quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Precisão, eficácia e redução de custos

possibilidades: 4D, quando é considerado o tempo; 5D , quando se calcula o custo; 6D, manutenção predial e 7D, aplicações operacionais<br /><b>Crédito: </b> EngStudios / Divulgação / CP
possibilidades: 4D, quando é considerado o tempo; 5D , quando se calcula o custo; 6D, manutenção predial e 7D, aplicações operacionais
Crédito: EngStudios / Divulgação / CP

Existem empresas especializadas em BIM, entre elas a Enginering&Bim Solutions, uma prestadora de serviços de Modelagem Inteligente em 3D, que presta assessoria a construtoras, entre outros clientes. Sua origem é norte-americana, em Costa Mesa, na Califórnia (EUA), onde ainda mantém o escritório, mas a sede operacional se transferiu para Córdoba, na Argentina. Tem filiais no México, no Chile e, desde agosto, em São Paulo. O engenheiro Luis Artur Pecora, diretor superintendente do EngStudios no Brasil, afirma que a ferramenta BIM, utilizada no exterior há uns quatro anos, é muito importante e está se disseminando aos poucos no país.

A cada dia que passa mais escritórios de arquitetura passam a dominá-la. "Já é o presente na construção civil. Prestamos serviços a várias incorporadoras, que terceirizam suas modelagens conosco, e asseguro que é o futuro da construção, porque ao englobar todos os projetos, otimiza os processos e garante maior precisão na obra, aliando-se à racionalização do tempo e ao fim do desperdício de material", explica.

Pecora observa que visualizar as plantas em 3D, ou seja, tudo ao mesmo tempo, é a inteligência aplicada à construção civil. "Com o uso do BIM evita-se os conflitos antes que ocorram. Se pensa antes e se concretiza depois. O ambiente é virtual, mas é real e simples", explica o engenheiro. Ele ainda comenta: "No século XX se usava papel vegetal para desenhar as plantas, depois passamos a fazê-las no CAD. O BIM vem a ser a evolução do CAD", frisa. Pecora faz questão de ressaltar que jamais deve-se comparar o BIM a uma maquete eletrônica.

As possibilidades do uso do BIM, diz o engenheiro, vão além da versão em 3D, considerada o espaço. Há a quarta dimensão (4D), quando é considerado o tempo, e a quinta (5D) quando se calcula o custo. No futuro, diz ele, a referência será modificada para incluir 6D, manutenção predial, e 7D, aplicações operacionais.

Para acompanhar essa nova maneira de projetar a obra, "de forma mais eficaz", como faz questão de salientar Pecora, as indústrias fornecedoras de materiais para a construção civil também estão ingressando na tecnologia em 3D e várias delas já usam o BIM, como a fabricante de canos Tigre.

As soluções em BIM podem proporcionar uma redução de 10% do custo total de uma obra, garante Pecora, mas ao seu ver o verdadeiro ganho é a economia de tempo, a qualidade e, principalmente, na gestão do empreendimento. E para isto tem uma explicação: "Conhecemos o mercado e sabemos da falta de mão de obra especializada no setor. Não há pessoal suficiente para trabalhar nos canteiros de obras. Existe uma carência de projetistas, engenheiros, enfim, o BIM serve justamente para tentar resolver esse problema de falta de pessoas experientes para atender à demanda de um setor que cresce cada vez mais", reforça. Pecora afirma, ainda, que os consumidores estão cada vez mais exigentes e, por isso, querem imóveis com mais qualidade e que sejam entregues dentro do prazo estipulado na compra.

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