sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Salão do Imóvel projeta aquecimento nas vendas


 
O 6º Salão do Imóvel abriu as portas, nesta quinta-feira em Porto Alegre, com expectativa de aumentar em 10% os valores negociados em 2011 e fechar a edição com R$ 60 milhões em contratos de compra e financiamentos. Até domingo, a organização do evento, que tem entrada franca, espera receber cerca de 18 mil pessoas nos pavilhões no 3º piso do Shopping Iguatemi. Para isso, 65 empresas expositoras, entre incorporadoras, imobiliárias e bancos, reúnem mais de 30 mil unidades em oferta e todas as informações jurídicas e de crédito necessárias para confirmar a compra.

Responsável pela realização, o diretor do Grupo ImóvelClass, Diogo Horn, ressalta as oportunidades para diversas faixas econômicas, com preços entre R$ 100 mil e R$ 3 milhões. A flexibilidade, segundo ele, reforça o bom momento do mercado. “Já tivemos anos mais acelerados. Agora, crescemos, porém com mais maturidade. Aliado a isso,a população economicamente ativa deve aumentar pelo menos até o ano 2035 no País, e o cenário com juros em queda e prazos ampliados, de 30 para 35 anos, diminuem as parcelas e aumentam o poder aquisitivo no período de financiamento”, analisa.

A visão é compartilhada pelo presidente do Sinduscon, Paulo Vanzetto Garcia, que identifica um novo momento para construção civil, após períodos de “extrema” euforia. Para o dirigente, as empresas do segmento passam por um momento mais conservador, perceptível no processo de reorganização dos lançamentos. “O mercado tende a atingir a velocidade de voo cruzeiro, e isto é visível na postura dos empreendedores. Estamos em uma etapa mais pé no chão. As grandes marcas, que são as que sustentam o setor, estão concentrando os seus produtos e represando os lançamentos até que as unidades já disponíveis estejam esgotadas”, pondera. Mesmo assim, Garcia afirma que os salões possuem um diferencial capaz de alavancar as vendas. “A procura de um imóvel exige tempo, e o salão permite que, em duas horas, se faça uma pesquisa que levaria meses”, afirma. 

O fator destacado por Garcia é, justamente, o mais valorizado pela professora Sandra Almeida, que dedicou a tarde de quinta-feira para intensificar as buscas por um apartamento no bairro Higienópolis. Segundo a visitante, fora dos salões, existem dificuldades na obtenção de informações. “Nos sites e jornais, muitas vezes, é preciso fazer todo um cadastro antes de conseguir tirar uma dúvida simples. Aqui, pelo menos existe a disponibilidade de um atendimento mais direto em que é possível obter informações de preços e condições de pagamento de vários imóveis a um só tempo.”

Por outro lado, Sandra identifica excessos nas ofertas de novos empreendimentos. “Atualmente, todos possuem piscina, academias e outros atrativos que encarecem os custos de condomínio e se tornam inclusive um problema para o sossego do prédio. Busco uma estrutura mais enxuta”, diz.

 

Imobiliárias uruguaias trazem ofertas de aluguel

O cenário positivo da economia brasileira atraiu um grupo de empresas uruguaias que, pela primeira vez, participam do Salão do Imóvel na Capital. Ao todo, seis estandes apresentam as principais ofertas ao público gaúcho. Neste contexto, o diretor de um grupo formado por oito imobiliárias, Sebas Pereira, explica que a ação busca atrair grandes investidores interessados em empreendimentos comerciais, mas também pessoas físicas que procuram por casas de veraneio em Punta del Este, destino que responde por 82% dos turistas que ingressam no país vizinho.

De acordo com Pereira, que presidiu por quatro anos a Associação de Imobiliárias do litoral uruguaio, o Brasil ganha posição de destaque, principalmente, em razão do declínio de emissões argentinas. Segundo ele, os trâmites de locação são resolvidos em apenas uma semana entre os dois países, o que reforça a ampliação de brasileiros e, principalmente, gaúchos nas praias uruguaias.

Por outro lado, segundo ele, o mesmo já não pode ser dito das relações com a Argentina. Em agosto, o governo de Cristina Kirchner, além de dificultar a compra de dólares, sobretaxou as compras em cartão de crédito no exterior em 15% do valor gasto. Por isso, o governo uruguaio lançou um contra-ataque e oferece 10% de descontos para estrangeiros que utilizarem os cartões de crédito. “Este benefício, que também dará descontos de tributos em compra de combustível e serviços de bares e restaurantes, poderá ser acessado pelos brasileiros que fecharem os negócios durante o salão. Este é o nosso cavalo de batalha para o verão”, comenta.

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