sábado, 13 de agosto de 2011

BC cria artilharia anticrise

Alexandre Tombini reafirma que país está pronto para enfrentar eventuais cenários de dificuldade

Tombini cita força da economia doméstica, com um mercado interno forte<br /><b>Crédito: </b> ELZA FIÚZA / ABR / CP
Tombini cita força da economia doméstica, com um mercado interno forte
Crédito: ELZA FIÚZA / ABR / CP

São Paulo

       O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, ressaltou ontem em discurso na abertura do VI Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária, em São Paulo, que o Brasil está preparado para uma eventual "situação mais difícil" decorrente da crise econômica mundial. Ele chegou até mesmo a falar sobre a "artilharia" brasileira para enfrentar a crise.

       Para Tombini, a primeira linha de defesa é o câmbio flutuante. O nível das reservas é 150 bilhões de dólares superior ao do momento da crise de 2008, superando hoje 350 bilhões de dólares. Além disso, o sistema financeiro está capitalizado, com reservas (depósitos compulsórios) de R$ 170 bilhões acima do patamar pré-crise e com uma série de medidas macroprudenciais que reforçaram a solidez do sistema e eliminaram diversas vulnerabilidades dos mercados. O presidente do BC citou, por exemplo, o caso de redução de prazos de financiamentos para a venda de produtos a consumidores.

       Tombini citou, ainda, a força da economia doméstica, com um mercado interno também maior do que em 2008. Segundo ele, o Brasil "fez o dever de casa" na busca da estabilidade de preços. "O BC persegue a meta de 4,5% de inflação em 2012", destacou. Para ele, a inflação está perdendo força no Brasil e previu que, a partir de setembro até abril do ano que vem, a inflação deve cair 2 pontos percentuais, conforme projeções de economistas.


Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=116&Numero=317&Caderno=0&Noticia=326464

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