domingo, 26 de agosto de 2012

Vandalismo custa R$ 1 milhão por ano

Em 2012, até junho, foram 40 atos contra monumentos e bens da Capital


Preservação do patrimônio público: placas de bronze e bustos estão em local protegido

 
Os atos de vandalismo contra o patrimônio público em Porto Alegre resultam em prejuízo anual de R$ 1 milhão para a prefeitura entre o roubo de placas de bronze e bustos, pichação de monumentos, depredação de sinaleiras e paradas de ônibus, postes e luminárias, sinalização e outros bens públicos. No ano passado, a Guarda Municipal de Porto Alegre, vinculada à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança, registrou quase 60 ocorrências contra o patrimônio público e privado entre pichações, depredações e roubo de placas de bronze. Em 2011, foram 22 detenções.

De janeiro a junho deste ano, os guardas municipais atenderam a 40 casos e cerca de 20 pessoas, a maioria jovens, foram detidas. A ação dos vândalos está concentrada no Centro, nos bairros Partenon, Farroupilha, Praia de Belas, Restinga, Sarandi e Teresópolis. O chefe da Guarda Municipal de Porto Alegre, Eliandro Almeida, ressaltou que a instituição atua com um efetivo de 554 e atende 24 horas por dia.

"Inauguramos, em 2006, o Disque-Pichação, que integra o programa Vizinhança Segura e permite à população denunciar atos contra os prédios e monumentos, pelo telefone 153", acrescenta. Mesmo com a vigilância, o Parque da Redenção ainda é um local visado em função dos monumentos. "Existem grupos que frequentam o local à noite e depredam a iluminação pública", ressalta Almeida.

Conforme o chefe, após receber a chamada, a Guarda Municipal vai ao local, aborda o infrator e o encaminha à Polícia Civil ou à Delegacia da Criança e do Adolescente (Deca). "A iniciativa possibilita traçar, pela primeira vez, um perfil do pichadores que atuam em Porto Alegre, danificando monumentos e desvalorizando pontos turísticos, além de mapear as ocorrências", destaca. A equipe, com cerca de 30 agentes da Guarda Municipal, atende 24 horas por dia, trabalha em rodízio e é integrada por rádio com a Brigada Militar.

Os pichadores flagrados são autuados no procedimento de apuração de ato infracional na Lei de Crime Ambiental 960.598, artigo 65, que prevê pena de três meses a um ano, com prestação de serviço à comunidade ou reparação do dano. O administrador da Redenção, Paulo Jardim, explica que, em função dos furtos frequentes no local, a administração decidiu retirar todas as placas de bronze e bustos. "Nós nos antecipamos e resolvemos escondê-los porque as quadrilhas estavam preparadas para levar todo o material do parque."

O supervisor da Secretaria Municipal do Meio Ambiente Mauro Moura revela que a prefeitura dedica atenção especial para garantir mais segurança aos usuários e preservar o patrimônio público. Segundo ele, estudo é desenvolvido para instalar videomonitoramento na Redenção e no Marinha do Brasil.
 
 

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