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Daniela Sandi, do Dieese, lembrou a influência do clima sobre os preços Crédito: vinícius roratto |
A cesta básica de Porto Alegre segue sendo a mais cara entre as capitais do Brasil pelo segundo mês consecutivo. A alta, verificada pelo Dieese, foi de 2,77%, passando de R$ 299,96 em julho para R$ 308,27 em agosto. De acordo com a economista Daniela Barea Sandi, que divulgou os dados ontem, o aumento no preço da maioria dos itens que compõem o grupo de alimentos ocorreu em função do clima: "Houve seca no Sul e no Nordeste e muita chuva no Centro-Oeste, o que interferiu na oferta de alguns produtos".
Dos 13 alimentos considerados essenciais para a cesta, nove registraram acréscimo no preço. O destaque foi o tomate, 10,91% mais caro em agosto do que no mês anterior. "O produto é muito sensível ao clima e em julho chegou a subir 70% em comparação com junho", acrescentou Daniela. O açúcar subiu 2,99%, o arroz, 2,73%, e a carne, 1,75%. Outros três componentes apresentaram redução: batata (-1,33%), leite (-1,18%) e óleo (-0,43%).
A alta na cesta da Capital, porém, não foi a mais representativa, apesar de registrar o maior valor. Há cidades que, embora apresentem preço mais baixo, registraram percentual maior. A de Florianópolis teve aumento de 10,92%, chegando a R$ 295,48. A de Curitiba subiu 4,69%, para R$ 280,57, e a do Rio de Janeiro cresceu 4,09%, para R$ 302,52.
No ano, a cesta em Porto Alegre está 11,34% mais cara. Entre os itens que mais subiram de preço estão tomate (82,35%), feijão (27,08%) e batata (17,46%). A cesta em Porto Alegre representou 53,87% do salário mínimo líquido do trabalhador em agosto, contra 52,42% em julho de 2012 e 54,10% em agosto de 2011.
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