Helicóptero da Operação Sobrevoo capturou imagens
dos imóveis de luxo Crédito: BRUNO ALENCASTRO
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Deflagrada no sábado pela Receita Federal (RF) nas regiões
Metropolitana de Porto Alegre e Litoral Norte, a Operação Sobrevoo, que se
encerra amanhã, será ampliada para todo o Rio Grande do Sul neste ano, informa o
superintendente da RF/RS, Paulo Renato Silva da Paz. O trabalho tem três focos:
regularizar o pagamento de contribuições previdenciárias em construções de luxo,
ou alto padrão, identificar contribuintes cujos rendimentos declarados sejam
incompatíveis com os gastos realizados nesses imóveis e selecionar dados para a
fiscalização de incorporadoras imobiliárias. "Nosso objetivo é educativo.
Esperamos que 90% dos contribuintes regularizem sua situação espontaneamente",
espera Paz.
Conforme a Receita Federal do RS, poderão ser intimados cerca
de 10 mil contribuintes ao longo do ano. Nesta primeira etapa, 900 já foram
pré-selecionados para a fiscalização. O motivo é a constatação de "indícios
fortes" que recomendam o aprofundamento dos procedimentos. Registrou-se variação
patrimonial sem rendimentos compatíveis (omissão de rendimentos) e a construção
de imóveis por pessoas jurídicas (poderá haver glosa de despesas por se tratar
de despesa desnecessária).
A RF/RS calcula um incremento de R$ 120
milhões na arrecadação das contribuições previdenciárias neste ano como
resultado da Operação Sobrevoo. Durante 60 dias, a equipe de fiscalização da
Receita Federal realizou cruzamentos de informações dos sistemas e pesquisa de
campo. O trabalho de bastidores envolveu cerca de 280 mil imóveis construídos no
Estado. Agora, com o apoio do helicóptero EC-35, a Operação Sobrevoo fará
atualização do seu banco de dados, e novos cruzamentos, com a captura de mais
imagens de edificações de alto padrão nas duas regiões.
Além dos 900
contribuintes pré-selecionados, dentre os 10 mil a serem intimados devido a
problemas na contribuição previdenciária, há muitos com débitos no Imposto de
Renda (IR), assinala o superintendente da RF/RS. O parcelamento dos tributos
devidos poderá ser feito em até 60 meses - o valor mínimo de cada parcela não
deve ser inferior a R$ 100,00. A partir de abril próximo, quem não estiver em
dia com a Receita será submetido a procedimentos fiscais. Pagarão a contribuição
ou IR mais multas entre 75% até 225%.
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