segunda-feira, 23 de abril de 2012

Cliente avalia os encargos

Especialistas receitam cautela antes de trocar de banco ou decidir tomar um novo empréstimo


É preciso analisar todo o pacote de serviços oferecido pelas instituições<br /><b>Crédito: </b> AFP / CP
É preciso analisar todo o pacote de serviços oferecido pelas instituições
Crédito: AFP / CP


Brasília - Mesmo com o anúncio da redução das taxas de juros cobradas pelos bancos nas linhas de crédito para pessoas físicas, os clientes bancários devem manter a cautela na hora de mudar de instituição financeira ou de pegar um novo empréstimo.

O especialista em finanças pessoais e professor de Economia da Universidade de Brasília Newton Marques recomenda às pessoas que pesquisem e comparem os produtos oferecidos pelos bancos na hora de tomar um empréstimo. "O dinheiro, o empréstimo, também é um produto", lembrou. Mas o professor alerta que os consumidores devem evitar o impulso de fazer compras em prestação. A dica é só parcelar se responder "sim" a três perguntas: tenho necessidade deste produto? Tenho dinheiro para pagar? Preciso comprar agora?

Antes de trocar de banco para obter taxas mais baixas de juros, a dica do professor de finanças pessoais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fábio Gallo é negociar a redução dos encargos com a própria instituição financeira da qual já é cliente. "Antes de mudar de conta e ficar entusiasmado com o anúncio da taxa do banco do vizinho, é preciso negociar", afirma o professor da FGV. Ele disse ainda que o cliente deve fazer simulações dos empréstimos, verificar o valor das prestações e a taxa efetiva de juros. "E também, é preciso analisar ainda todo o pacote de serviços oferecido pelo banco." Outra orientação é que o cliente peça ao banco para o qual pretende migrar que seja apresentado por escrito tudo o que está sendo prometido, como tarifas e taxas. Assim, se for preciso recorrer aos órgãos de defesa do consumidor, o cliente terá a documentação necessária para comprovar eventuais irregularidades.

O governo vinha cobrando dos bancos privados a redução dos juros. A presidente Dilma Rousseff classificou os juros como um dos entraves que impedem o crescimento mais acelerado da economia brasileira, de forma equilibrada. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também criticou os bancos privados.


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