Movimento quer distância de partidos políticos e patrocinadores, só quer ocupar espaços públicos
Em noite de nuvens raras e Lua brilhante quase cheia, a
sexta-feira teve Serenata Redenção Iluminada, em Porto Alegre. Concentradas no
Monumento ao Expedicionário, depois abraçado em largo círculo, mais de mil
pessoas, a grande maioria jovens, experimentaram trocar a cômoda companhia do
computador e da televisão pela "ocupação" do Parque da Redenção. Apesar dos
poucos violões, a mobilização da Serenata, pautada por uma rede social e
iluminada por bastões fosforescentes, velas e adereços com LED (Light Emitting
Diode), deu certo, na avaliação de Renata Beck, uma das idealizadoras. "Espaços
públicos precisam ser frequentados, principalmente à noite", disse. Uma
exigência do grupo, para isso acontecer, é prover o parque com mais
iluminação.
Não foi protesto, nem manifestação. "Rejeitamos até oferta de megafone, coisa de comício e do tempo da ditadura", observou Heloisa Medeiros. A sua definição foi uma manifestação lúdica, romântica. "É preciso sair de casa para que as coisas aconteçam, estamos encorajando as pessoas a fazerem isso", disse. O movimento tem conexão com outros, como o Bate um Coração. "É uma nova conquista de cidadania por meio da colaboração e da Internet. As pessoas querem fazer a diferença, mas patrocinadores, sem partidos políticos", assinalou Pedro Boss. Uma base é o projeto Porto Alegre.cc, criado pela Unisinos e organizado em blog - uma plataforma digital de discussões. Depois do abraço ao monumento e muitos vivas, houve uma caminhada pelo parque até o Pedalinho. Tudo acompanhado por malabaristas, animação e, em volume bem menor, música. O ato se encerrou com show de músicos. |
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