sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Rodovia do Parque ameaçada

 

Motivos são a demora no reassentamento de moradores e a espera por um repasse de R$ 20 milhões do governo federal

Superintendência do Dnit está preocupada com o ritmo das obras na tão aguardada BR 448<br /><b>Crédito: </b> MAURO SCHAEFER
Superintendência do Dnit está preocupada com o ritmo das obras na tão aguardada BR 448
Crédito: MAURO SCHAEFER
 
 
A continuidade das obras da Rodovia do Parque (BR 448) está ameaçada. Segundo o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) no RS, Vladimir Casa, os principais motivos de preocupação são a demora no reassentamento de 600 famílias da Vila Dique, em Canoas, por onde passa o lote 3 da rodovia, e a espera por um repasse de R$ 20 milhões do governo federal até outubro.

Há um mês, o Dnit já havia pedido o remanejamento de recursos à União, que repassou R$ 25 milhões para a continuidade dos trabalhos em setembro. O dinheiro da União destinado à construção da rodovia neste ano já foi consumido. Casa prevê dificuldades com o cronograma da obra, que previa a conclusão até janeiro de 2013. "Ainda há tempo hábil para isso. Se vamos conseguir, eu já não sei, porque teria de dar tudo muito certo", disse. Ele recorda que os problemas com a falta de recursos começaram em julho, quando denúncias de corrupção atingiram a direção nacional do Dnit. Casa confia que a obra, iniciada em 2010, não será interrompida, mas acredita que o ritmo poderá ser reduzido. Conforme o Dnit, 40% do orçamento inicial, que é de R$ 824 milhões, já foi aplicado. "Faltam terminar algumas coisas de terraplenagem, construir parte da rodovia que vai ficar elevada e a ponte sobre o rio Gravataí, além de alguma coisa de pavimentação", explicou o superintendente.

De acordo com ele, a obra foi licitada com projeto básico para agilizar o início. Posteriormente, foi feito o projeto executivo. A diferença, explicou o superintendente, é que o executivo tem um grau de precisão maior de cada serviço. Os levantamentos de campo seriam mais precisos. "Só que sempre tem um serviço que é alterado, às vezes para menos, às vezes para mais. Esse ajuste resulta no chamado aditivo aos contratos", esclareceu.

Desde julho, o Ministério dos Transportes havia proibido que fosse lavrado qualquer aditivo. "Agora, foi liberado e estamos analisando, o que exige um exame de cada item", disse.

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