terça-feira, 31 de julho de 2012

IGP-M acelera para 1,34%


Commodities influenciam alta de julho, significativa frente ao índice de 0,66% registrado em junho

 Indicador apurado pela Fundação Getulio Vargas é usado no reajuste de contratos de aluguel de imóveis<br /><b>Crédito: </b>  alexandre mendez / cp memória
Indicador apurado pela Fundação Getulio Vargas é usado no reajuste de contratos de aluguel de imóveis
Crédito: alexandre mendez / cp memória 
      

São Paulo - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 1,34% em julho, taxa superior à registrada em junho, de 0,66%. Em julho de 2011, ao contrário, houve deflação de 0,12%. A variação acumulada no ano até este mês é de 4,57%. Em 12 meses, o índice acumula elevação de 6,67%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias na passagem de junho para julho: IPA de 0,74% para 1,81%, IPC de 0,17% para 0,25% e INCC de 1,31% para 0,85%.

A alta de 1,34% do IGP-M de julho foi impulsionada por reajustes de commodities e combustível e, segundo o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, tem caráter pontual. De acordo com ele, no curto prazo o índice deve desacelerar gradativamente, ainda com participação de itens como o diesel, que só teve parte do reajuste repassada. O IGP-M é utilizado no reajuste de contratos de aluguel. "A disparada este mês foi pontual", garantiu. Soja e derivados foram responsáveis por 1,09 ponto da alta de 1,81% em julho do Índice de Preços ao Produtor Amplo - Mercado (IPA), um dos indicadores que compõem o IGP-M.

"Se considerarmos que o IPA representa 60% do IGP-M, a soja respondeu por quase um terço do aumento de julho", afirmou Quadros. Até julho, a soja em grão acumula alta de 62,63% no ano, maior nível para o período desde o lançamento do Plano Real em 1994. O aumento de 14,89% da soja em julho foi a maior variação mensal desde outubro de 2002. Para o economista, a seca nos Estados Unidos provocou repasses de preços da soja no mercado internacional. O mesmo ocorreu com o milho, que também sofre com problemas climáticos e apresentou alta de 6,74% no IPA em julho ante queda de 3,95% em junho. Quadros lembrou ainda que a quebra de safra levou reflexos a commodities usadas em substituição aos grãos afetados, como é o caso do trigo. "O pão francês já começou a subir", acrescentou o especialista, como exemplo de reflexo das commodities internacionais para o consumidor. O pão francês acelerou de 0,42% em junho para 1,95% em julho. O trigo, até julho, acumula alta de 8,96%.


Fonte:   http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=305&Caderno=0&Noticia=449062

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