Novo grupo com 104 milhões de pessoas significa 53%
da população Crédito: pedro revillion / cp memória
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Brasília - A nova classe média, formada pelas pessoas que
ascenderam agora para esse grupo, tem uma contribuição maior dos jovens do que
nas camadas mais altas e também inclui os negros. O estudo "Vozes da classe
média", lançado ontem pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da
Presidência da República, aponta que 49% dos filhos dessa nova classe média
estudaram mais do que os pais. Além disso, esses jovens contribuem com R$ 71,00
para cada R$ 100,00 que o pai coloca na família, ao passo que filhos da classe
alta contribuem com R$ 20,00 a cada R$ 100,00.
Oito em cada dez pessoas
(quase 80%) que ascenderam à classe média na última década são negras. Segundo o
estudo, na última década, 37 milhões de pessoas ascenderam a esse grupo. A nova
classe é estimada em 104 milhões de pessoas, mais da metade da população, ou
53%. O acesso à educação pode ser um dos diferenciais a garantir a
sustentabilidade do grupo, segundo o diretor de Ações Estratégicas da SAE,
Ricardo Paes de Barros. Um dos fatores que explicam a diferença de renda entre a
classe média e a alta está na educação: a média de anos de estudo na classe alta
(12 anos) é 50% maior do que na média (8 anos).
A pesquisa classifica
como classe média os que vivem em famílias com rendaper capita mensal de R$
291,00 a R$ 1.019,00 e baixa probabilidade de passar a ser pobre. A comissão
responsável admite que o valor é baixo, mas diz que a renda familiar por pessoa
de mais da metade da população é inferior a R$ 440,00. São consideradas pobres
famílias com renda per capita inferior a R$ 291,00 mensais.
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