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Crédito: Pedro Revillion |
Como efeito da instabilidade financeira internacional, o mercado imobiliário de Porto Alegre apresentou um primeiro semestre abaixo das expectativas, mas a previsão para a segunda metade do ano é otimista. Esta é a avaliação do vice-presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais (Secovi/RS), Gilberto Cabeda. Mesmo que a maioria das empresas não esteja tendo os lucros esperados e muitas estejam tendo que rever os programas de planejamento, Cabeda acredita que o impacto é importante para o mercado.
"Em função do bom desempenho do setor em 2010, houve um aumento descontrolado em relação aos valores dos imóveis e de todo o processo de construção, como materiais e mão de obra. Agora, é a hora de retrair", afirma. Cabeda ressalta que com este ritmo associado às características econômicas do país e do mundo, a tendência é que pelo menos até o final do ano o mercado imobiliário se manterá estável.
Um reflexo disso, observa, é a quantidade de imóveis disponíveis, o que deverá fazer com que a concorrência entre as empresas e a exigência do consumidor aumentem. "Não há previsão de crescimento do mercado a curto prazo", sentencia. Um dos fatores que têm auxiliado para a desaceleração é a falta de demanda. Isso significa que o comprador, depois de um período de facilidades, com os auxílios do governo federal, está mais cauteloso no momento da compra.
De acordo com o diretor da imobiliária A3, Jacques Scherer, as medidas de incentivo do governo, como a ampliação no prazo de financiamento e redução nas taxas, deram fôlego ao segmento nos meses de março e abril, porém, depois disso, o segmento não sofreu alterações. "Agora, podemos dizer que o mercado está andando a uma velocidade muito lenta, e a tendência é de que isso se mantenha no segundo semestre", prevê Scherer, citando o fato de muitas construtoras estarem revendo os planejamentos para o ano.
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