quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dilma quer bancar corte de 20% na conta de luz


Durante discurso, Dilma lembrou que as duas companhias são de estados governados pelo PSDB
A presidente Dilma Rousseff sinalizou ontem que está disposta a bancar a redução de 20,2% da tarifa de energia. “Reduzir o preço da energia é uma decisão da qual o governo federal não recuará, apesar de lamentar a imensa falta de sensibilidade daqueles que não percebem a importância disso”, disse a presidente a uma plateia repleta de empresários, durante discurso no Encontro Nacional de Indústrias, em Brasília. “Somos a favor da redução de custos e faremos isso.” Tanto a Cemig quanto a Cesp, companhias energéticas de Minas Gerais e São Paulo, respectivamente, se recusaram a renovar a concessão de todas as suas geradoras. Ambos os estados são governados pelo PSDB.

Sem a adesão das elétricas para atingir a meta estipulada por Dilma, a queda da conta de luz será de aproximadamente 16%. O ataque aos tucanos foi velado. Sem citar nomes, Dilma disse que vai fazer “aquilo que os outros não tiveram sensibilidade de fazer”. A presidente, contudo, não explicou como vai custear sozinha a redução das tarifas de energia. Comparou a importância da decisão à redução da taxa de juros, de câmbio e ao respeito a contratos. “Reitero meu compromisso de, a partir de 2013, buscar esforço para reduzir a tarifa de energia”, anunciou.

O ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, criticou a recusa de Cemig e Cesp em aderir à renovação de concessão de todas as suas geradoras. Questionado se os estados de Minas Gerais e São Paulo deram um tom político à questão, ele respondeu: “Eu não posso dar esse qualitativo. A gente só lamenta esse fato, já que tantas outras empresas aderiram. Mas é da vida, é da luta”.


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