Pesquisa do Dieese em 17 capitais revela que Porto Alegre ainda é a segunda mais cara do Brasil
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Apesar de ter o custo reduzido pelo segundo mês
consecutivo, a cesta básica na cidade de Porto Alegre ainda é a segunda mais
cara do Brasil. Segundo dados divulgados nessa segunda-feira pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em janeiro
deste ano o preço caiu para R$ 274,63 - 0,81% abaixo dos R$ 276,86
contabilizados no mês de dezembro de 2011. Em contraponto à informação de que o
gaúcho pode adquirir mais produtos com o mesmo valor, a pesquisa revela que
fazer as compras em Porto Alegre não é um negócio tão vantajoso. Depois de
pesquisar 17 capitais, o Dieese concluiu que os produtos comercializados em solo
gaúcho só são mais baratos que os vendidos em São Paulo (R$
285,54).
"Mesmo a cesta estando mais barata que o mês passado, ainda figuramos entre os locais mais onerosos para comprar os 13 produtos que a compõem", disse o técnico do Dieese Alex Leonardi. A previsão de que a seca que assola o Estado tivesse reflexo direto na mesa do consumidor não se confirmou. Segundo Leonardi, na avaliação mensal de janeiro, oito produtos que compõem o conjunto da cesta tiveram queda na Capital, com destaque para pão (-5,97%), tomate (-5,88%), batata (-4,76%) e leite (-3%). Em proporção inversa, três itens tiveram alta: banana (3,86%), carne (2,02%) e café (0,90%). Enquanto isso, o arroz e o feijão mantiveram os preços médios iguais aos de dezembro. "Ainda não é possível dizer que a estiagem já pode ser sentida na refeição do gaúcho", resumiu Alex. Ainda conforme o Dieese, o trabalhador com rendimento equivalente a um salário mínimo necessitou em janeiro cumprir jornada de 97 horas e 8 minutos para adquirir os bens alimentícios básicos. O brasileiro teria que ganhar um salário mínimo de R$ 2.398,82 em janeiro para cumprir as suas necessidades básicas. Ou seja, o mínimo deveria ser 3,86 vezes maior do que o hoje em vigor, de R$ 622,00. |
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