terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Cloraldino Severo critica projeto

 

Linha para a zona Sul não se justifica, diz ex-ministro<br /><b>Crédito: </b> MAURO SCHAEFER
Linha para a zona Sul não se justifica, diz ex-ministro
Crédito: MAURO SCHAEFER
 
 
 
 
Um gaúcho foi o responsável por desenvolver o aeromóvel, e outro, pelo seu declínio. Quando assumiu o Ministério dos Transportes, em 1982, Cloraldino Severo, nascido em Uruguaiana, interrompeu o apoio do governo federal à iniciativa. Inicialmente, o projeto havia contado com o apoio da antiga Empresa Brasileira de Transporte Urbano (EBTU), que investiu cerca de 4 milhões de dólares. Enquanto permaneceu no ministério, até 1985, Severo inaugurou obras importantes no Rio Grande do Sul, mas, após 27 anos, ele ainda sofre críticas pela obra que deixou de fazer. E não se arrepende.

"Não se tratava de capricho pessoal ou teimosia. Eu estava respaldado por profundas análises de institutos técnicos, consultores e organizações do ministério, professores respeitáveis e pela minha análise de profissional reconhecido na área de transportes urbanos do país", justifica Severo, hoje com 73 anos. Seu principal argumento é que, desde que o projeto original foi arquivado, não houve quem investisse no novo modelo de transporte. "Passaram-se mais de 20 anos e ninguém implantou o aeromóvel. Nem mesmo no exterior, para onde tantas vezes nos disseram que iriam vendê-lo, o projeto foi comprado. Por certo não foi porque o ministro Cloraldino foi contra", diz. Para ele, o investimento em uma linha Centro/Zona Sul não se justifica em razão de o transporte público já apresentar opções neste trecho. "Essa demanda é atendida muito bem por táxis e transporte públicos", observa. Severo diz que a zona Sul da Capital requer uma intervenção na mobilidade urbana, mas voltada ao estímulo de outro veículo: a bicicleta.


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