Guido Mantega revelou que país tem hoje 100 milhões
de cadernetas Crédito: AFP / CP
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Brasília - O governo anunciou ontem a alteração nas regras
da caderneta de poupança. Com a mudança, o atual piso de remuneração da mais
tradicional modalidade de investimentos do país, de 6% ao ano, que vigora desde
1861, poderá cair nos próximos meses. A alteração será proposta por meio de
Medida Provisória (MP).
Isso porque o governo anunciou que a remuneração
da caderneta de poupança passará a ser atrelada aos juros básicos da economia
brasileira. A decisão foi de que a poupança passe a render 70% da taxa Selic,
que é fixada a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC,
mais a variação da Taxa Referencial (TR). A regra vale a partir de hoje, mas
será aplicada somente quando os juros básicos recuarem para 8,5% ao ano, ou
abaixo disso. A aplicação continuará isenta do Imposto de Renda (IR).
Atualmente, a taxa de juros básica da economia brasileira está em 9% ao ano. A
expectativa dos economistas, tendo por base a sinalização do próprio Banco
Central, é de que a taxa recue nos próximos meses. Quando os juros atingirem,
por exemplo, 8% ao ano, a poupança renderá 5,6% mais TR. O objetivo do governo
com a medida é permitir que a taxa de juros recue para um patamar mais baixo
(compatível com a de países desenvolvidos) até o fim do mandato da presidente
Dilma, em 2014.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, há,
atualmente, cerca de 100 milhões de cadernetas de poupança no Brasil, com
aplicações acima de R$ 430 bilhões. "As cadernetas de poupança continuarão com a
mesma versatilidade e simplicidade que possuem hoje. São instrumento de fácil
aplicação, em que qualquer investidor pode depositar uma pequena soma em
qualquer lugar do país. Não tem limite. A liquidez é diária. Se o aplicador
precisar retirar uma parte do dinheiro, isso poderá ocorrer a qualquer momento",
disse ele.
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