Ivone Pimentel lamenta ver sem-teto no José Eduardo Utzig, que passa sobre a Benjamin Constant Crédito: bruno alencastro
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Quem mora nas imediações dos viadutos da III Perimetral conheceu a realidade do antes e do depois. E as opiniões se dividem. No Viaduto José Eduardo Utzig, que passa sobre a avenida Benjamin Constant, na zona Norte de Porto Alegre, os moradores apontam um problema em comum: o viaduto se transformou em "moradia" para andarilhos.
"É lamentável ver um espaço que deveria ter comércio para os usuários de ônibus ser ocupado por cidadãos que precisam fazer ali suas necessidades mais básicas", comenta a dona de casa Ivone Pimentel, que ganhou o viaduto como vizinho há cinco anos.
Ela também aponta as descargas dos ônibus e dos caminhões como causadores de um problema que herdou em nome do "progresso". "Como o apartamento é amplo, preciso limpar constantemente. Acabei até dispensando a diarista, pois ela não dava conta da limpeza", diz.
O ponto positivo para Ivone foi a maior disponibilidade de linhas de ônibus para as zonas Sul e Leste da cidade. "Antigamente, para chegar a essas regiões da cidade, era preciso pegar duas conduções ou caminhar bastante", recorda.
Na avaliação do aposentado Marcos Antônio Berger, o grande objetivo do viaduto, que era melhorar a fluidez do trânsito da região, não foi atingido. "Acredito que precisaria ser feito outro viaduto passando por cima da avenida Sertório para resolver o problema", projeta.
Vizinha de Marco Antônio Berger, a também aposentada Laura Machado quase desistiu do seu apartamento durante as obras do Viaduto José Eduardo Utzig. "O transtorno foi imenso nas redondezas. Até para chegar em casa era difícil. Espero que a construção de novos viadutos não cause tanto problema para as pessoas que vivem nas proximidades", comenta Laura.
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