quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Esgotos não seguem crescimento

O Atlas de Saneamento 2011, lançado ontem pelo IBGE, revela que, apesar de persistirem diferenças regionais marcantes na abrangência municipal dos serviços de esgotamento sanitário, de abastecimento de água, de manejo de águas pluviais e de resíduos sólidos, houve um avanço entre 2000 e 2008 no número de municípios cobertos pelo saneamento básico em todo o Brasil. Porém, as ações voltadas a implantação e ampliação de redes coletoras de esgotos não conseguiram acompanhar o crescimento demográfico da população brasileira nas áreas urbanas. A falta de sistemas de esgotamento sanitário atinge quase metade (44,8%) dos municípios. O Rio Grande do Sul apresenta taxa de 40,5% de municípios assistidos.

A pesquisa aponta que, dos serviços de saneamento básico, o esgotamento sanitário é o que apresenta menor abrangência municipal. Em 2008, 68,8% do esgoto coletado no país recebeu tratamento. Essa quantidade, porém, foi processada por apenas 28,5% das cidades brasileiras. Nos municípios com menos de 50 mil habitantes, houve aumento na proporção de domicílios com acesso à rede de esgoto, de 33,5% para 45,7%, em 2008.

A maioria dos municípios sem sistema está em áreas rurais e tem população dispersa (menos de 80 habitantes por quilômetro quadrado). Nesses locais, os dejetos são jogados em fossas sépticas, valas a céu aberto, fossas rudimentares ou diretamente em rios, lagoas, riachos ou no mar. São Paulo é o único estado em que quase todos os municípios aparecem providos de rede coletora de esgoto.

O serviço de abastecimento de água é responsabilidade de entidades não governamentais em 58,2% dos municípios brasileiros, e em 24,7% deles o serviço é feito de forma combinada.

Entre 2000 e 2008, houve aumento no número de municípios que realizavam coleta seletiva de lixo. O percentual dos que ofereciam esse serviço aumentou de 8,2% para 17,9%, percentual ainda considerado baixo. No RS, a coleta é feita em 33,4% das cidades.

RACIONAMENTO

Abastecimento de água cobre 99% das cidades no país e no RS.

23% no país sofre com racionamento. No RS, em 41% das que contam com rede de distribuição, o desabastecimento dura o ano todo, motivado, principalmente, por secas ou estiagem.


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