Patrícia Comunello
O diretor de comunicação do Comitê Organizador Local (COL), que cuida da realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, Rodrigo Paiva, disse ontem que somente o governo gaúcho pode mudar o estádio sede dos jogos. “O governo tem o poder de mudar”, declarou com insistência Paiva, por telefone da Suíça, onde acompanha a Seleção Brasileira. Segundo o diretor, a escolha do Beira-Rio para receber os jogos em Porto Alegre foi indicação local. Prefeitura e Estado integram comitê estadual. O prefeito José Fortunati disse que apenas a Fifa pode descredenciar o estádio. No dia 7 de março, uma comitiva de 40 pessoas da entidade internacional vem à Capital para vistoriar o Beira-Rio, obras de mobilidade, aeroporto e hospedagem. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ao visitar a Capital antes do Carnaval, também alegou essa prerrogativa da Fifa para definir os estádios.
Fortunati explicou que se ocorrer a exclusão do estádio do Inter, aí sim a cidade pode indicar um substituto. “Quem coordena a Copa aqui sou eu. Cabe a mim apontar outra saída”, adiantou o prefeito, que mesmo assim se mostrou confiante com o Inter. Mesmo assim, admitiu que o prazo do clube se esgota em março. “É um mês decisivo. Não tem mais como postergar”, preveniu. “Agora ata ou desata”, confrontou Fortunati, que aponta outra pedra no caminho da preparação local: a incerteza sobre a data para lançar a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Segundo Paiva, cresce a preocupação com o futuro das obras de reforma do Beira-Rio diante da indefinição sobre a assinatura do contrato do Colorado com a construtora Andrade Gutierrez (AG). Paiva informou ainda que o presidente do Internacional, Giovanni Luigi, fez contato telefônico com o COL, na sexta-feira passada, apontando expectativa de formalizar o acordo com a empresa nesta semana. Não é a primeira vez que o clube anuncia prazos e descumpre. “A situação cada dia que passa preocupa mais”, admitiu o diretor.
Paiva diz que há ainda prazo para executar a obra, mas o que sempre despontou como um dos empreendimentos mais fáceis de executar entre as arenas das 12 subsedes para o Mundial transformou-se em uma novela. A obra do Beira-Rio é privada. No ano passado, a indecisão sobre a retomada da reforma, parada desde junho logo após o clube aprovar a construtora como a executante do projeto, despontou como principal razão para Porto Alegre ficar fora da Copa das Confederações, prevista para 2013.
Paiva evitou falar da alternativa da Arena do Grêmio, com finalização marcada para novembro deste ano, caso o Beira-Rio perca a posição de titular do evento. “Quem definiu o estádio foi o governo, único que pode fazer a mudança”, reforçou o diretor do COL. Caso se mantenha o impasse sobre a reforma do templo colorado e isso se coloque como um problema para o Mundial, aí sim o comitê poderia solicitar a indicação de um local. “A alternativa é o governo quem pode dar. Se o governo quiser enviar hoje uma carta, o COL iria aceitar”, ilustrou Paiva, que frisou que a esperança do COL com a opção Colorada se mantém.
A novela Inter e AG começou a semana com temperatura nas alturas. Após comunicado divulgado pela empreiteira nos jornais no fim de semana culpando o Banrisul pelo fracasso na obtenção do empréstimo para as obras, o governador Tarso Genro lançou pela primeira vez, em entrevista na manhã de ontem à Rádio Gaúcha, dúvida sobre a exclusividade na indicação colorada, mesmo reafirmando que lutará para a escolha permanecer.
Fortunati explicou que se ocorrer a exclusão do estádio do Inter, aí sim a cidade pode indicar um substituto. “Quem coordena a Copa aqui sou eu. Cabe a mim apontar outra saída”, adiantou o prefeito, que mesmo assim se mostrou confiante com o Inter. Mesmo assim, admitiu que o prazo do clube se esgota em março. “É um mês decisivo. Não tem mais como postergar”, preveniu. “Agora ata ou desata”, confrontou Fortunati, que aponta outra pedra no caminho da preparação local: a incerteza sobre a data para lançar a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Segundo Paiva, cresce a preocupação com o futuro das obras de reforma do Beira-Rio diante da indefinição sobre a assinatura do contrato do Colorado com a construtora Andrade Gutierrez (AG). Paiva informou ainda que o presidente do Internacional, Giovanni Luigi, fez contato telefônico com o COL, na sexta-feira passada, apontando expectativa de formalizar o acordo com a empresa nesta semana. Não é a primeira vez que o clube anuncia prazos e descumpre. “A situação cada dia que passa preocupa mais”, admitiu o diretor.
Paiva diz que há ainda prazo para executar a obra, mas o que sempre despontou como um dos empreendimentos mais fáceis de executar entre as arenas das 12 subsedes para o Mundial transformou-se em uma novela. A obra do Beira-Rio é privada. No ano passado, a indecisão sobre a retomada da reforma, parada desde junho logo após o clube aprovar a construtora como a executante do projeto, despontou como principal razão para Porto Alegre ficar fora da Copa das Confederações, prevista para 2013.
Paiva evitou falar da alternativa da Arena do Grêmio, com finalização marcada para novembro deste ano, caso o Beira-Rio perca a posição de titular do evento. “Quem definiu o estádio foi o governo, único que pode fazer a mudança”, reforçou o diretor do COL. Caso se mantenha o impasse sobre a reforma do templo colorado e isso se coloque como um problema para o Mundial, aí sim o comitê poderia solicitar a indicação de um local. “A alternativa é o governo quem pode dar. Se o governo quiser enviar hoje uma carta, o COL iria aceitar”, ilustrou Paiva, que frisou que a esperança do COL com a opção Colorada se mantém.
A novela Inter e AG começou a semana com temperatura nas alturas. Após comunicado divulgado pela empreiteira nos jornais no fim de semana culpando o Banrisul pelo fracasso na obtenção do empréstimo para as obras, o governador Tarso Genro lançou pela primeira vez, em entrevista na manhã de ontem à Rádio Gaúcha, dúvida sobre a exclusividade na indicação colorada, mesmo reafirmando que lutará para a escolha permanecer.
Copa das Confederações também pode ter meia-entrada
Pelo menos 50 mil ingressos da Copa das Confederações de 2013 serão vendidos pela Fifa dentro da chamada cota social, na qual os bilhetes deverão custar cerca de US$ 25,00 para estudantes, idosos e beneficiários do Bolsa Família. Esta reserva de ingressos também no evento-teste é a novidade da nova versão do relatório de Vicente Cândido (PT-SP) da Lei Geral da Copa. A comissão que discute o tema tentará novamente votar o projeto hoje. A venda de entradas a preços populares já era garantida para as duas competições, mas somente na Copa de 2014 havia uma reserva de 300 mil bilhetes. Ao amarrar 50 mil ingressos da Copa das Confederações a esta cota social o relator diminui a margem da Fifa para a venda. Um dos pontos que deve provocar debate na comissão é o que permite a venda de bebidas alcoólicas durante os eventos da Fifa. Relator de uma comissão especial que debate o consumo de álcool, o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) já avisou que vai tentar sensibilizar os colegas a derrubar este trecho.
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