sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mais resistência nos revestimentos

 


COMPLETO: produtos, serviços e componentes para montagem
Crédito: KERAGAIL / DIVULGAÇÃO / CP

Por mais que o Brasil tenha evoluído tecnologicamente nos últimos tempos, no que se refere à indústria da construção civil muitas inovações que chegam ao mercado ainda são importadas da Europa ou dos Estados Unidos. É o caso da fachada ventilada, novidade que há três anos vem sendo implantada no país, mas bastante conhecida e amplamente utilizada na Ásia, nos EUA e nos países europeus. É um produto que dá o acabamento final à obra, de forma rápida e com um resultado estético diferenciado.

A fachada ventilada é feita com revestimento cerâmico, que não adere ao corpo da edificação. O produto vem conquistando cada vez mais espaço no mercado, tanto em obras comerciais quanto em construções corporativas. Uma das empresas nacionais que está utilizando esse material é a KeraGail, que importa da Alemanha placas cerâmicas extrudadas (peças semicontínuas moldadas a uma matriz) em grandes formatos, que apresentam dispositivo de fixação constituído por encaixes entre ranhuras presentes na parte de trás das placas, e perfis de alumínio pré-estampados. Esse dispositivo permite que a subestrutura de fixação fique oculta, não comprometendo o visual da fachada.

A arquiteta Cris Côrrea, que escreveu um livro sobre o assunto, afirma que o princípio fundamental da fachada ventilada é o de possuir juntas abertas entre as placas de revestimento (com cerca de 8 mm de largura). O espaço criado entre a parede da edificação e o revestimento externo, que varia de oito a 12 centímetros de largura, possibilita um fluxo de ar renovável entre os dois planos. Assim, diz ela, o ar entra, esquenta e sai por cima, ou seja, é o conhecido "efeito chaminé". Apesar de possuir as juntas abertas, o sistema estanca as águas da chuva, evitando infiltrações, as principais responsáveis pela deterioração das fachadas prediais.

O primeiro edifício no Brasil a usar as fachadas ventiladas foi o Jurubatuba (capa), concluído em 2010, um empreendimento comercial de alto padrão localizado na capital paulista. Ali foram usadas as cerâmicas extrudadas da KeraGail, que tem sede em Guarulhos (SP). Agora, a empresa está aplicando o material no Centro Empresarial Senado, sede da Petrobras no Rio de Janeiro, e na Cosan, indústria de derivados de cana-de-açúcar, em Piracicaba (SP).

Cris também enfatiza que a principal diferença do KeraGail em relação aos tradicionais revestimentos cerâmicos é a contratação completa de produtos e serviços, incluindo todos os componentes necessários à montagem. Ainda, de acordo com a arquiteta, o sistema utiliza placas cerâmicas mais leves. "Todo o conjunto pesa apenas 32 kg/m², com placas de 20 mm de espessura, que podem ter a cor de acordo com o gosto do cliente final", explica a arquiteta. "O sistema apresenta a possibilidade de se configurar detalhes arquitetônicos, cores especiais e variadas dimensões, conforme a modulação de aberturas, esquadrias e elementos de fachadas", salienta.

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