sábado, 28 de abril de 2012

Aluguel vai ficar mais caro

IGP-M fechou em alta de 0,85% em abril, empurrando a taxa acumulada em 12 meses para 3,65%


 Índice deverá perder força em maio com uma taxa entre 0,45% e 0,50%<br /><b>Crédito: </b>  JULIANO JAQUES / especial / cp memória
Índice deverá perder força em maio com uma taxa entre 0,45% e 0,50%
Crédito: JULIANO JAQUES / especial / cp memória
 
 
Rio - Os aluguéis devem ficar mais caros. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), utilizado como referência para reajustar aluguéis no mercado imobiliário, acelerou em abril, com alta de 0,85%, depois de subir 0,43% em março. Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses subiu de 3,23% em março para 3,65% em abril. No ano, o IGP-M acumula alta de 1,47%. Os números foram divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IGP-M é composto por três indicadores, sendo que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,97% no quarto mês do ano, após uma alta de 0,42% em março. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançaram 0,55% e 0,83% neste mês. Apesar de subir menos que o IGP-M em abril, a inflação do varejo, medida pelo (IPC), tem alta maior no acumulado: 2,29% no ano e 5,24% em 12 meses encerrados em abril, segundo a FGV. A maior contribuição para a aceleração de alta veio do grupo Despesas Diversas, cuja taxa passou de 0,07% para 2,29% este mês. Nesta classe de despesa, a maior pressão veio de Cigarros, que saiu de zero para alta de 5,72%.

O IGP-M deve perder força em maio e ficar com uma taxa entre 0,45% e 0,50%, na opinião do economista da FGV André Braz. Ele disse acreditar que tanto o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) Agropecuário quanto o IPA Industrial irão desacelerar em maio. Segundo ele, a expressiva alta de quase 12% no preço médio da soja em abril deve diminuir no mês que vem e ter impacto menor sobre o IPA.

O economista também prevê arrefecimento no IPC, dado que o subíndice mostrou movimento resultante de questões pontuais e sazonais. De acordo com ele, no caso dos reajustes dos medicamentos, o impacto maior já fora percebido até o mês de abril.

O item Cigarros também deve perder força. "A alta de Vestuário (de 0,27% para 1,03%) também não deve se repetir", acrescentou. Braz ressaltou, contudo, que pode haver pressões de alta no IPC, de alguns alimentos, como o açúcar cristal e a carne bovina, que subiram no IPA. Em abril, estes itens avançaram 0,48% e 1,85%, respectivamente.


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