segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Revestimento verde reduz efeitos climáticos

<br /><b>Crédito: </b> Betonart / Divulgação / CP

Crédito: Betonart / Divulgação / CP

A preocupação com a sustentabilidade é crescente e ações para combater as emissões de gases do efeito estufa igualmente. Uma tendência mundial vem ganhando força no Brasil e, no Rio Grande do Sul, não é diferente: a ampliação do uso de revestimentos verdes. A prática é apontada como saída para minimizar os efeitos das mudanças climáticas sobre as vidas de centenas de milhões de pessoas que residem nas cidades e sofrem com as alterações do clima.

A alternativa de utilização de telhados, paredes e pisos verdes está associada à maximização dos benefícios coletivos. No Brasil, a construção de telhados ainda é recente e há mercado para expansão. Hoje, o processo é realizado de forma voluntária e por desejo pessoal ou estética. Mas há uma mobilização de diversas cidades brasileiras em utilizar os telhados verdes em escala buscando benefícios públicos.

Esse movimento precisa agora ampliar sua discussão para estruturar programas sólidos de incentivo e também desfazer o pensamento de que a execução de um projeto de paisagismo desse porte implicará em problemas nas construções. Pelo contrário, explica a professora da Universidade Federal do RS (Ufrgs) Lucia Mascaró, uma defensora das práticas sustentáveis na arquitetura urbana. Segundo ela, o maior entrave para a implementação de projetos de revestimentos verdes é o desconhecimento, seguido pela resistência às mudanças e pelo comodismo das pessoas.

"Todas as ações sustentáveis, realmente, são mais caras, mas é preciso projetar no médio e longo prazo e nos benefícios que reverterá para as populações das cidades, para si", salientou. A tecnologia avançada possibilitou o desenvolvimento de materiais específicos e que agregam na construção. Essa ideia do revestimento verde nasceu na França, mais precisamente na cidade de Marselha, por volta dos anos 30, mas foi abandonada por conta da falta de mão de obra especializada. Conforme a professora, é preciso que a técnica seja retomada e não faltam tecnologias avançadas para cada região em termos de materiais e projetos.

Diferentes sistemas de cultivo aplicados sobre lajes e telhados e até paredes, levando em consideração o desempenho quanto a volume de água armazenado, volume de substrato de cultivo, tipo de vegetação, consumo de água para irrigação, entre outros, são avaliados com o objetivo de evitar, por exemplo, valas de infiltração e problemas que possam se originar de um projeto desse porte.

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