quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Custo menor e aumento da população aquecem mercado

PARQUE CANOAS: obra fica em um terreno com mais de 106 mil m de um novo bairro criado pela construtora. Local vai abrigar 1,28 mil unidades, com infraestrutura completa, próximo à zona central da cidade. Serão oito conjuntos residenciais, um deles já lançado, com três centros comerciais, área de preservação e uma praça de convivência<br /><b>Crédito: </b> living / divulgação / cp
PARQUE CANOAS: obra fica em um terreno com mais de 106 mil m de um novo bairro criado pela construtora. Local vai abrigar 1,28 mil unidades, com infraestrutura completa, próximo à zona central da cidade. Serão oito conjuntos residenciais, um deles já lançado, com três centros comerciais, área de preservação e uma praça de convivência
Crédito: living / divulgação / cp


O incremento da construção civil em Canoas traz vantagens tanto para os empreendedores, quanto para os consumidores. Os primeiros estão se beneficiando de uma certa valorização dos imóveis no município e, mesmo assim, observam um aumento da procura. Apesar do acréscimo de preços, os compradores também saem ganhando, já que a oferta é cada vez maior e o preço do metro quadrado na cidade é de 30% a quase 50% inferior ao da Capital, de acordo com investidores.

"Os nossos apartamentos mais caros de 120 metros quadrados custam R$ 470 mil. Um semelhante, na Praça da Encol, em Porto Alegre, por exemplo, que corresponde à localização do nosso em Canoas, passa dos R$ 740 mil", conta um dos sócios da Construtora Gobbi Ltda., Tiago Gobbi. "Estamos vendo um reflexo da oportunidade em empresas de fora de Canoas querendo investir. Isso está gerando uma certa inflação nos preços dos imóveis, porque os valores também atendem muito ao psicológico do consumidor. O número de empreendimentos gerou o pensamento de que tudo está valendo mais", analisou.

Gobbi ressalta que a empresa está tentando acompanhar o crescimento do mercado. "A nossa proposta é de alto padrão e buscamos não concorrer diretamente com as grandes empresas", explicou o empresário. A construtora tem na cidade três prédios residenciais, um deles em andamento, um empreendimento comercial e um condomínio de casas.

Mesmo Canoas estando tão próxima de Porto Alegre, Gobbi não percebe um aumento da migração de pessoas indo morar nos imóveis da cidade, pelo menos, nos que ele tem construído. "Nosso produto não tem muita procura de pessoas que vêm de fora. Na verdade, isso é uma aposta do mercado. Já vimos pessoas dizendo que estão vindo para Canoas, mas os nossos números não mostram essa tendência", considera o construtor.

Na contramão dessa observação, a Goldsztein Cyrela aposta na migração para o município. "Existiam muitas pessoas que moravam em Porto Alegre e trabalhavam em Canoas. Agora, como têm mais opções, elas podem se mudar para a cidade", observa o diretor de Incorporação da Regional Sul da empresa, Maurício Salles. "O gargalo que existe em Canoas é a BR 116, por causa do trânsito, mas, com a construção da Rodovia do Parque, vamos aumentar o investimento naturalmente na cidade, dependendo da demanda", aponta. Segundo Salles, depois de Porto Alegre, Canoas é a cidade que mais recebe investimento da incorporadora no Rio Grande do Sul.

"Canoas, por ser região Metropolitana, é favorável ao rendimento. É uma cidade satélite e braço de Porto Alegre, além de ser populosa e de possuir indústrias", enfatiza. "Além disso, para ir para zona Sul da Capital, é mais longe do que ir para Canoas. Por isso, muitas pessoas estão optando pelo município", destaca.

Atualmente, a Goldsztein Cyrela tem sete empreendimentos na cidade, entre projetos executados e em andamento. As unidades variam de R$ 110 mil a R$ 750 mil. Além desses, ainda há o Parque Canoas, da Living Construtora que pertence à empresa. A obra fica em um terreno de 106.274,29 metros quadrados de um novo bairro criado pela construtora. O local vai abrigar 1.280 unidades, com infraestrutura completa, próximo à zona central da cidade. Serão oito conjuntos residenciais, um deles já lançado, com três centros comerciais, área de preservação e uma praça de convivência. Os imóveis integram o programa Minha Casa, Minha Vida.




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