quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Largo Glênio Peres terá até um chafariz



Local não mais abrigará feiras artesanais, somente a venda de peixes

 A previsão é de que o Largo fique de cara nova até o próximo dia 10 de setembro<br /><b>Crédito: </b>  TARSILA PEREIRA
A previsão é de que o Largo fique de cara nova até o próximo dia 10 de setembro
Crédito: TARSILA PEREIRA
Em obras há pelo menos 4 meses, o Largo Glênio Peres, ao lado do Mercado Público, deverá estar com cara nova até 10 de setembro. As intervenções no local integram o projeto Viva o Centro e são financiadas pela empresa Vonpar, que em compensação pela instalação dos deques, mudar parte do piso, instalar câmaras de videomonitoramento nos postes de luz e disponibilizar wireless, deixou a marca da Coca-Cola em dois totens, além de estampá-la na cobertura dos deques. Conforme a prefeitura, o investimento do grupo foi em torno de R$ 1,5 milhão.

Uma da últimas etapas, que está sendo finalizada atualmente, é a instalação de 19 chafarizes no centro do Largo em linha paralela ao Mercado Público. Cada um desses pontos vai jorrar água por 2 metros de altura. Ela cairá sobre uma grade, irá para um reservatório com filtros e bombas para voltar a circular. Ocupará uma linha de 48 metros de comprimento. Conforme o arquiteto Glênio Bohrer, as mudanças também implicaram na aprovação de uma lei municipal que proíbe a realização de feiras que tradicionalmente ocorriam no local, como as de artesanato, a Feira Estadual de Economia Solidária. A única permitida a partir das mudanças é a do Peixe. "O Glênio Peres é um espaço nobre que recebia 20 feiras no ano. Foi avaliado que apenas a Feira do Peixe é pertinente quanto à contribuição ao município", declara Glênio.

As mudanças que vêm sendo feitas não foram discutidas com a comunidade, afirmou Alan Cristian Furlan, conselheiro comunitário municipal de planejamento da região Central. "Descobrimos com tudo já decidido. A população, que utiliza o local, não teve vez ou voz", lamentou. O professor de História Eurico Galarça classificou como "obtusa" a retirada das feiras e a inclusão de um chafariz. "O artesanato dá ocupação para as pessoas e atrai o turista. Se a ideia é deixar o espaço bonito para a Copa, é bom lembrar que o estrangeiro gosta do nosso artesanato", avaliou.


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