Rio dos Sinos foi a porta de entrada para os alemães ao Interior
Crédito: carla ruas / cp memória |
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A recuperação do transporte hidroviário no Rio dos Sinos é um movimento estratégico para o desenvolvimento na atualidade, mas também constitui um resgate sociocultural e, de uma forma especial, sugere o reencontro da comunidade com a atmosfera histórica que selou a origem da imigração alemã em solo rio-grandense. De acordo com a professora de História da Unisinos Eloisa Capovilla da Luz Ramos, o Rio dos Sinos foi a primeira porta de entrada para os alemães ao interior do Estado e a instalação em São Leopoldo, em 1824.
A professora afirma que o percurso preferido pelos imigrantes, entre Porto Alegre e São Leopoldo, ocorria pelo Guaíba até o Rio dos Sinos. Segundo ela, havia caminho por terra; porém, o transporte mais rápido pela água tornou-se fundamental à chegada dos imigrantes e, depois, ao seu sustento pelo trânsito de alimentos e outras mercadorias.
Hoje, um dos primeiros locais de estabelecimento dos colonizadores, conforme a historiadora, é justamente o coração econômico de São Leopoldo: a rua Independência, onde estão assentados comércios, serviços e instituições financeiras. "Na época, era chamada de Rua do Passo", conta.
Só que, ao contrário da sofisticação dos meios e da diversidade dos produtos ofertados agora, naquele tempo o que assegurou a permanência dos colonos foi a batata, o porco, o aipim e os derivados de leite. "Depois, a indústria de embutidos implementou a produção da colônia, que partia de barco para Porto Alegre", comenta a professora.
Eloísa lembra ainda que, mesmo estando Porto Alegre sitiada durante os conflitos da Revolução Farroupilha, o Rio dos Sinos continuou importante para ambas as comunidades.
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