sábado, 31 de março de 2012

Proliferação de algas no Guaíba deixa Dmae em alerta



Fenômeno altera gosto da água e afeta bairros da zona Sul de Porto Alegre

Dmae está em alerta devido a algas no Guaíba
Crédito: Cristiano Estrela
A proliferação de algas no Guaíba tem mantido em alerta o Departamento Municipal de Água e Esgotos de Porto Alegre (Dmae). O motivo é que com o seu aparecimento, o cheiro e o gosto da água, nos últimos dias, têm sido afetados. Segundo relato de alguns moradores do município, a água enviada para suas residências está com "baixa qualidade", apresentando cheiro e odor desagradáveis.

Em alguns bairros como Bom Jesus, Azenha, Petrópolis, Chácara das Pedras, Menino Deus e em especial outros bairros da zona Sul da cidade, o odor e a cor se assemelham ao de terra. Com isso, o fenômeno tem prejudicado alguns porto-alegrenses no consumo e na utilização do produto em outras tarefas de higiene pessoal, como tomar banho, por exemplo, devido ao mau cheiro e à sujeira encontrada na água. Segundo eles, após o banho, a água tem causado irritação na pele.

Sobre os problemas ocorridos no fornecimento da água à população, por causa do surgimento de algas, o que tem dado cheiro e gosto ruins, o Dmae explicou que durante os meses de verão o Guaíba pode apresentar essas características, fazendo com que a água bruta captada apresente substâncias que dão odor e gosto característicos de terra. Contudo, o Dmae reforçou ainda que tais fenômenos podem ocorrer em outros períodos do ano.

Para amenizar o problema, o departamento informou que tem adotado em suas Estações de Tratamento de Água (ETAs) diversos procedimentos técnicos, como adição de carvão ativado e aplicação de oxidantes. Mesmo assim, reforça que essas substâncias, mesmo em baixíssimas concentrações, são percebidas pelo olfato humano, o que não permite a eliminação total dos efeitos da floração. O órgão revelou ainda que tem acompanhado esse fenômeno e realiza todos os monitoramentos exigidos pela portaria 2914/11 do Ministério da Saúde para garantir a qualidade da água distribuída.

Entre os fatores apontados pelo departamento que contribuem para o constante aparecimento das algas no Guaíba estão a baixa precipitação, altas temperaturas, presença de nutrientes (nitrogênio e fósforo) na água, resultante do lançamento de esgoto e da baixa turbulência e turbidez, além da maior incidência de luz.


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