quarta-feira, 23 de maio de 2012

A arte de montar uma galeria particular

DESTAQUE: a trilogia ‘A queda, a coleta e o vazio’ revelou a promessa Ananda Kuhn e levou à indicação para uma mostra individual no Museu do Trabalho em 2013
Crédito: FABIANO DO AMARAL


Há uma infinidade de pessoas que têm o desejo de colocar nas paredes obras de arte, quadros de renomados artistas que não só irão embelezar a casa como valorizá-la. E não estamos falando aqui daqueles colecionadores de arte milionários que compram em leilões obras valiosíssimas de pintores famosos. Claro que arte ainda é um artigo de luxo, mas existem várias formas de adquiri-la sem que se precise despender altas fortunas. E quem duvida de que em um futuro nem tão distante aquele quadro de um pintor de vanguarda com o qual você simpatizou e levou para casa poderá lhe dar lucro? Quem sabe ele não será um novo Gustav Klint, um Picasso ou um Monet?

O caminho mais comum para se ter uma bela pintura é frequentar galerias de arte e museus. Geralmente há exposições de jovens artistas e daqueles já consagrados. Os preços são os mais variados e dependem também da técnica utilizada. "Arte original valoriza muito mais um ambiente do que pôsteres, é claro", afirma Hugo Rodrigues, coordenador do Museu do Trabalho (MT) e responsável pela galeria do local há 30 anos. Segundo ele, uma boa oportunidade para se entrar no "mundo dos colecionadores de arte" é começar apostando em jovens talentos.

A cada cinco anos, o MT promove a exposição "Novíssima Geração". Nesta edição, entre 62 inscritos, 13 foram selecionados à mostra coletiva que acontece até o dia 24 de junho no museu (Andradas, 230). O júri escolheu obras de Ananda Kuhn, 27 anos, Andrés Stephanou, 19, Carine Krummenauer, 20, Carolina Marostica, 20, Gustavo Assarian, 19, Juliana Scheid, 27, Leandro Brandelli, 24, Marcos Fioravante, 22, Mariana Riera, 29, Marina Guedes, 26, Raquel Magalhães, 21, Renan Santos, 27, e Ricardo Pirecco, 28. Entre eles, a promessa Ananda Kuhn foi indicada para mostra individual, em 2013.

Outra interessante alternativa para ingressar no mundo dos colecionadores é o Consórcio de Gravuras, promovido pela instituição. Nesta 18 edição, há obras de Nik Neves, Cláudia Sperb, João Lin, Elida Tessler, Nico Rocha, Patricio Farias, PT Barreto e Trampo. O sócio paga a mensalidade, ganha uma gravura de um renomado artista e ainda concorre a outra por sorteio. Há trabalhos de Danúbio Gonçalves, Eduardo Vieira da Cunha e Gelson Radaelli, entre outros, que custam de R$ 100 a R$ 400.

Para se associar é simples, basta inscrever-se pelo site www.museudotrabalho.org/consorciogravura.html. Um total de 200 obras já foram editadas ao longo dos anos, totalizando cerca de 13 mil cópias impressas de 172 artistas participantes do consórcio.

E para quem é aficionado por automobilismo, destacamos os quadros do gaúcho Roberto Muccillo Torino, que tem entre seus fãs pilotos brasileiros e do exterior. Seu talento pode ser admirado pelo site www.artesmuccillo.com.br. Como se vê, investir em arte, além de ser inspirador, pode colocar suas paixões na galeria da sua casa.


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