Atualmente, dois catamarãs - barcos com dois cascos
e ar-condicionado, 120 lugares, espaço para cadeirantes e bicicletas - se
revezam na travessia Crédito: pedro revillion
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Estudo analisa possibilidade de usuários do catamarã
contarem com linhas de ônibus associadas.
Aguardada por mais de 50 anos, a
retomada da travessia fluvial entre Porto Alegre e Guaíba tem agradado quem
utiliza o transporte. E mais, o catamarã, pode, em breve, ter novidades: a
integração com os ônibus municipais de Guaíba. A medida, caso ocorra, deverá
beneficiar principalmente os moradores que desejam usar o barco, mas residem
distante do Centro da cidade, onde fica o terminal é hidrorrodoviário.
Se
até meados de 1960 os moradores da Capital e do município vizinho podiam se
deslocar até o cais para fazer a travessia pelas águas do Guaíba, a realidade
atual é ainda mais promissora. Fruto de R$ 7 milhões em investimentos, dois
catamarãs - barcos com dois cascos e ar-condicionado, 120 lugares, espaço para
cadeirantes e bicicletas - se revezam no trajeto que, em até seis meses, deve
ter mais uma parada além das duas existentes. Segundo o diretor da CatSul -
empresa gaúcha que venceu a licitação para operação da travessia Porto
Alegre-Guaíba -, Carlos Bernaud, o pedido de construção de um terminal próximo
ao BarraShoppingSul já foi solicitado à Fundação Estadual de Planejamento
Metropolitano e Regional. "Aguardamos o retorno da proposta para darmos mais
esse passo em beneficio da população", explicou.
Quatro meses após a
inauguração, a CatSul confirma que a procura pelo serviço tem superado a
expectativa e fortalece o propósito de ser uma alternativa de transporte público
para moradores das duas cidades. "A população guaibense aderiu ao novo modal e a
de Porto Alegre utiliza como turismo, principalmente nos finais de semana. Por
dia, em média, transportamos 2 mil passageiros", revelou Bernaud ao destacar
que, ainda sem prazo estabelecido para sair do papel, existe um estudo sobre a
possibilidade de integração com as linhas de ônibus da cidade de 95 mil
habitantes.
Mesmo que seja apenas uma pretensão, a ideia agrada aos
moradores do município. Sandra Fischer, moradora do bairro Santa Rita, já
projeta os benefícios caso a promessa se concretize. "Seria ideal, pois mesmo
longe da hidrorrodoviária poderia ir até o Centro e embarcar no catamarã. Chego
a Porto Alegre em 20 minutos e fugir dos ônibus intermunicipais lotados será um
alívio", avalia Sandra.
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