domingo, 24 de junho de 2012

Metrô de Porto Alegre está orçado em R$ 2,4 bilhões

Considerada a principal obra viária para a Copa do Mundo, não deverá ter muitas expropriações


Maquete mostra como ficará a estação da Rua da Praia do futuro metrô da Capital. Acima, outro detalhe do projeto apresentado pelo coordenador Luís Cláudio Ribeiro

Considerada uma das principais obras de mobilidade urbana de Porto Alegre, o metrô subterrâneo, orçado em R$ 2,4 bilhões, será interligado com o transporte coletivo da cidade e da região Metropolitana. O traçado da primeira fase do metrô seguirá da rua dos Andradas à avenida Assis Brasil, nas proximidades da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Neste ponto, da zona Norte da Capital, está prevista a desapropriação de uma grande área para a construção do pátio de manutenção e da central de operação e controle do sistema.

De acordo com o coordenador do projeto MetrôPoA e Sistema BRT, Luís Cláudio Ribeiro, o terreno a ser desapropriado fica próximo da Fiergs, quase na divisa com o município de Cachoeirinha. "Na área, será construído um espaço para manutenção e controle do metrô. Já estamos no início das negociações porque as áreas pertencem aos governos estadual e municipal", comenta. Na avaliação de Ribeiro, a primeira fase do metrô não deverá demandar muitas expropriações.

Ribeiro enfatiza que o escritório - responsável pela implantação do metrô da Capital - já contará, a partir da próxima semana, com técnicos de diversas secretarias, que estarão diretamente envolvidos nos projetos de transportes do metrô e do BRT (Bus Rapid Transit).

Além dessas equipes, formadas por engenheiros, arquitetos, administradores e advogados, alguns técnicos da Trensurb e da Companhia do Metropolitano de São Paulo - Metrô também farão parte das discussões sobre a construção do metrô da capital gaúcha. "O objetivo é começar a tratar da elaboração do edital de licitação, do detalhamento dos projetos básicos e executivos, da fiscalização da obra e, futuramente, da operação e dos projetos futuros", observa o coordenador.

Segundo ele, o trecho crítico para escavações deverá ser a avenida Farrapos. "Existem ali muitas variações de solo não apropriadas para escavações. De qualquer forma, tudo isso já foi considerado nos custos do projeto", acrescenta o responsável.

Levantamentos topográficos da década de 90, feitos pela Trensurb, que opera o transporte de passageiros por trens no eixo Porto Alegre-Novo Hamburgo, deverão serão considerados no momento das escavações. "No edital, quando for definida a empresa responsável pelos projetos, solicitaremos trabalhos de sondagem do solo, principalmente na área mais preocupante, na avenida Farrapos", explica Ribeiro.


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