Agência Estado
A inflação percebida pelas famílias de baixa renda acelerou fortemente em novembro. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), apurado entre as famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos e que mostrou alta de 0,50% em novembro, após subir 0,11% em outubro. Com este resultado, o índice acumula altas de 4,94% no ano e de 5,84% em 12 meses.
A taxa do IPC-C1 em novembro ficou abaixo da variação média de preços entre famílias com renda mais elevada, de até 33 salários mínimos mensais, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR) e que subiu 0,53% no mesmo mês. O IPC-C1 também foi menor do que as taxas acumuladas do IPC-BR para o ano (5,52%) e para 12 meses (6,29%).
Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços de outubro para novembro. É o caso de Alimentação (de -0,16% para 0,63%), Saúde e Cuidados Pessoais (de -0,01% 0,49%), Vestuário (de 0,74% para 1,27%) e Despesas Diversas (de 0,01% para 0,37%).
Em contrapartida, houve desaceleração de preços em Educação, Leitura e Recreação (de 0,44% para 0,28%) e Habitação (de 0,45% para 0,43%). Entre os produtos pesquisados, as mais expressivas elevações de preços foram detectadas em tomate (16,71%), mamão da Amazônia - papaia (22,48%) e tarifa de eletricidade residencial (1,25%). Já as mais expressivas quedas foram registradas em leite tipo longa vida (-4,92%), alho (-11,66%) e limão (-7,57%).
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