As obras para a Copa do Mundo, como a duplicação da
avenida Tronco, atingem milhares de famílias Crédito: TARSILA
PEREIRA
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Sete comunidades de Porto Alegre, cujas famílias devem
deixar suas casas em decorrência das obras da Copa do Mundo, receberam visita do
Grupo de Trabalho de Moradia do Conselho de Defesa dos Direitos Humanos. Em meio
às obras da Vila Cruzeiro, cujas residências ao longo da avenida Tronco terão
que ser demolidas para a duplicação, a diretora do Departamento de Urbanização
de Assentamentos Precários da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das
Cidades, Mirna Chaves, explica que há muita falta de informação nas áreas
atingidas pelas obras da Copa. Segundo ela, a população não sabe direito o que
está acontecendo e isso gera insegurança.
O grupo formado por
representantes de órgão federais e da sociedade civil visita as 12 cidades
brasileiras sedes da Copa. Porto Alegre é a terceira da lista, depois de
Fortaleza e Curitiba. Hoje, o grupo se reúne com prefeitura, governo estadual,
Ministério Público Federal e Infraero. Até abril eles devem entregar um
relatório com recomendações para que a população atingida tenha acesso a mais
informações sobre o projeto.
Joice Rocha, integrante do Comitê Popular da
Copa, disse que os moradores da Vila Cristal receberam duas opções: aceitar o
aluguel social com contrato de seis meses ou receber R$ 52 mil para comprar
outra casa. "Não conseguimos comprar nada por esse preço, a menos que seja muito
longe do Centro, do trabalho de quem mora aqui e das áreas que frequentamos",
afirma. Conforme a secretaria estadual da Copa, mais de 5,5 mil famílias serão
realocadas no processo. Na região do aeroporto sairão 2,8 mil famílias da Vila
Dique, 1.3 mil da Nazaré e 42 da Floresta. Nas imediações da avenida Tronco, que
abrange as vilas Cruzeiro, Postão e Cristal, devem sair 1,4 mil famílias.
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