Praça da Alfândega passa por obras de revitalização e já precisa de consertos. Smam tenta conscientizar população
De um lado obras de restauração e de outro estruturas
depredadas. Essa é a realidade da Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre.
Em reforma pelo Programa Monumenta, o local está tendo as suas características
da década de 40 retomadas, tornando o espaço mais agradável aos seus visitantes.
Porém, todo o empenho e recursos que estão sendo investidos são simplesmente
ignorados por vândalos. Uma prova disso são as condições de alguns bancos.
Apesar de terem passado por lixação e pintura, muitos foram pichados ou tiveram
a tinta descascada.
A coordenadora do Monumenta em Porto Alegre, Briane Bicca, vê a situação com total desolamento. "Infelizmente, essas pessoas não sabem o quanto de trabalho e de investimento é aplicado para tentar deixar o espaço em melhores condições para a utilização da própria população", afirmou. Em relação aos bancos, por exemplo, Briane lembrou que todos foram retirados, passaram por reformas e depois foram pintados. "Esse trabalho demorou meses e exigiu uma grande mão de obra", contou. Ela reconhece, porém, que esse é um problema cultural e que pouco pode ser feito. "Tentamos conscientizar as pessoas, mas é difícil", afirmou, lembrando que na Feira do Livro do ano passado um dos bancos foi queimado. Para reduzir o índice de quase 70% de praças de Porto Alegre com algum equipamento depredado, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) lançou esta semana o projeto Coletivos Verdes. A iniciativa será voltada às escolas municipais próximas às áreas de lazer. A ideia é promover ações de educação ambiental e da manutenção compartilhada com parcerias. De acordo com levantamento da Smam, das 167 praças que receberam melhorias no ano passado, 115 voltaram a ser alvo dos vândalos. "A meta é reduzir os gastos com o conserto de aparelhos e melhorar o convívio e o cuidado das pessoas com a natureza", destacou o titular da Smam, Luiz Fernando Záchia. Para consertar brinquedos e bancos depredados, por exemplo, foram gastos quase 18 metros cúbicos de madeira - volume suficiente para equipar 59 praças básicas com um conjunto de, pelo menos, sete diferentes tipos de brinquedos, entre escorregadores, gangorras e balanços. O presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal e ex-titular da Secretaria do Meio Ambiente, Beto Moesch, elogiou a iniciativa da prefeitura, acreditando que Porto Alegre precisa urgentemente dessa mudança. "É preciso entender o motivo de a cidade maltratar dessa maneira o patrimônio. Temos uma cultura de depredação nos parques e praças", disse Beto Moesch. |
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