Entidades querem mais coletivos nas ruas, especialmente na madrugada Crédito: BRUNO ALENCASTRO
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A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do RS (Abrasel) acredita que a ampliação da frota noturna de coletivos na Capital é um fator que pode contribuir para a redução de motoristas que dirigem embriagados. Em novembro, a entidade chegou a pedir à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) um aumento de linhas de coletivos no período da noite, por avaliar que mais opções de transporte podem diminuir o número de acidentes.
Além disso, a Abrasel defende que a ampliação da frota está vinculada à geração de empregos, já que a falta de transporte público após a meia-noite dificulta a volta para casa dos funcionários de bares e restaurantes. Em resposta à essa demanda, o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, disse que foi criada a linha C4 Balada Segura, que transita nos principais pontos de concentração de bares e casas noturnas em Porto Alegre. "Em torno de 25% dos passageiros da linha são funcionários de casas noturnas. Estávamos deficientes nessa área", admitiu.
Cappellari anuncia a ampliação das tabelas horárias das linhas C4 Balada Segura e do Madrugadão no Ano-Novo. "Temos muita preocupação em ofertar o transporte para quem usa à noite", disse. Segundo ele, são esperadas cerca de 60 mil pessoas na virada do ano no Gasômetro e, para isso, haverá um incremento da frota. A EPTC também deve reforçar a fiscalização com o uso de radares móveis.
A presidente da Fundação Thiago Gonzaga, Diza Gonzaga, que perdeu o filho em um acidente de trânsito, vê no aumento do transporte coletivo uma solução para evitar que pessoas alcoolizadas dirijam, especialmente na noite de Ano-Novo. "Para desestimular o uso do carro, é preciso investir na qualidade do transporte e na oferta de horários. Não adianta ter ônibus de hora em hora. Eu acredito em uma mudança de comportamento", disse. Segundo Diza, bebida e direção é "uma dupla de morte". "Não é um passe de mágica. Os jovens são os que mais nos ouvem e os que mais estão abertos para a mudança", destacou. Para ela, além da alternativa de transporte, é preciso mais fiscalização e infraestrutura. "Não adianta ter bafômetro, se temos falta de efetivo. Temos que investir pesado nisso e também nas rodovias, porque muitas ainda não estão duplicadas", afirmou.
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