segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Jardim ampliado:parede e telhado

RESULTADO: conforto térmico e segurança em períodos de chuva
Crédito: VINÍCIUS RORATTO

Os telhados que viram jardins com placas irrigadas e impermeabilizadas são algumas soluções desenvolvidas pelo engenheiro agrônomo João Manuel Linck Feijó apresentadas durante o curso "Revestimentos Vivos: Tecnologia e Inovação em Paisagismo", ocorrido no Jardim Botânico, em Porto Alegre, recentemente. O benefício no uso desses projetos paisagísticos são o conforto térmico, a segurança em períodos de chuvas, a ampliação da área de jardim, além da estética diferenciada e da sustentabilidade do meio ambiente.

Feijó, que é presidente da Associação Telhado Verde Brasil e um dos diretores da Ecotelhado, destaca as inovações na área para atender às exigências do mercado. Segundo ele, hoje há sistemas desenvolvidos com espécies nativas de baixa manutenção, o que provoca igualmente o conforto térmico e a segurança das águas, além da economia que isso reverterá na manutenção do projeto paisagístico. Feijó garante que há uma infinidade de espécies que podem ser utilizadas.

Tanto a construção como a manutenção e os custos de revestimentos vivos em projetos paisagísticos podem ser pensados para telhados, paredes e pavimentos, bem ao gosto do freguês e de acordo com as condições financeiras de cada cliente. "Todas as grandes construtoras gaúchas já adaptaram seus projetos às práticas sustentáveis e usamos essas ferramentas para conter o impacto sobre o ambiente. As construções sustentáveis crescem vertiginosamente e isso é importante para todos", enfatiza o engenheiro agrônomo. De acordo com Feijó, em cinco anos, a Ecotelhado já instalou em todo país mais de 100 mil metros quadrados de áreas verdes, especialmente em áreas urbanas.

Se comparado aos projetos de países como a Alemanha, o Canadá e os Estados Unidos, por exemplo, o Brasil precisa avançar. Nos Estados Unidos, por exemplo, de Manhattan ao Brooklyn, as fazendas urbanas se multiplicam. Mas há também hortas comunitárias com abobrinhas e manjericão, ou pátios transformados em pomares por alguns restaurantes, um fenômeno que se propaga e vai muito além das edificações sustentáveis. O que mostra que as administrações não estão alheias a isso.

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