Índice deverá perder força em maio com uma taxa
entre 0,45% e 0,50% Crédito: JULIANO JAQUES / especial / cp
memória
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Rio - Os aluguéis devem ficar mais caros. O Índice Geral de
Preços - Mercado (IGP-M), utilizado como referência para reajustar aluguéis no
mercado imobiliário, acelerou em abril, com alta de 0,85%, depois de subir 0,43%
em março. Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses subiu de 3,23% em março
para 3,65% em abril. No ano, o IGP-M acumula alta de 1,47%. Os números foram
divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IGP-M é composto
por três indicadores, sendo que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu
0,97% no quarto mês do ano, após uma alta de 0,42% em março. Já o Índice de
Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
avançaram 0,55% e 0,83% neste mês. Apesar de subir menos que o IGP-M em abril, a
inflação do varejo, medida pelo (IPC), tem alta maior no acumulado: 2,29% no ano
e 5,24% em 12 meses encerrados em abril, segundo a FGV. A maior contribuição
para a aceleração de alta veio do grupo Despesas Diversas, cuja taxa passou de
0,07% para 2,29% este mês. Nesta classe de despesa, a maior pressão veio de
Cigarros, que saiu de zero para alta de 5,72%.
O IGP-M deve perder força
em maio e ficar com uma taxa entre 0,45% e 0,50%, na opinião do economista da
FGV André Braz. Ele disse acreditar que tanto o Índice de Preços ao Produtor
Amplo (IPA) Agropecuário quanto o IPA Industrial irão desacelerar em maio.
Segundo ele, a expressiva alta de quase 12% no preço médio da soja em abril deve
diminuir no mês que vem e ter impacto menor sobre o IPA.
O economista
também prevê arrefecimento no IPC, dado que o subíndice mostrou movimento
resultante de questões pontuais e sazonais. De acordo com ele, no caso dos
reajustes dos medicamentos, o impacto maior já fora percebido até o mês de
abril.
O item Cigarros também deve perder força. "A alta de Vestuário (de
0,27% para 1,03%) também não deve se repetir", acrescentou. Braz ressaltou,
contudo, que pode haver pressões de alta no IPC, de alguns alimentos, como o
açúcar cristal e a carne bovina, que subiram no IPA. Em abril, estes itens
avançaram 0,48% e 1,85%, respectivamente.
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