quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Câmara aprova permuta

Troca de área nobre na Capital é contestada por vereadores que pretendem reverter a decisão


Moradores fizeram protesto na Câmara, mas o projeto foi rapidamente aprovado<br /><b>Crédito: </b> MARIANA FONTOURA / CMPA / CP
Moradores fizeram protesto na Câmara, mas o projeto foi rapidamente aprovado
Crédito: MARIANA FONTOURA / CMPA / CP
 
A Câmara de Porto Alegre aprovou, ontem, o projeto do Executivo municipal que autoriza a permuta da área do município por terreno pertencente ao Jockey Club do RS, no bairro Cristal. A área, que será cedida pelo município, é uma faixa de terra remanescente da implantação da avenida Diário de Notícias, medindo 12 mil metros quadrados e avaliada em R$ 11,392 milhões e o terreno do Jockey mede 22,6 mil metros quadrados e foi avaliado em R$ 11,416 milhões. Além da permuta, a prefeitura ainda pagará a diferença de R$ 24,5 mil.

Na área do Jockey, o Executivo desenvolverá as construções de um terminal de transporte coletivo e de uma rotatória junto às avenidas Icaraí e Chuí, que engloba o projeto de duplicação da avenida Tronco. A direção do Jockey informou que pretende construir imóveis comerciais na área que ficará com a instituição. O projeto foi aprovado por 27 votos a favor, seis contra, uma abstenção e um ausente. O vereador Pedro Ruas (PSol) disse que os parlamentares contrários ao projeto irão estudar alguma maneira para recorrer da decisão. O projeto não tem relação com a área de uma vila, onde algumas famílias de baixa renda residem. Para Ruas, o terreno na Icaraí tem diversas penhoras e pendências judiciais, que o poder público irá assumir. "O município deveria ter estudado outra forma de permuta, como a desapropriação, por exemplo", disse Ruas, ao sugerir "outra área, não uma tão valorizada como essa."

O presidente do Jockey Club, José Vecchio Filho, discordou do vereador. Segundo ele, o que foi divulgado é "uma meia verdade". Conforme Vecchio Filho, o terreno será entregue sem dívidas. Destacou que a área é ideal para a duplicação da avenida Tronco. Afirmou que a resistência à permuta é "uma queda de braço" com a atual gestão para barrar obras da Copa do Mundo de 2014.

O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, se disse favorável à permuta e alegou que a obtenção do terreno é fundamental para a construção de terminal de ônibus.

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