Fernando Soares, Jefferson Klein, Patrícia Comunello e Rafael Vigna
Episódios registrados ao longo do dia de ontem reforçaram a mobilização local por um único objetivo: assegurar a Copa do Mundo em Porto Alegre. E as jogadas disparadas em público, e nos bastidores, espelham mais uma partida de xadrez em curso que de futebol. Cada movimento dos próximos dias, dependendo da direção e da estratégia, pode confirmar o estádio Beira-Rio como sede dos jogos ou transferir o palco à Arena Tricolor, que se ergue em ritmo acelerado no bairro Humaitá, com inauguração prevista até o fim do ano. Para muitos interlocutores, entre governo e lideranças empresariais e esportivas, ter duas opções é zona de conforto. O Beira-Rio foi a escolha do Comitê Local da Copa em Porto Alegre, validada pelo Comitê Organizador Local (COL) nacional, mas a indefinição do contrato para as obras da reforma com a construtora Andrade Gutierrez (AG) agora tem prazo para apresentar um desfecho: fim de março, avisou o prefeito José Fortunati. O COL já alertou que mudança de estádio é tarefa do gestor porto-alegrense.
O dia D poderá ser 7 de março, quando uma comitiva de 45 pessoas da Federação Internacional de Futebol (Fifa) desembarca na Capital para vistoriar obras - de estádio à infraestrutura viária e aeroporto. O Inter ainda está nas mãos da Andrade Gutierrez, que no começo da tarde de ontem entrou e saiu de uma reunião com a direção do Banrisul com a mesma posição: aporta apenas 20% das garantias para acessar um financiamento superior a R$ 200 milhões. Diante da conduta, o presidente da instituição, Túlio Zamin, avisou que não bancará a operação e, se assumir a contratação (se houver garantias), não deve ir sozinho.
A frustração do encontro no prédio-sede do Banrisul provocou uma reação inusitada do presidente colorado, Giovanni Luigi, que pegou o caminho do Palácio Piratini, em vez de subir no avião para uma conversa com os construtores na capital paulista, agenda que chegou a ser cogitada pela manhã. No Piratini, Luigi foi literalmente consolado pelo vice-governador Beto Grill, mas de concreto, nenhuma solução à vista. Grill assumiu a pauta na cúpula do governo estadual a pedido de Tarso Genro, que foi a primeira autoridade a admitir dúvida sobre a escalação do Beira-Rio para 2014.
Como nem só do drama Colorado com sua empreiteira eleita pelo Conselho Deliberativo em 2011 vive a Capital, prefeitura, bancada de deputados federais e lideranças empresariais operam com medidas para qualificar o entorno da Arena do Grêmio e devem cobrar posição da empreiteira, a ser convocada para reunião na próxima segunda-feira. Ontem, Fortunati entregou na Caixa Econômica Federal os primeiros projetos das obras viárias que melhorarão o trânsito na conexão com o estádio novo. Logo depois, presidentes de associações de hotéis, comércio, serviços e restaurantes foram ao gabinete do prefeito comunicar o apoio a eventual mudança de endereço dos jogos.
A última jogada foi dada na noite de ontem em nota enviada pela assessoria de imprensa da Andrade Gutierrez, cujo conteúdo nada explicou sobre o impasse da negociação com o Banrisul, nada projetou sobre prazo para firmar o contrato e nada acrescentou para tranquilizar o Internacional.
O dia D poderá ser 7 de março, quando uma comitiva de 45 pessoas da Federação Internacional de Futebol (Fifa) desembarca na Capital para vistoriar obras - de estádio à infraestrutura viária e aeroporto. O Inter ainda está nas mãos da Andrade Gutierrez, que no começo da tarde de ontem entrou e saiu de uma reunião com a direção do Banrisul com a mesma posição: aporta apenas 20% das garantias para acessar um financiamento superior a R$ 200 milhões. Diante da conduta, o presidente da instituição, Túlio Zamin, avisou que não bancará a operação e, se assumir a contratação (se houver garantias), não deve ir sozinho.
A frustração do encontro no prédio-sede do Banrisul provocou uma reação inusitada do presidente colorado, Giovanni Luigi, que pegou o caminho do Palácio Piratini, em vez de subir no avião para uma conversa com os construtores na capital paulista, agenda que chegou a ser cogitada pela manhã. No Piratini, Luigi foi literalmente consolado pelo vice-governador Beto Grill, mas de concreto, nenhuma solução à vista. Grill assumiu a pauta na cúpula do governo estadual a pedido de Tarso Genro, que foi a primeira autoridade a admitir dúvida sobre a escalação do Beira-Rio para 2014.
Como nem só do drama Colorado com sua empreiteira eleita pelo Conselho Deliberativo em 2011 vive a Capital, prefeitura, bancada de deputados federais e lideranças empresariais operam com medidas para qualificar o entorno da Arena do Grêmio e devem cobrar posição da empreiteira, a ser convocada para reunião na próxima segunda-feira. Ontem, Fortunati entregou na Caixa Econômica Federal os primeiros projetos das obras viárias que melhorarão o trânsito na conexão com o estádio novo. Logo depois, presidentes de associações de hotéis, comércio, serviços e restaurantes foram ao gabinete do prefeito comunicar o apoio a eventual mudança de endereço dos jogos.
A última jogada foi dada na noite de ontem em nota enviada pela assessoria de imprensa da Andrade Gutierrez, cujo conteúdo nada explicou sobre o impasse da negociação com o Banrisul, nada projetou sobre prazo para firmar o contrato e nada acrescentou para tranquilizar o Internacional.
Para Fortunati, situação não é desesperadora
A cada dia que passa, a indecisão sobre o contrato entre Inter e a construtora Andrade Gutierrez favorece a opção da Arena do Grêmio como alternativa a ser sede dos jogos da Copa de 2014. O presidente da Grêmio Empreendimento, empresa criada para cuidar da construção do novo estádio, Eduardo Antonini, evita comentar a situação, mas admite que a cogitação da Arena como plano B já está dando visibilidade ao empreendimento. “Não tem o que o Grêmio faça. O que existe é o Inter ou a Andrade não fazer”, declarou Antonini. A condição da obra tricolor, que deve ficar pronta até dezembro, vira facilidade para resolver a equação local e não colocar em risco o Mundial.
O prefeito José Fortunati disse que está preocupado com o impasse. “Estamos perdendo tempo, mas ainda não é uma situação desesperadora”, dimensionou, lembrando que a resposta não está nas mãos dele e nem do COL, por enquanto. “No dia 7 de março a Fifa estará em Porto Alegre com mais de 40 pessoas. Espero que, até esse dia, essa situação esteja resolvida”, torce o prefeito. A alternativa da Arena oferece saia justa ao prefeito, que é integrante do conselho do Grêmio.
O tricolor está focado em outra janela que se abriu: o mutirão de deputados federais e da prefeitura para obter recursos às obras do entorno do estádio. “Se a Copa vier para nós, teremos um ano e meio de mobilidade pronta”, anima-se o dirigente. Se não vier, o Grêmio tem a chance de melhorar a infraestrutura. O secretário de Gestão, Urbano Schmitt, esteve ao lado de Fortunati na entrega dos projetos na Caixa, que prometeu agilidade. As intervenções custam R$ 15,3 milhões, mas só estão assegurados R$ 8,7 milhões. Schmitt vai ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para completar a cifra. Faltarão ainda R$ 30,5 milhões para o restante das melhorias em ruas e avenidas, que já estão em emendas de parlamentares.
O presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre, Ricardo Ritter, reforçou o coro da comitiva integrada do setor, que levou a Fortunati apoio à eventual troca de local dos jogos. “Não podemos correr o risco que algum impasse não garanta a Copa”, sinalizou Ritter.
O tricolor está focado em outra janela que se abriu: o mutirão de deputados federais e da prefeitura para obter recursos às obras do entorno do estádio. “Se a Copa vier para nós, teremos um ano e meio de mobilidade pronta”, anima-se o dirigente. Se não vier, o Grêmio tem a chance de melhorar a infraestrutura. O secretário de Gestão, Urbano Schmitt, esteve ao lado de Fortunati na entrega dos projetos na Caixa, que prometeu agilidade. As intervenções custam R$ 15,3 milhões, mas só estão assegurados R$ 8,7 milhões. Schmitt vai ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para completar a cifra. Faltarão ainda R$ 30,5 milhões para o restante das melhorias em ruas e avenidas, que já estão em emendas de parlamentares.
O presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre, Ricardo Ritter, reforçou o coro da comitiva integrada do setor, que levou a Fortunati apoio à eventual troca de local dos jogos. “Não podemos correr o risco que algum impasse não garanta a Copa”, sinalizou Ritter.
Comissão da Câmara aprova texto base da Lei Geral
A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou ontem o texto base da Lei Geral da Copa, conjunto de regras para a organização do evento. Por acordo dos líderes dos partidos na comissão, os dez destaques com as polêmicas da Lei Geral ficaram para hoje, como a liberação de bebida alcoólica nos estádios e as regras para meia-entrada. Outro ponto questionado é uma “cláusula penal” para quem desistir de comprar o ingresso da Fifa. O texto da Lei Geral da Copa deverá ir ainda ao plenário da Câmara e seguir para o Senado antes de virar lei.
Pelo texto do relator, os estudantes terão meia-entrada somente na categoria 4 de ingressos, na chamada cota social. O benefício valerá também para integrantes do Bolsa Família e o preço final deverá sair a US$ 25,00 (cerca de R$ 42,00). Ao contrário dos estudantes, os idosos terão o desconto em todas as categorias, que inclui ingresso de até US$ 900,00 (pouco mais de R$ 1.500,00). O projeto apresentado na comissão libera o consumo de cerveja nos estádios, desde que em copo plástico e somente durante a Copa do Mundo e Copa das Confederações.
Pelo texto do relator, os estudantes terão meia-entrada somente na categoria 4 de ingressos, na chamada cota social. O benefício valerá também para integrantes do Bolsa Família e o preço final deverá sair a US$ 25,00 (cerca de R$ 42,00). Ao contrário dos estudantes, os idosos terão o desconto em todas as categorias, que inclui ingresso de até US$ 900,00 (pouco mais de R$ 1.500,00). O projeto apresentado na comissão libera o consumo de cerveja nos estádios, desde que em copo plástico e somente durante a Copa do Mundo e Copa das Confederações.
Encontro entre o Banrisul e a Andrade Gutierrez amplia impasse sobre financiamento
Uma longa reunião realizada no início da tarde de ontem, na sede do Banrisul, em Porto Alegre, acentuou o impasse que envolve as garantias financeiras da proposta da Andrade Gutierrez (AG) para a contratação de financiamento superior a R$ 200 milhões em recursos para a reforma do estádio Beira-Rio. O encontro dos dirigentes do banco com os executivos da construtora terminou sem avanços e contribuiu para aumentar as especulações de que a sede oficial do Rio Grande do Sul para a Copa do Mundo não será concluída em tempo hábil para a realização dos jogos em 2014.
O principal entrave nas negociações se refere ao baixo nível de comprometimento da empresa com o valor total do investimento. O presidente do Banrisul, Túlio Zamin, considerou a proposta “absolutamente insuficiente” e revelou que os representantes da AG não apresentaram alterações substanciais ao acordo. Segundo Zamin, a empresa continua com disponibilidade de assumir somente 20% dos ativos de captação do financiamento. O restante seria oferecido por meio da participação nos lucros de exploração do estádio. De acordo com o presidente do Banrisul, a medida contradiz as regulamentações da política de gestão de riscos do sistema financeiro e nenhuma flexibilização à questão será aceita.
“As garantias jamais podem estar vinculadas à exploração do empreendimento, pois devem ser independentes da taxa de sucesso do negócio. Solicitamos o aval de 100% do investimento. Na proposta, se pressupõe que o banco assuma parte dos lucros de exploração. Isto não vai ser feito de maneira alguma. Está fora dos padrões normativos do mercado”, garante Zamin.
Mesmo que o Banrisul se posicione favorável à continuidade das negociações, a falta de empenho com o aumento do percentual de garantias, por parte da construtora, coloca em xeque a relação entre a empresa e o banco gaúcho. Zamin não descarta que o Bndes possa contratar a totalidade dos investimentos. Sobre a razão de a construtora não aportar 100% das garantias, já que o grupo fatura mais de R$ 18 bilhões, o presidente do banco preferiu não opinar. No entanto, para ele, o fato de não haver outras instituições financeiras envolvidas até o momento demonstra que a operação estruturada não está pronta para ser aceita.
Zamin nega qualquer tipo de responsabilidade com os atrasos no cronograma de obras para o Mundial de 2014. O executivo afirma que um despacho formal do Comitê de Crédito do Banrisul, firmado pela diretoria no dia 23 de dezembro do ano passado, já informava o indeferimento da solicitação de recursos. “Não somos o banco exclusivo do Andrade Gutierrez e deste negócio. Muito pelo contrário, temos pouquíssimas relações com o grupo. Tem sido um constrangimento para todos os gaúchos, mas se contratássemos a operação nesses termos, estaríamos desonrando o cargo para o qual fomos designados. Estaríamos comemorando o andamento agora, mas poderíamos arcar com um altíssimo risco no futuro”, defende.
Na opinião de Túlio Zamin, a dificuldade de conseguir investidores tem relação com a incerteza sobre o êxito dos negócios. “Há preocupação sobre o êxito na gestão dos equipamentos futuros. A construtora não conseguiu outras empresas para se integrar”, justifica. Para o presidente do Banrisul, seria positivo para todos os envolvidos que a construtora buscasse um novo banco para a contratação da operação. Entretanto, Zamin afirma que o negócio demandará um compartilhamento com outras instituições financeiras, através de consórcios ou fundos de investimento, em função de seu valor elevado.
O principal entrave nas negociações se refere ao baixo nível de comprometimento da empresa com o valor total do investimento. O presidente do Banrisul, Túlio Zamin, considerou a proposta “absolutamente insuficiente” e revelou que os representantes da AG não apresentaram alterações substanciais ao acordo. Segundo Zamin, a empresa continua com disponibilidade de assumir somente 20% dos ativos de captação do financiamento. O restante seria oferecido por meio da participação nos lucros de exploração do estádio. De acordo com o presidente do Banrisul, a medida contradiz as regulamentações da política de gestão de riscos do sistema financeiro e nenhuma flexibilização à questão será aceita.
“As garantias jamais podem estar vinculadas à exploração do empreendimento, pois devem ser independentes da taxa de sucesso do negócio. Solicitamos o aval de 100% do investimento. Na proposta, se pressupõe que o banco assuma parte dos lucros de exploração. Isto não vai ser feito de maneira alguma. Está fora dos padrões normativos do mercado”, garante Zamin.
Mesmo que o Banrisul se posicione favorável à continuidade das negociações, a falta de empenho com o aumento do percentual de garantias, por parte da construtora, coloca em xeque a relação entre a empresa e o banco gaúcho. Zamin não descarta que o Bndes possa contratar a totalidade dos investimentos. Sobre a razão de a construtora não aportar 100% das garantias, já que o grupo fatura mais de R$ 18 bilhões, o presidente do banco preferiu não opinar. No entanto, para ele, o fato de não haver outras instituições financeiras envolvidas até o momento demonstra que a operação estruturada não está pronta para ser aceita.
Zamin nega qualquer tipo de responsabilidade com os atrasos no cronograma de obras para o Mundial de 2014. O executivo afirma que um despacho formal do Comitê de Crédito do Banrisul, firmado pela diretoria no dia 23 de dezembro do ano passado, já informava o indeferimento da solicitação de recursos. “Não somos o banco exclusivo do Andrade Gutierrez e deste negócio. Muito pelo contrário, temos pouquíssimas relações com o grupo. Tem sido um constrangimento para todos os gaúchos, mas se contratássemos a operação nesses termos, estaríamos desonrando o cargo para o qual fomos designados. Estaríamos comemorando o andamento agora, mas poderíamos arcar com um altíssimo risco no futuro”, defende.
Na opinião de Túlio Zamin, a dificuldade de conseguir investidores tem relação com a incerteza sobre o êxito dos negócios. “Há preocupação sobre o êxito na gestão dos equipamentos futuros. A construtora não conseguiu outras empresas para se integrar”, justifica. Para o presidente do Banrisul, seria positivo para todos os envolvidos que a construtora buscasse um novo banco para a contratação da operação. Entretanto, Zamin afirma que o negócio demandará um compartilhamento com outras instituições financeiras, através de consórcios ou fundos de investimento, em função de seu valor elevado.
Internacional e governo do Estado fazem reunião de emergência
Os ponteiros do relógio passavam das 15h30min quando o presidente do Internacional, Giovanni Luigi, adentrou o Palácio Piratini com um semblante de preocupação. O mandatário colorado logo se encaminhou para um encontro marcado às pressas com o vice-governador do Estado, Beto Grill, e o deputado estadual Adão Villaverde (PT). A pauta: avaliar os impactos da nova tentativa de financiamento para a reforma do estádio Beira-Rio negada pelo Banrisul em reunião com representantes da Andrade Gutierrez (AG) encerrada pouco antes.
Luigi havia solicitado a reunião via telefone, logo após o presidente do banco gaúcho, Túlio Zamin, ratificar publicamente a inexistência de garantias financeiras da empreiteira para a tomada do empréstimo destinado à reformulação do palco dos jogos da Copa do Mundo de 2014 em Porto Alegre. Tendo o pedido prontamente aceito, o dirigente se dirigiu ao gabinete do vice-governador, que foi designado pelo governador Tarso Genro para auxiliar a destravar o processo.
A conversa durou pouco mais de uma hora. O principal empecilho para a aprovação do repasse dos recursos continua sendo os parceiros da Andrade Gutierrez na composição da Sociedade de Propósito Específico (SPE). A construtora apresentou, mais uma vez, à instituição financeira garantias apenas sobre sua parte na iniciativa. “Ficou evidente que a Andrade Gutierrez não fez o dever de casa. Ela nem constituiu a SPE que teria de constituir, como tarefa e responsabilidade sua”, constatou Villaverde.
Diante desse cenário, Luigi disse que aguarda uma solução para o impasse nos próximos dias. “Esperamos que a construtora assuma sua responsabilidade sobre essa dificuldade que existe com relação aos avalistas dessa operação. O Internacional aguarda e espera que a construtora encontre um modelo e represente, seja ao Banrisul ou outro, as garantias necessárias”, afirmou. O presidente do Inter se disse surpreso que as garantias financeiras sejam o principal entrave, visto que foi a AG que procurou o Inter, há mais de um ano, para conduzir o processo. “É uma construtora que atua em tantos países, tem um faturamento anual superior a US$ 10 bilhões. Portanto, ela tem condições numa obra pequena, como essa, de dar as garantias. Há porte para ela assumir sozinha ou com parceiros essa questão toda”, analisou.
O vice-governador garantiu que o Rio Grande do Sul está engajado na busca de uma solução, mas não irá interferir no trâmite para a liberação do dinheiro. “Tudo aquilo que governo puder fazer, a gente vai fazer. Mas a operação com o banco é uma questão técnica”, assinalou, garantindo a realização da Copa no Estado. De acordo com Beto Grill, um novo interessado em participar da empresa que está sendo formada apareceu nos últimos dias.
A conversa durou pouco mais de uma hora. O principal empecilho para a aprovação do repasse dos recursos continua sendo os parceiros da Andrade Gutierrez na composição da Sociedade de Propósito Específico (SPE). A construtora apresentou, mais uma vez, à instituição financeira garantias apenas sobre sua parte na iniciativa. “Ficou evidente que a Andrade Gutierrez não fez o dever de casa. Ela nem constituiu a SPE que teria de constituir, como tarefa e responsabilidade sua”, constatou Villaverde.
Diante desse cenário, Luigi disse que aguarda uma solução para o impasse nos próximos dias. “Esperamos que a construtora assuma sua responsabilidade sobre essa dificuldade que existe com relação aos avalistas dessa operação. O Internacional aguarda e espera que a construtora encontre um modelo e represente, seja ao Banrisul ou outro, as garantias necessárias”, afirmou. O presidente do Inter se disse surpreso que as garantias financeiras sejam o principal entrave, visto que foi a AG que procurou o Inter, há mais de um ano, para conduzir o processo. “É uma construtora que atua em tantos países, tem um faturamento anual superior a US$ 10 bilhões. Portanto, ela tem condições numa obra pequena, como essa, de dar as garantias. Há porte para ela assumir sozinha ou com parceiros essa questão toda”, analisou.
O vice-governador garantiu que o Rio Grande do Sul está engajado na busca de uma solução, mas não irá interferir no trâmite para a liberação do dinheiro. “Tudo aquilo que governo puder fazer, a gente vai fazer. Mas a operação com o banco é uma questão técnica”, assinalou, garantindo a realização da Copa no Estado. De acordo com Beto Grill, um novo interessado em participar da empresa que está sendo formada apareceu nos últimos dias.