quarta-feira, 11 de julho de 2012

Municípios investem na revitalização da orla



Praça da bandeira: com piso novo, terá café bistrô e chimarródromo. Proposta da prefeitura é levar conforto, lazer e bem-estar às pessoas que chegam à cidade<br /><b>Crédito: </b> setudec / divulgação / cp
Praça da bandeira: com piso novo, terá café bistrô e chimarródromo. Proposta da prefeitura é levar conforto, lazer e bem-estar às pessoas que chegam à cidade
Crédito: setudec / divulgação / cp
Conforme o presidente do IAB/RS, Tiago Holzmann da Silva, a discussão vai além da questão residencial ou comercial, se um ou outro é bom ou ruim. "Não podemos privatizar espaços público, limitar o acesso do público a esses locais. Isto já vem ocorrendo em Ipanema, por exemplo, onde determinados locais são frequentados apenas por seus donos", explica o arquiteto. Segundo ele, a construção de empreendimentos comerciais na Capital trará ainda maior fluxo de veículos, poucos espaços, poluição, o que também não é bom para a população. Existe a necessidade de um bom projeto, que puxasse pelo interesse público, mas infelizmente, a prefeitura se omite", lamenta o presidente do IAB/RS.

Silva esclarece ainda que todo e qualquer empreendimento próximo à orla do rio deve obedecer à lei federal, especificamente, a legislação ambiental: resolução n 382, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A lei estabelece tipo, tamanho, limites de altura e proximidade da margem que devem ter as construções. "Em alguns casos, não se pode construir nada. Em outros, é possível ter equipamentos destinados a áreas de lazer, cafeterias", exemplifica o arquiteto. A distância que os empreendimentos devem ter da margem depende do tamanho do rio ou lago em questão. "No caso da nossa orla existe a polêmica se o Guaíba é rio ou lago. Se for rio, a distância que deve ser obedecida é de 200 metros; se lago, 60 metros", completa Silva.

O município de Guaíba também está investindo na revitalização da orla, especialmente depois de outubro de 2011, quando foi realizada a primeira travessia do Catamarã, de Porto Alegre a Guaíba. Desde então, a cidade passou a ganhar novos visitantes e para melhor atendê-los a prefeitura organizou um plano de diretrizes que visa, entre outras ações, à revitalização da praça Gastão Leão, mais conhecida como praça Bandeira. Algumas melhorias já estão prontas como o pier com deck flutuante para os turistas que chegam ao município pelo Catamarã.

Segundo a secretária de Turismo, Desporto e Cultura (Setudec) do município, Cláudia Mara Borges, outras obras do plano foram iniciadas nesta terça-feira e devem ser entregues à comunidade até o final do ano. Para ela, a reformulação da praça Bandeira é fundamental dentro da proposição de levar conforto, lazer e bem-estar às pessoas que chegam à cidade. "Vamos arrumar o piso, construir um café bistrô e um chimarródromo", explica Cláudia. Ela conta ainda que o camelódromo também será transferido para as proximidades da praça e, desta forma, os comerciantes poderão atender os consumidores que chegam.

O Parque da Juventude local que possui campo de futebol, quadra poliesportiva, playground, pista de skate e patins e rampa para caiaque está localizado na avenida Getúlio Vargas, no centro da cidade. O parque oferece ainda aulas de canoagem, passeios turísticos de caiaque até lugares históricos, como a Ilha das Pedras Brancas, competições de canoagem e locação de caiaque, tudo à beira do Guaíba. "Da mesma forma que o parque, o Mercado Público também receberá melhorias", garante a secretária. De acordo com o prefeito de Guaíba, Henrique Tavares, todas as obras e reformas obedecem às diretrizes previstas em legislação ambiental. "Guaíba ainda não recebeu nenhuma proposta de empreendimento habitacional na orla, mas, se ocorrer, logicamente teremos a preocupação em respeitar a lei", assegurou o prefeito. A preocupação com aumento do número de turistas na cidade com o Catamarã levou a prefeitura a investir também em um outro setor. "Houve uma alteração no consumo. Para atender a esta demanda estamos aperfeiçoando a gastronomia, por isto a preocupação com cafés e restaurantes na orla", contou.


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