quarta-feira, 18 de julho de 2012

Assentamento rápido sem argamassa

TECNOLOGIA: resultado da evolução deum produto desenvolvido para colagem de revestimentos cerâmicos
Crédito: FCC / DIVULGAÇÃO / CP

Ecológica, econômica, resistente e rápida. Assim é a argamassa polimérica Dundun, fabricada pela FCC, de Campo Bom (RS). O produto tem como principal característica a não utilização de cimento e areia em sua composição. A argamassa polimérica é utilizada no assentamento de tijolos ou blocos na construção de paredes. Embora menos tradicional do que a argamassa cimentícia, o produto apresenta vantagens e já é utilizada em grande escala em todo o território nacional. Uma tecnologia gaúcha que já garantiu presença no primeiro prédio ecológico da América Latina.

A massa DunDun é uma tecnologia que a FCC já vem aperfeiçoando desde 1982, surgida da evolução de um produto inicialmente desenvolvido para a colagem de revestimentos cerâmicos. "A formulação do material incorpora nanotecnologia e uma tecnologia exclusiva, desenvolvida em conjunto com parceiros tecnológicos na Alemanha", explicou o gerente de vendas da empresa, Michael Santos. Segundo ele, as principais vantagens da argamassa para a convencional é a sua resistência estrutural, velocidade de assentamento (até três vezes mais rápida), menor custo por metro quadrado de parede. "Enquanto usamos de 30 a 50 quilos por metro quadrado quando usamos a argamassa normal, com a polimérica vamos usar 1,5 quilo. Ou seja, é uma redução enorme", compara. O produto é comercializado em embalagens de 3, 5 e 15 kg, já vem pronto para o uso e não necessita nem mesmo água.

Santos cita ainda como vantagens a não utilização de tela e grampos na ancoragem de tijolos e blocos em pilares de concreto, o fato de não gerar desperdício, nem sujeira, a economia no reboco, além da questão ambiental. A massa Dundun é mais ecológica que a argamassa convencional por não conter cimento e nem areia. "A fabricação de 1 kg de cimento emite mais de 600 gramas de CO2 na atmosfera", explica o gerente da FCC. Estas emissões se dão devido ao processo de descarbonificação das matérias-primas e devido ao consumo de energia necessário para chegar a temperaturas de 1.450ºC para o processo de fabricação. A indústria de cimento em todo o mundo responde por aproximadamente 5% do total de CO2 emitido pelo homem. A não utilização da areia é um outro fator importantíssimo para a proteção do meio ambiente. "Isto diminui a retirada deste material dos leitos de rios. É uma proteção aos nossos mananciais", conclui Santos.


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