quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quilombolas ganham 24 novas moradias

Canoas


Em 2009, houve a regularização fundiária das terras do quilombo, localizado no bairro Marechal Rondon<br /><b>Crédito: </b> laira de souza sampaio / especial / cp
Em 2009, houve a regularização fundiária das terras do quilombo, localizado no bairro Marechal Rondon
Crédito: laira de souza sampaio / especial / cp
 
 
 
 

As obras para construção das moradias da comunidade quilombola Chácara das Rosas, de Canoas, terão início semana que vem. A decisão foi anunciada ontem em reunião entre representantes da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação local e a construtora. Um novo encontro, marcado para sexta-feira, com empreiteiros e associação de moradores, definirá o cronograma em que as unidades serão construídas.

O contrato para a edificação das 24 casas, que serão realizadas por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, foi firmado pela associação de moradores, prefeitura e Caixa Econômica Federal no início do mês. As instalações de madeira serão substituídas por casas com 40 metros quadrados, compostas por dois quartos, banheiro, sala e cozinha.

A luta pelas residências começou em 2004 e deixou de ser apenas um sonho em 2009, quando as terras do quilombo, localizado no bairro Marechal Rondon, foram regularizadas. Na ocasião, as 32 famílias residentes no local receberam sua titulação urbana. A mudança inseriu a comunidade quilombola no plano da cidade e permitiu o acesso a políticas públicas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida.

A presidente da associação, Isabel Genelício, disse que essa é uma grande conquista dos moradores que, segundo ela, durante anos foram esquecidos pelas autoridades municipais e estaduais. "Essa é uma comunidade forte, com muita garra e teimosia. É por isso que conseguimos resistir e chegar aqui", afirmou. Para o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, a existência do quilombo é motivo de orgulho para o município. Conforme ele, o projeto habitacional, mais do que dar melhores condições sociais para as famílias que ali residem, é um gesto de reparação histórica.





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