Em 2009, houve a regularização fundiária das terras
do quilombo, localizado no bairro Marechal Rondon Crédito: laira de
souza sampaio / especial / cp
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As obras para construção das moradias da comunidade
quilombola Chácara das Rosas, de Canoas, terão início semana que vem. A decisão
foi anunciada ontem em reunião entre representantes da Secretaria de
Desenvolvimento Urbano e Habitação local e a construtora. Um novo encontro,
marcado para sexta-feira, com empreiteiros e associação de moradores, definirá o
cronograma em que as unidades serão construídas.
O contrato para a
edificação das 24 casas, que serão realizadas por meio do Programa Minha Casa,
Minha Vida, do governo federal, foi firmado pela associação de moradores,
prefeitura e Caixa Econômica Federal no início do mês. As instalações de madeira
serão substituídas por casas com 40 metros quadrados, compostas por dois
quartos, banheiro, sala e cozinha.
A luta pelas residências começou em
2004 e deixou de ser apenas um sonho em 2009, quando as terras do quilombo,
localizado no bairro Marechal Rondon, foram regularizadas. Na ocasião, as 32
famílias residentes no local receberam sua titulação urbana. A mudança inseriu a
comunidade quilombola no plano da cidade e permitiu o acesso a políticas
públicas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida.
A presidente da
associação, Isabel Genelício, disse que essa é uma grande conquista dos
moradores que, segundo ela, durante anos foram esquecidos pelas autoridades
municipais e estaduais. "Essa é uma comunidade forte, com muita garra e
teimosia. É por isso que conseguimos resistir e chegar aqui", afirmou. Para o
prefeito de Canoas, Jairo Jorge, a existência do quilombo é motivo de orgulho
para o município. Conforme ele, o projeto habitacional, mais do que dar melhores
condições sociais para as famílias que ali residem, é um gesto de reparação
histórica.
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