A cobertura fria, telhado branco, telhado frio ou o cool
roof, como também é conhecido, consiste em uma aplicação de tinta reflexiva de
base acrílica, com micro-esferas de polímero cerâmico que refletem e emitem o
calor do sol de volta para a atmosfera, ao invés de transferir para a construção
abaixo. O telhado frio é reconhecidamente mais uma ferramenta em prol da
sustentabilidade. Entretanto, é possível agregar novas tecnologias ou materiais
que juntos poderão dar maior eficiência à edificação formando um perfeito
casamento de estratégias.
Os telhados são responsáveis por 30% da troca térmica entre os meios interno e externo das edificações. "O branco é utilizado porque reflete radiação", explica o professor da PUCRS arquiteto Márcio Rosa D'' Ávila. Um exemplo prático, aponta o arquiteto, é a permanência de duas pessoas ao sol com uma blusa preta enquanto a outra veste uma blusa de cor branca. "Sabemos que quem está de preto vai sentir mais calor porque a cor preta absorve a luz solar, ao invés de refleti-la, como a branca", destaca. A durabilidade da pintura depende de questões como a incidência de chuvas frequentes, a presença de pássaros no telhado, a lavagem. O arquiteto lembra ainda que os centros urbanos possuem maior calor em função da grande concentração de edificações, do asfalto, da falta de vegetação, enfim, aspectos que levam ao aquecimento. "A utilização desses telhados vai reduzir a carga térmica dentro do ambiente", salienta D''Ávila, que cita como exemplo a substituição do telhado do Museu de Ciência e Tecnologia da universidade por telhas pré-pintadas termoacústicas. A utilização do telhado frio ou branco por si só já gera uma eficiência em termos de reflectância solar (fração do fluxo de energia radiante que, ao incidir sobre uma superfície, é refletida). Mas o surgimento de novas tecnologias permite o casamento de uma, duas ou mais ferramentas ou alternativas que trarão melhorias ao projeto inicial. "Então, podemos agregar ao telhado frio uma ventilação cruzada, como o sombreamento em fachadas. Isto vai melhorar o potencial, a eficiência do que se quer com o cool roof", salienta o arquiteto. Um exemplo é a utilização de exaustores eólicos. Normalmente estes equipamentos destinam-se a indústrias, armazéns agropecuários, ginásios de esporte ou a qualquer ambiente onde a troca de ar se faz necessária. Acionados pela força do vento ou por convecção (movimentos de moléculas que ocorre nos fluidos), os exaustores compatibilizam as temperaturas interna e externa do ambiente e principalmente a renovação do ar ambiental. Também são muito usados em banheiros sem janela. No caso dos ginásios de esportes, com áreas cobertas, também é possível fazer a utilização das duas tecnologias: pintura do telhado e exaustores eólicos. "Cada projeto possibilita a utilização de várias tecnologias. É importante que se avalie bem o se quer para melhor potencializar estas estratégias", finaliza o arquiteto. |
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quarta-feira, 4 de julho de 2012
Coberturas frias ajudam a reduzir consumo de energia
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