário de muitos cronistas e poetas, a Rua dos Andradas terá restaurado o trecho entre as ruas General Câmara e a Marechal Floriano. As obras deverão se iniciar até o final do ano e a previsão é de que sejam concluídas em cinco meses.

O presidente da Asbancos, Túlio Zamin, considera a obra um resgate ao passado, quando o trecho representava o centro financeiro da cidade. Ele informou que o projeto, orçado inicialmente em R$ 140 mil, será feito pela empresa de aerofotogrametria, geoprocessamento e engenharia, Aerogeo, e prevê a troca de piso, a substituição das redes subterrâneas de serviço, como água e esgoto, e a colocação de bancos. A ação faz parte do projeto "Andanças" e recebe apoio dos bancos associados, Sindfin e Sindilojas.

Operários protestam

<br /><b>Crédito: </b> vinícius roratto

Crédito: vinícius roratto

Trabalhadores que atuam na construção do prédio anexo do TJRS realizaram ontem um protesto contra o atraso de salários - que deveriam ter sido pagos no dia 21. A empresa Engefort, responsável pela obra, informou ao sindicato da categoria que vai regularizar a situação ainda esta semana.


Hoje é dia livre de imposto

Em Porto Alegre, uma das principais atividades será a venda de gasolina com um desconto de 45%

Preço do litro do combustível baixará de R$ 2,89, na média, para R$ 1,59<br /><b>Crédito: </b> ANTÔNIO CRUZ / ABR / CP MEMÓRIA
Preço do litro do combustível baixará de R$ 2,89, na média, para R$ 1,59
Crédito: ANTÔNIO CRUZ / ABR / CP MEMÓRIA
 
 
Nesta sexta-feira comemora-se o Dia Nacional de Respeito ao Contribuinte e da Liberdade de Impostos. A data simbólica faz referência à quantidade de dias que os brasileiros precisam trabalhar apenas para pagar impostos. Diversas organizações realizarão atividades em todo o país buscando conscientizar a população sobre a elevada carga tributária paga pelos brasileiros.

Em Porto Alegre, uma das principais atividades será a venda de gasolina sem impostos. Na Capital, 250 motoristas poderão abastecer 20 litros nos seus veículos com preço reduzido no Posto Ditrento, localizado na avenida Cristiano Fischer, 1331, na zona Leste. Somente serão abastecidos os veículos cujos proprietários retiraram senhas na noite anterior. O preço por litro passará de R$ 2,89, média praticada atualmente, para R$ 1,59, representando um desconto de 45%. A iniciativa é organizada pela CDL Jovem, pelo Instituto Liberdade (IL) e pela Associação da Classe Média de Porto Alegre (Aclame). Segundo o presidente do IL, Henri Chazan, a ideia foi diminuir os transtornos aos motoristas e ao trânsito. "A senha garante o abastecimento, e a ordem de atendimento será por chegada", explicou.

O presidente da Aclame, Fernando Bertuol, ressaltou que a iniciativa integra as medidas de educação tributária. Somente em 2011, o Brasil arrecadou R$ 1,51 trilhão, ou mais de R$ 4,143 bilhões por dia em tributos. "O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo", ressaltou o presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci Junior.

BC monitora garantias de crédito



Brasília - O Banco Central (BC) vai aumentar o monitoramento de operações de crédito que tenham imóveis e veículos como garantia. Será criado um banco de dados para aumentar as informações disponíveis sobre esses bens e evitar fraudes.

Em uma primeira etapa, será criado o banco de dados para veículos, que vai seguir o padrão já usado pelo mercado. Depois virá o banco de dados de imóveis, inédito no país. O registro será obrigatório e evitará fraudes, dando mais segurança ao sistema financeiro. O chefe do Departamento de Normas do Sistema Financeiro, Sérgio Odilon dos Anjos, disse que a medida tende a baixar custos. "A qualidade da origem do crédito é vital para a redução de spreads e taxas de juros."


Idosos preferem investir em ações



São Paulo - Pessoas com 66 anos de idade ou mais formam o grupo que mais investe em ações na BM&F Bovespa. O grupo representa 40,1% dos investidores em ações, pessoas físicas. Em 2011, o índice era de 37,1%. Juntos, eles têm investidos em ações R$ 44 bilhões de um total de R$ 109 bilhões. É mais do que o dobro do que aplicam pessoas de 46 a 55 anos, que juntas compraram R$ 19 bilhões em ações até abril deste ano. Para o consultor financeiro e sócio do blog Dinheirama, Ricardo Pereira, "há uma mudança de comportamento em relação ao investidor de terceira idade, que hoje está mais informado. Essa foi uma geração que se acostumou com o ganho de até dois dígitos em juro de renda fixa. Agora, isso mudou e é preciso correr um pouco mais de risco para ter melhor retorno". 

Feirão da Caixa traz juros mais baixos



Edição deste ano promete condições melhores para adquirir um imóvel

Compra da casa pode ser feita no fim de semana<br /><b>Crédito: </b> carla ruas / cp memória
Compra da casa pode ser feita no fim de semana
Crédito: carla ruas / cp memória
Começa hoje, e segue até domingo, o 8 Feirão Caixa da Casa Própria, no Centro de Exposições da Fiergs, em Porto Alegre. O evento vai oferecer mais de 30 mil imóveis na região Metropolitana. As taxas reduzidas para o crédito imobiliário já estão disponíveis e serão mantidas após o Feirão, nas agências de todo o país.

Para o superintendente regional da Caixa, Ruben Danilo Pickrodt, o evento será uma boa oportunidade para quem deseja adquirir um imóvel. "Este ano, além das facilidades características do Feirão, temos as vantagens de taxas reduzidas do programa Caixa Melhor Crédito."

Em 2011, mais de 23 mil pessoas visitaram o Feirão na Capital e foram assinados e encaminhados 7.619 mil negócios, envolvendo R$ 806 milhões. Nesta edição estarão na Fiergs 59 construtoras e 64 imobiliárias.

O Feirão Caixa reúne, em um único espaço, representantes de todos os segmentos da habitação: construtoras, corretores, cartórios e técnicos da própria Caixa, que são responsáveis por analisar e autorizar os financiamentos. O cliente pode conhecer o imóvel, dar entrada na documentação necessária ao crédito e até fechar o negócio.

As linhas de financiamento atendem a todas as faixas de renda, com prazo de pagamento de até 30 anos e os juros anuais podem variar de 4,6% a 9%, para todas as modalidades. Quem pretende sair do Feirão com imóvel próprio deve portar documento de identidade, CPF e comprovante de renda. O 8 Feirão Caixa da Casa Própria estará na avenida Assis Brasil, 8787, bairro Sarandi. A entrada é gratuita.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Revitalização do Centro

 

A prefeitura da Capital e a Associação dos Bancos do RS (Asbancos) lançam hoje o projeto de revitalização do Calçadão da Rua da Praia, no Centro Histórico. A obra prevê troca de piso da Rua dos Andradas, entre a General Câmara e a Marechal Floriano, e estabelece projetos para redes subterrâneas, como água, esgoto, energia e rede lógica.


Aeroporto terá mais capacidade

 

Conforme o balanço das obras para a Copa de 2014 em Porto Alegre divulgado ontem, os projetos básico e executivo de ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho estão em andamento pela Infraero. O licenciamento ambiental pela Fepam está pronto e as desapropriações estão em andamento.

O governo prevê o investimento de R$ 228,2 milhões para a ampliação da pista do aeroporto e R$ 332,9 milhões para a reforma e a ampliação do terminal de passageiros e do pátio de aeronaves. Com o incremento, pretende-se que seja aumentada em 43% a capacidade de receber passageiros, por ano, no aeroporto de Porto Alegre - passando dos R$ 12 milhões atuais para R$ 17,2 milhões em 2014.


Ampliação de pista sai até 2014

 

 
O ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria Especial de Aviação Civil, declarou ontem que não há previsão de atrasos e as obras de ampliação da pista do Aeroporto Salgado Filho estão asseguradas para terminarem no prazo previsto - antes da Copa do Mundo. Bittencourt participou ontem da apresentação à imprensa do balanço sobre o andamento das obras para a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014.

O coordenador do Comitê Gestor da Copa e secretário estadual de Esporte e Lazer, Kalil Sehbe, que viajou à Brasília para participar do encontro, voltou entusiasmado. "Ele (o ministro) informou que o Exército já entregou os projetos à Infraero, o que nos dá segurança a respeito do andamento da obra", relatou. "Essa afirmativa do ministro nos dá enorme satisfação", disse. Para Sehbe, a ampliação da pista significa muito para os porto-alegrenses, porque é uma obra que ficará e é extremamente necessária à economia gaúcha.


Praça será liberada até outubro

 

Trabalhos seguem em ritmo acelerado na Alfândega, no Centro da Capital<br /><b>Crédito: </b> VINÍCIUS RORATTO
Trabalhos seguem em ritmo acelerado na Alfândega, no Centro da Capital
Crédito: VINÍCIUS RORATTO
 
 
A Praça da Alfândega, no Centro de Porto Alegre, deverá estar totalmente liberada até outubro deste ano. A presidente do Programa Monumenta na Capital, Briane Bicca, disse que o projeto de recuperação está em fase final e projeta a entrega do espaço para o final de setembro, se as condições meteorológicas ajudarem. "Até a Feira do Livro, em outubro, esperamos que já esteja totalmente concluída", afirmou. Com a conclusão, a Alfândega passará a ter a mesma imagem que tinha nas primeiras décadas do século XX.

A parte mais complicada, de acordo com ela, já foi concluída. E explicou que a demora na conclusão deveu-se a vários fatores, entre eles, os climáticos e as redes de esgoto e de iluminação. A partir do próximo mês terá início o trabalho de ajardinamento da Alfândega, contratado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam), com prazo de três meses para ser concluído. "Dará o colorido que falta à praça", ressaltou.

Atualmente, está em execução a demolição do banheiro público, no canteiro central. Um dos diferenciais da nova Alfândega será o Módulo de Serviço Caminho do Jacarandá, junto ao prédio da Caixa Federal, que será uma espécie de centro comercial, com bancas de revistas, cafeteria, floricultura, banheiros, posto de segurança e sorveteria. As equipes de restauração estão concluindo a recuperação dos passeios, formados por pedras portuguesas. Também será instalada uma fonte no meio da praça e revitalizados alguns monumentos.


Avançam admissões na construção

 

Brasília -O governo divulgou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que apontam crescimento de 1,36% nas contratações no setor de construção civil do país. Referentes a abril, os números significam 40,6 mil novas vagas.

No Rio Grande do Sul, o nível de emprego no setor em abril cresceu 1,49% em relação a março, com geração líquida de 2,14 mil novos postos de trabalho. No primeiro quadrimestre de 2012, as contratações tiveram variação de 5,9% no Brasil, resultando em um acumulado de 170,54 mil novas vagas. No RS, em igual período, há crescimento de 5,11% no número de postos, com geração de 7,11 mil vagas. Já nos últimos 12 meses fechados em abril, o nível de emprego formal do setor no país acumulou um incremento de 9,64%, o que significa 269,03 mil novos postos.


Caixa anuncia nova rodada de cortes

 

Juros mínimos para carros novos e usados baixaram mais uma vez ontem<br /><b>Crédito: </b> AFP / CP
Juros mínimos para carros novos e usados baixaram mais uma vez ontem
Crédito: AFP / CP
 
 
Brasília - A Caixa Econômica Federal anunciou ontem mais uma rodada de corte de juro nos financiamentos para a compra de veículos novos e usados. O juro mínimo para carros novos caiu de 0,89% para 0,75% ao mês e a taxa máxima, de 2,25% para 1,65% mensal. Para carros usados, a maior taxa diminuiu de 2,25% para 1,75%. As novas condições valem a partir de amanhã para todos os clientes.

O porcentual do carro que pode ser financiado não foi alterado e pode chegar a 100% (para carros zero-quilômetro). Também não foi alterado o prazo desses empréstimos, que pode chegar a 60 meses para carros com até cinco anos da data de fabricação. Para veículos com até 10 anos, o prazo máximo para o financiamento é de 48 meses. Desde abril, a Caixa vem reduzindo juros para diversas linhas. No dia 12 deste mês, a instituição abriu uma linha para aquisição de veículos novos com taxa mínima de 0,97% ao mês.


Peso das dívidas é recorde

Famílias brasileiras comprometem em média 45% da renda anual para cobrir débitos antigos


Na classe C - renda de R$ 1.555 a R$ 3.110 -, os débitos alcançam 60%<br /><b>Crédito: </b> PEDRO REVILLION / CP MEMÓRIA
Na classe C - renda de R$ 1.555 a R$ 3.110 -, os débitos alcançam 60%
Crédito: PEDRO REVILLION / CP MEMÓRIA
 
 
Rio - No momento em que o governo tenta conter novamente o fraco desempenho da economia pelo consumo, o peso das dívidas antigas alcança valores recordes no orçamento das famílias brasileiras. Em abril, as dívidas financeiras representavam em média 45% da renda anual, segundo projeção do economista Simão Silber, da Universidade de São Paulo (USP), com base em dados do Banco Central (BC). Esse percentual era de 24,94% em janeiro de 2007 e de 35,8% no começo de 2010. "O endividamento das famílias aumentou bastante. A questão é que o maior acesso a crédito no Brasil é acompanhado por taxas de juros ainda elevadas, o que significa um perfil de endividamento que não é saudável. Isso gera a armadilha da dívida", ressalta o professor de Economia da Uerj Luiz Fernando de Paula. Na classe C - famílias com renda mensal de R$ 1.555 a R$ 3.110 -, as dívidas chegam a 60% da renda anual. "As pessoas vão se estrangulando e ficam presas aos bancos", ressalta, admitindo que há risco de aumento de inadimplência por causa das medidas de estímulo ao consumo anunciadas pelo governo.

Atualmente, todos os meses mais de 1/5 da renda das famílias já está comprometida com o pagamento de dívidas bancárias. Neste caso, essa fatia saltou de 18%, em janeiro de 2008, para 22% em fevereiro último. Um percentual muito elevado, segundo economistas, já que o consumidor ainda tem despesas com educação, habitação, transporte, saúde e alimentação. Quanto à inadimplência, em março, a taxa - que considera atrasos acima de 90 dias - chegava a R$ 38,85 bilhões.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Projeto mostra preocupação antiga

 

Exclusivo: aluguel e venda de vagas agora são restritos a moradores do próprio prédio<br /><b>Crédito: </b> Ricardo Giusti
Exclusivo: aluguel e venda de vagas agora são restritos a moradores do próprio prédio
Crédito: Ricardo Giusti
 
 
Segundo a advogada Maria Lucia Pereira Bujes, antes da aprovação da lei 12.607/12, que altera o parágrafo 1 do artigo 1.331 do Código Civil, o proprietário poderia alugar ou vender a vaga como bem entendesse. "O artigo especificava que por se tratar a área de fração ideal própria era considerada parte exclusiva, podendo ser disposta pelo condômino livremente", explica. Para ela, o projeto de lei que originou a alteração do Código Civil deixou clara a preocupação, de longa data, com a segurança dos condomínios, "caracterizando como motivo de vulnerabilidade à coletividade dos moradores a permissão da entrada de estranhos ao ambiente".

Maria Lucia, porém, salienta que muitos moradores encontram no box de estacionamento uma fonte de renda extra, alugando-o a terceiros, ou mesmo vendendo-o definitivamente. "Os condôminos hoje também estão com receio de não poderem mais alugar a sua vaga de garagem livremente, ou até porque já venderam e sobreveio esta nova legislação", comenta.

A advogada considera, ainda, a questão da retroatividade da norma. "Quanto aos que já venderam, ou possuem contrato de locação, o Judiciário nos dirá qual o entendimento. Entendemos que seus efeitos não podem retroagir, sob pena de ferir o artigo 6 da Lei de Introdução do Código Civil Brasileiro, que assegura o ato jurídico perfeito e protege o direito adquirido", cita.

Para Elias Filho, o condomínio deve escolher o que é melhor à coletividade. Condomínios grandes - comercial, flats, hotéis -, podem considerar saudável alugar ou vender vagas para terceiros. Nos residenciais, há restrições. "A lei dá oportunidade de os condomínios decidirem o que é melhor para si", frisa.

Como ficou o artigo do Código Civil com a nova lei

Art. 1.331

§ 1 - As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio.


Lei garante mais segurança e privacidade nos condomínios

A maioria das pesquisas de opinião feitas nas metrópoles sobre a necessidade primordial dos cidadãos para que se sintam satisfeitos com a vida que levam e o lugar que escolheram para morar tem como resposta: segurança! Item que algumas vezes perde apenas para uma melhor saúde e educação. Porém, sem que haja a dependência dos serviços públicos, há alternativas que trazem para a população algumas garantias de segurança, que dependem apenas da coletividade e do senso comum. Um dos exemplos é a lei federal 12.607/12, recém aprovada no Congresso Federal e que entrou em vigor no último domingo, que proíbe a locação e a venda de vagas de garagem em condomínios para pessoas de fora. O setor imobiliário foi a favor da mudança.

O autor do projeto de lei, o senador pelo Rio de Janeiro Marcelo Crivella, hoje ministro da Pesca e Aquicultura, conta que durante oito anos, de 2003 a 2011, o tema foi amplamente debatido. Todos os setores diretamente envolvidos com o assunto o discutiram, como os corretores de imóveis, advogados e a indústria da construção civil, diz ele.

"Todos foram ouvidos para o aperfeiçoamento da lei, que tem como objetivo primordial trazer segurança aos condôminos, que muitas vezes desconhecem quem guarda o carro no mesmo estacionamento, com quem dividem a área condominial. A lei vem justamente ao encontro do anseio dos moradores de se sentirem mais seguros, principalmente as crianças e os idosos. Não é uma intervenção no direito de propriedade, como alguns julgam erroneamente", comenta Crivella, lembrando que teve a iniciativa de legislar sobre o assunto quando soube de vários casos de traficantes de drogas que locavam vagas em garagens centrais nas capitais. Guardavam seus carros com o produto ilícito, e dali o distribuíam. "Inúmeros casos chegaram ao meu conhecimento. Um esconderijo ideal para os bandidos que utilizam esses locais que não são fiscalizados, pois são privados. Eles locam ou compram vagas em edifícios centrais porque a boa localização, é claro, facilita a distribuição da droga", explica o ministro.

A lei altera o Código Civil, que permite que qualquer um pode comprar ou alugar uma vaga em condomínio residencial ou comercial, mesmo que naquele edifício tenham moradores interessados na vaga. "No prédio em que moro há mais apartamentos do que vagas na garagem. Há tempo estou na fila de espera para alugar ou comprar uma delas. Sabemos que há várias alugadas para pessoas do bairro. Fica com a vaga quem paga o melhor preço. É quase um leilão. Não acho justo. Sem falar que os moradores convivem com pessoas estranhas que têm a chave do prédio e transitam pelas áreas comuns, em qualquer horário. Isso é muito desagradável. Nem conhecemos os inquilinos das vagas. Cadê nossa privacidade?", reclama a moradora de um edifício no bairro Cidade Baixa de Porto Alegre, que não quis se identificar.

O ministro Crivella ressalva que a nova norma tem exceções: quando há uma autorização expressa na convenção condominial. "A lei dá poder aos condôminos decidirem para quem alugar ou vender as vagas. Isso é, com certeza, um avanço na questão da segurança e a vitória final será do bom-senso.

O presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de SP, Rubens Carmo Elias Filho, avalia que a alteração veio, de certa maneira, pacificar o entendimento doutrinário e jurisprudencial a respeito do tema porque, sempre visando à segurança jurídica e à patrimonial principalmente, os condomínios buscavam restringir o acesso de estranhos no ambiente condominial. "Ver estranhos utilizando uma vaga, especialmente em prédios residenciais, era algo bastante complicado, porque este cidadão que alugava a vaga ou mesmo a adquiria, mediante o ingresso nas áreas comuns do prédio, poderia utilizar outros espaços: elevadores e áreas comuns em geral, como piscinas, jardins... Então, já existia uma certa limitação a este ingresso de terceiros no ambiente condominial. A lei veio uniformizar este entendimento que já existia", observa.

Setor de tintas mantém crescimento

O Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes de São Paulo (Sitivesp) apresentou os resultados das vendas do setor no ano de 2011, apontando aumento de 13,5% no faturamento do setor de tintas em relação a 2010, totalizando 5,12 bilhões de dólares, ante os 4,51 bilhões de dólares registrados no ano anterior. Esse crescimento, em dólar, refletiu o real valorizado, fato que não deverá acontecer em 2012, visto que já há uma recuperação da moeda americana em relação ao real. Outro dado significativo é que o crescimento dos negócios motivou a elevação das taxas de emprego formal na indústria de tintas e vernizes, atingindo 19.202 trabalhadores (2,7% mais sobre 2010).


A arte de montar uma galeria particular

DESTAQUE: a trilogia ‘A queda, a coleta e o vazio’ revelou a promessa Ananda Kuhn e levou à indicação para uma mostra individual no Museu do Trabalho em 2013
Crédito: FABIANO DO AMARAL


Há uma infinidade de pessoas que têm o desejo de colocar nas paredes obras de arte, quadros de renomados artistas que não só irão embelezar a casa como valorizá-la. E não estamos falando aqui daqueles colecionadores de arte milionários que compram em leilões obras valiosíssimas de pintores famosos. Claro que arte ainda é um artigo de luxo, mas existem várias formas de adquiri-la sem que se precise despender altas fortunas. E quem duvida de que em um futuro nem tão distante aquele quadro de um pintor de vanguarda com o qual você simpatizou e levou para casa poderá lhe dar lucro? Quem sabe ele não será um novo Gustav Klint, um Picasso ou um Monet?

O caminho mais comum para se ter uma bela pintura é frequentar galerias de arte e museus. Geralmente há exposições de jovens artistas e daqueles já consagrados. Os preços são os mais variados e dependem também da técnica utilizada. "Arte original valoriza muito mais um ambiente do que pôsteres, é claro", afirma Hugo Rodrigues, coordenador do Museu do Trabalho (MT) e responsável pela galeria do local há 30 anos. Segundo ele, uma boa oportunidade para se entrar no "mundo dos colecionadores de arte" é começar apostando em jovens talentos.

A cada cinco anos, o MT promove a exposição "Novíssima Geração". Nesta edição, entre 62 inscritos, 13 foram selecionados à mostra coletiva que acontece até o dia 24 de junho no museu (Andradas, 230). O júri escolheu obras de Ananda Kuhn, 27 anos, Andrés Stephanou, 19, Carine Krummenauer, 20, Carolina Marostica, 20, Gustavo Assarian, 19, Juliana Scheid, 27, Leandro Brandelli, 24, Marcos Fioravante, 22, Mariana Riera, 29, Marina Guedes, 26, Raquel Magalhães, 21, Renan Santos, 27, e Ricardo Pirecco, 28. Entre eles, a promessa Ananda Kuhn foi indicada para mostra individual, em 2013.

Outra interessante alternativa para ingressar no mundo dos colecionadores é o Consórcio de Gravuras, promovido pela instituição. Nesta 18 edição, há obras de Nik Neves, Cláudia Sperb, João Lin, Elida Tessler, Nico Rocha, Patricio Farias, PT Barreto e Trampo. O sócio paga a mensalidade, ganha uma gravura de um renomado artista e ainda concorre a outra por sorteio. Há trabalhos de Danúbio Gonçalves, Eduardo Vieira da Cunha e Gelson Radaelli, entre outros, que custam de R$ 100 a R$ 400.

Para se associar é simples, basta inscrever-se pelo site www.museudotrabalho.org/consorciogravura.html. Um total de 200 obras já foram editadas ao longo dos anos, totalizando cerca de 13 mil cópias impressas de 172 artistas participantes do consórcio.

E para quem é aficionado por automobilismo, destacamos os quadros do gaúcho Roberto Muccillo Torino, que tem entre seus fãs pilotos brasileiros e do exterior. Seu talento pode ser admirado pelo site www.artesmuccillo.com.br. Como se vê, investir em arte, além de ser inspirador, pode colocar suas paixões na galeria da sua casa.


Capital terá marcas da ditadura

Locais da cidade que foram centros de detenção e tortura durante o regime militar receberão placas de identificação


A Prefeitura de Porto Alegre e o Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) assinaram convênio ontem para identificar com placas os locais da cidade que foram centros de detenção e tortura durante o regime militar (1964-1985). No mesmo projeto, denominado Marcas da Memória, também serão incentivadas atividades culturais voltadas ao conhecimento e à reconstrução da memória histórica daquele período vivido pelo país. O termo tem validade por 24 meses, podendo ser prorrogado.

A organização não governamental vai receber, sistematizar e divulgar informações, enquanto o município se encarregará de elaborar as peças que marcarão o entorno dos edifícios onde ficavam e eram interrogados os presos. Também serão criadas, com a colaboração do MJDH, políticas públicas de reconstrução da memória histórica e política da repressão na cidade de Porto Alegre. Ao município também caberá o fornecimento de recursos humanos e financeiros para a execução do projeto Marcas da Memória.

O presidente do movimento, Jair Krischke, disse que alguns locais já são conhecidos, como a primeira casa de tortura clandestina, denominada como Dopinha, localizada na rua Santo Antônio, no bairro Bom Fim, e a Ilha do Presídio, no Guaíba. Todos os endereços serão marcados com placas, a exemplo do que ocorre em Buenos Aires, na Argentina.

"Faremos um resgate da história recente do Brasil assinalando locais onde houve presos políticos e tortura, pois não podemos esquecer que para chegar ao estado democrático de direito muitas pessoas perderam até a vida", destacou Krischke.

O prefeito Fortunati assinalou que as pessoas têm o direito de saber o que aconteceu nos anos de chumbo, "principalmente para que a gente consolide, cada vez mais, o estado democrático de direito".