terça-feira, 4 de outubro de 2011

"peões de trecho" da OAS

 

Os operários que trabalham nas obras da Arena do Grêmio, quase todos nordestinos, são conhecidos em sua atividade como "peões de trecho". Longe de suas famílias, eles permanecem nos canteiros de obras das construtoras que percorrem vários estados - às vezes, vivem por diversos anos mergulhados nesta rotina. Em geral, são ex-agricultores tentando escapar das dificuldades no Nordeste, como a seca a e a falta de emprego.

Na manhã de ontem, os "peões de trecho" da OAS estavam concentrados em frente ao canteiro de obras da Arena do Grêmio, contabilizando as perdas que tiveram nos incêndios dos alojamentos. "Perdi R$ 1,5 mil, roupas, malas, celular e documentos", relatou Genivaldo Carregosa dos Santos, 37 anos, que enviaria o dinheiro guardado nos últimos três meses à família em Aracaju (SE).

José Antônio Sobral, 44, ficou só de camisa e bermuda. Ele perdeu R$ 200,00 que enviaria à esposa e sete filhos, também em Aracaju. Francisco Leite dos Santos, 30, de Monte Alegre (SE), só não perdeu R$ 800,00 e documentos porque os levava nos bolsos. Mas cerca de R$ 1 mil, as roupas e outros pertences queimaram no incêndio. Segundo ele, uma minoria foi responsável por atear fogo nos alojamentos, causando prejuízo aos próprios colegas.

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