Com rentabilidade de 6,17% ao ano e isenta de IR e
de taxas, o segmento ganha atratividade com a alta da Selic Crédito:
ROGÉRIO GEWEHR / ESPECIAL / cp
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São Paulo - A queda na diferença entre o rendimento da
poupança e de outros investimentos em renda fixa continua a atrair cada vez mais
pessoas com aplicações milionárias para a caderneta. O número de poupadores com
mais de R$ 1 milhão depositados na caderneta cresceu 187% nos últimos cinco
anos, segundo dados do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), divulgados pelo Banco
Central.
O professor da Escola de Economia da FGV-SP, Samy Dana, atribui
esse crescimento à falta de informação e de estímulo por parte dos bancos, que
podem oferecer opções mais atrativas de investimento. CDBs, que pagam
percentuais altos do CDI e, principalmente, o Tesouro Direto, são opções
melhores, diz ele, que descarta também a questão da segurança como explicação
para esse movimento.
Isso porque o FGC só oferece cobertura para
aplicações de até R$ 70 mil, tanto na poupança quanto no CDB, em caso de quebra
do banco. Esse fator só seria relevante em relação a fundos de investimento, que
não têm o seguro do FGC e apresentam risco maior por causa das aplicações em
papéis privados. "Mesmo com a Selic a 9% ao ano, o CDI paga mais do que a
poupança", afirma. Com rentabilidade mínima de 6,17% ao ano e isenta de IR e das
taxas de administração, a poupança ganha atratividade na medida em que a Selic
cai. A taxa básica está em 9% ao ano.
Dana afirma, no entanto, que uma
taxa neste nível obriga o cliente a procurar aplicações que paguem pelo menos
100% do CDI, para ter um ganho significativamente maior que a poupança.
Atualmente, fundos de investimento com taxa de administração acima de 1,5% e
CDBs que pagam percentuais baixos de remuneração já perdem da caderneta,
principalmente em aplicações com prazo inferior a um ano, que pagam mais de 20%
de IR sobre o rendimento. Quem aplicou R$ 1 milhão na poupança no último mês,
por exemplo, obteve um rendimento de R$ 5.396.
Para empatar com a
caderneta, o investidor precisa encontrar uma aplicação de renda fixa que pague
pelo menos 97% do CDI, considerando que será tributado com IR de 22,5% sobre o
rendimento.
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