terça-feira, 22 de maio de 2012

Pacote estimula consumo



Medidas que incluem a redução do IPI e do IOF buscam combater os efeitos da crise internacional

Guido Mantega<br /><b>Crédito: </b> ABR / CP
Guido Mantega
Crédito: ABR / CP
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem um pacote de medidas para aquecer o consumo e combater os efeitos da crise financeira internacional. Entre elas, está a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para compra de carros, além da diminuição do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para todas as operações de crédito de pessoas físicas de 2,5% para 1,5% ao ano. A redução do IPI vale até 31 de agosto, e a do IOF não tem prazo definido.

O objetivo é estimular a atividade econômica. "Estamos diante do agravamento da crise financeira internacional. E isto exige esforços redobrados para manter a taxa de crescimento em um patamar razoável", explicou Mantega. Segundo ele, a renúncia fiscal das medidas anunciadas ontem (valor que o governo deixará de arrecadar) é de R$ 2,1 bilhões em três meses. As montadoras de automóveis que estão instaladas no Brasil terão seu IPI para carros de até mil cilindradas (1.0) reduzido de 7% para zero até o fim de agosto. Para carros de fora do Mercosul e México, a alíquota cairá de 37% para 30%,

Para veículos de mil cilindradas (1.0) a duas mil cilindradas (2.0), a alíquota para carros a álcool e "flex" (álcool e gasolina), para empresas instaladas no Brasil, será reduzida de 11% para 5,5%. No caso dos utilitários, a alíquota será reduzida de 4% para 1% (empresas instaladas no país) e, para carros importados, cairá de 34% para 31%.

Mantega informou que o setor privado se comprometeu a dar descontos sobre as tabelas em vigor. Segundo ele, os desconto será de 2,5% para carros de até mil cilindradas, de 1,5% para automóveis de mil a duas mil cilindradas e de 1% para utilitários e comerciais. O objetivo de todas estas medidas é de reduzir o custo dos carros em 10% nas revendedoras. O governo também anunciou a liberação de parte dos depósitos compulsórios (recursos que ficam retidos no BC para controlar a inflação) para estimular o crédito para a aquisição de veículos. Essa medida não tem prazo de encerramento. Como parte do acordo, os bancos também se comprometeram a aumentar o volume de crédito para o consumo, elevar o número de parcelas e reduzir o valor da entrada, além de reduzir os juros dos empréstimos.

Para novos investimentos das empresas, as linhas de crédito do BNDES serão menores. O financiamento para pré-embarque de exportações, por exemplo, passará de 9% para 8% ao ano. Para compra de ônibus e caminhões, está sendo reduzida de 7,7% para 5,5% e, para compra de máquinas e equipamentos para produção, os juros estão caindo de 7,3% para 5,5% ao ano. No caso do Proengenharia, a taxa de juros passou de 6,5% para 5,5% ao ano.


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