|
qualificação: segundo Clark, instituto surgiu para suprir uma demanda estimada de 15 mil profissionais na área da construção Crédito: Arthur Puls |
O crescimento do setor da construção civil no Estado, principalmente em função de grandes empreendimentos residenciais, evidencia um problema: a falta de mão de obra qualificada. Para atender a essa demanda crescente, começou a funcionar neste ano em Porto Alegre o Instituto da Construção - Formação Profissional. Na sede, localizada na avenida Assis Brasil, 6964, na zona Norte, são oferecidos cursos para qualificação de trabalhadores na construção civil, como pedreiro, instalador hidráulico e pintor.
O gerente Carlos Clark explica que o instituto surgiu exatamente para suprir uma demanda estimada de 15 mil profissionais na área da construção. Ele ressalta a carência do setor, agravada pela inexistência de outros locais para formação. Clark consolida essa informação tendo como base o fato de que em poucos meses de funcionamento, o instituto abriu no final de maio deste ano, mais de 200 pessoas estão matriculadas.
Ao todo, são oferecidos sete cursos: pedreiro assentador e revestidor; instalador hidráulico; eletricista instalador residencial; pedreiro azulejista; pintor de obras; gesso acartonado e mestre de obras. Os cursos têm em média duração de 100 horas/aula, o que pode fazer com que a formação ocorra entre cinco e sete meses. As turmas são formadas por 20 alunos e contam com 16 instrutores.
Um dos diferenciais que tem atraído interessados é o fato de que as aulas ocorrem no turno da noite, das 19h às 23h, e aos sábado, das 8h às 12h. "Temos muitos alunos que são profissionais e que trabalham em áreas diversas, mas estão interessados em aprender esse ofício, alguns para benefício próprio e outros para trabalhar diretamente na área", explica o gerente.
Em relação ao perfil dos profissionais, um ponto chamou a atenção. A média de idade é de 37 anos. "Acreditávamos que os maiores interessados seriam jovens, mas estamos vendo muitos que querem mudar de profissão para ganhar mais e ter novas oportunidades", afirma. Um exemplo é a faixa salarial elevada. Um pedreiro pode receber até R$ 3 mil e um mestre de obra, mais de R$ 10 mil.
Clark explica ainda que a formação não é só prática, mas conta com informações que o profissional poderá utilizar em outras áreas. Em todos os cursos há aulas sobre meio ambiente (ISO 14001), primeiros socorros, segurança no trabalho (NR-18) e organização financeira. "Esse conteúdo é importante para que o trabalhador possa desenvolver as suas habilidades profissionais com segurança e responsabilidade", destaca.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.