Consumidores estão sendo beneficiados pela redução do IPI da linha branca por mais 90 dias
Crédito: TARSILA PEREIRA
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A maioria dos brasileiros sabe como é difícil manter as contas em dia. Infelizmente, não sabe que boa parte do valor pago em produtos e serviços vai para o governo. De forma silenciosa e discreta, a alta tributação é criticada e apontada como um dos fatores que compromete a competitividade da economia brasileira. Para se ter uma visão mais ampla da dimensão do problema basta consultar o "Impostômetro" (www.impostometro.com.br), que mostra em tempo real quanto o brasileiro já pagou em tributos neste ano. No início da manhã do penúltimo dia de março, o valor ultrapassava R$ 383 bilhões.
Além disso, o site informa os investimentos que poderiam ser realizados com o montante. Neste caso, construir mais de 7,9 milhões de postos policiais equipados. A quantia também poderia ser empregada na compra de 348 milhões geladeiras simples ou mais de 4,7 milhões de ambulâncias equipadas. O serviço de conscientização é fornecido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Existe, inclusive, uma data para celebrar o fim da "mordida": 25 de maio, também conhecido como "Dia da Liberdade de Impostos". A data marca o tempo que os brasileiros tiveram que trabalhar apenas para pagar os impostos. São 145 dias. Neste dia, diversas ações buscam a conscientização dos brasileiros sobre o assunto. No Rio Grande do Sul, neste ano, será realizada a 8 edição do Dia da Liberdade de Impostos, promovido pela Associação da Classe Média (Aclame), pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e pelo Instituto Liberdade (IL). Serão realizadas ações como feirões. Produtos são comercializados com os seus valores reais, sem a cobrança de impostos.
Um dos exemplos mais marcantes é a comercialização da gasolina sem impostos. O valor será calculado tendo como base as informações do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Serão mais de 5 mil litros, sendo que cada motorista que participar terá direito a comprar 20 litros com pagamento em dinheiro. O presidente da Aclame, Fernando Bertuol, observa que a carga tributária corresponde a 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Neste caso, são somados os tributos de todas as naturezas cobrados pelos governos federal, estaduais e municipais.
Para Bertuol, a situação é ainda mais delicada, uma vez que os brasileiros pagam uma das mais altas cargas tributárias do mundo e não recebem, em contrapartida, os serviços básicos de qualidade. Entre as pesquisas realizadas pela Aclame, a que traz o dado mais relevante é o de que 82% dos brasileiros não sabem quem cobra e para onde vai o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um imposto que está presente em quase tudo.
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