Parque da Redenção é disputado pelos bairros Bom Fim e Farroupilha Crédito: reprodução / pmpa / cp
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Em meio a formulações, debates e consolidação da proposta contida no anteprojeto de lei "Limites dos Bairros de Porto Alegre", surgem críticas, as quais acrescentaram tom de polêmica à discussão. São vozes da comunidade que manifestam o desejo de setores da população sobre o trabalho apresentado há cerca de um mês pela Secretaria do Planejamento Municipal (SPM).
A proposta busca redesenhar o mapa da cidade, definindo os limites entre os bairros para estabelecer unidade nas informações e facilitar acesso a serviços. Roberto Jakubaszko, conselheiro da Região I do Planejamento na Capital, a qual corresponde à área central de Porto Alegre, afirma que "a ideia do projeto não é ruim. Porém, é delicado mexer na memória material e imaterial da cidade. Tanto mais num ano de eleição municipal", provoca.
Para o conselheiro, seria necessário aprofundar a consulta às pessoas que habitam cada local. "O clube de mães, a associação esportiva, o pessoal que frequenta o barzinho noturno. Todos que fazem parte da vida real e tradicional no bairro precisam ser ouvidos. Para ser bairro, precisa ter escola, posto de saúde, delegacia ou posto policial." Um dos pivôs de polêmica na proposta é o Parque da Redenção, que é desejado pelos moradores do tradicional Bom Fim e do bairro Farroupilha, onde está situado.
Outra voz de controvérsia no debate é a do geógrafo Marcos Becker. Morador do Centro, ele diz que o projeto para definição dos limites e desenho dos bairros precisa ser elaborado "em campo". Além de redefinir as fronteiras, pela proposta da SPM, a Capital passaria de 81 para 87 bairros até a metade deste ano, com a eventual aprovação da lei pelo Legislativo municipal.
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