espaçoS: cada vez mais restrito nos imóveis, devem
ser organizados e valorizados para atender às demandas do morador Crédito:
Arthur Puls
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Organizar e valorizar os espaços interiores, cada vez mais
restritos nos apartamentos, é uma demanda inevitável para os moradores e um
desafio para os profissionais de arquitetura. Para que o projeto de fazer com
que a casa nova se torne um ambiente confortável e funcional, é preciso ter
clareza do que se deseja do imóvel.
Conforme a vice-presidente da
Associação de Arquitetos de Interiores (AAI), Gislaine Saibro, a partir de uma
ideia clara sobre como os moradores pretendem compor os ambientes, será possível
produzir um programa de necessidades, com o qual o arquiteto irá gerar sua
proposta de trabalho. "O programa de necessidades pode ser organizado em
reuniões entre o profissional e os clientes. Poderá ser uma ideia original ou
até mesmo orientado por imagens obtidas por meio de pesquisas em revistas ou na
Internet", conta a arquiteta.
Gislaine salienta que nas primeiras
reuniões o "arquiteto perguntará tudo". "A intenção é obter informação da pessoa
que contrata para estabelecer linguagem, conceito, conjunto, harmonia visual ao
trabalho", explica a profissional. Ela afirma que, em geral, os arquitetos
buscam firmar uma unidade estética. "Muitas vezes, darão conselhos e contestarão
alguma demanda inadequada sugerida pelo cliente", lembra Gislaine.
Uma
das proposições, de acordo com a arquiteta, será a de aliar conforto e
funcionalidade à sala de estar. "Atualmente, nas construções, a sala está
conjugada com a cozinha. As pessoas da família assistem à televisão, transitam
pelo espaço e, eventualmente, fazem sua refeição no sofá. Funcionalidade e
conforto, neste caso, significam espaços para o trânsito das pessoas, mobiliário
compacto, limpeza visual", indica Gislaine.
A arquiteta diz também que
não é aconselhável manter estofados sofisticados numa casa com crianças pequenas
e animais de estimação. Outra noção importante é a de que a composição e
disposição dos móveis devem obedecer aos critérios de uso efetivo pelos
moradores.
Também precisam ser bem planejados, aponta Gislaine Saibro, a
iluminação e o condicionamento térmico. "Tem-se que levar em conta a posição das
janelas, instalação de cortinas ou persianas para conter o excesso de luz
natural e entrada de ar. Definir a posição desta luz em relação aos equipamentos
audiovisuais, a poltrona para leitura, a iluminação adequada para a
alimentação", cita. Além disso, ensina a arquiteta, é de bom gosto conjugar
elementos como formas, cores e detalhes de acabamento.
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